Capítulo 22 - Desespero e Escuridão

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PDV Dimitri

Como era grande minha saudade! Só de pensar que dentro de algumas horas finalmente a veria depois de tantos meses afastado, meu coração batia acelerado.

Eu estava em Londres, precisamente no aeroporto esperando meu vôo. Nos últimos dois meses estava viajando muito, resolvendo alguns trâmites da empresa ao qual chefiaria agora, para que quando Rose viesse a faculdade não ficássemos separados. Tivemos que adiar a viagem que faríamos para Paris. O desfile também tinha sido adiado e coincidentemente viajiaríamos no dia depois do mesmo.
Não havia um dia em que ficássemos sem nos comunicar, nossos corpos estavam longe, mas nossos corações juntos.

Coloquei minha mão no bolso de meu terno tirando de lá uma pequena caixa com um lindo anel solitário, com uma pedra Alexandrita, essa pedra era magnífica, sua cor era verde ou verde-azulado à luz do dia, e se tornava vermelha, vermelho-arroxeado ou framboesa com a luz incandescente. Uma autêntica pedra russa, passada para geração Belikov desde que foi descoberta em 1934, nos montes Urais. Meu antepassado era mineiro a deu de presente para sua esposa, segundo à crença antiga, era uma pedra de muito bons presságios, reforça a intuição e ajuda a encontrar novos caminhos quando estamos frente a situações onde o uso da lógica não resolve o problema, e auxilia a experimentar a verdadeira felicidade.

E com esse anel iria pedir minha linda namorada em casamento, pensei em esperar mais um pouco até pedi-la, mais depois desses meses separados, eu queria que ela fosse senhora Belikova o quanto antes, saber que ela carregaria meu sobrenome me faria realmente feliz.

Mas eu a conhecia bem, com isso haveria uma pequena chance de ela dizer não, (pois se achava muito nova) mais eu faria de tudo para que ela dissesse sim. Tínhamos bolado um plano para que eu pedisse sua mão, John, sua noiva e Lissa. Seria em sua casa depois do desfile de Lissa.

Meu vôo foi anunciado e embarquei, guardando a pequena caixa que mudaria minha vida.

Assim q desembarquei, liguei meu celular e entrei dentro do táxi - primeiro passaria no hotel e deixaria minha mala depois iria ao desfile. Ouvi vários bips de alerta de mensagem e chamadas perdidas. Tinha várias chamadas de Jonh e algumas mensagens perguntando se eu já havia chegado e se estava com Rose.

Meu peito se apertou quando me dei conta de que se John não sabia onde Rose estava, poderia ter acontecido o pior. Mandei o motorista mudar o percurso e ir direto ao lugar do desfile.

" O que aconteceu? - perguntei assim que John atendeu seu celular"

"É a Rose, não consigo encontrá-la, chegamos no desfile e ela foi onde Lissa, fiquei do lado de fora da porta, mas vi que ela estava demorando e fui ver o que tinha acontecido, Lissa disse que ela tinha saído pela outra porta. Procurei ela é não encontrei... Cara se eu soubesse.... Ela disse que não precisava ir com ela, insistiu e eu aceitei. Eu deveria tê-la contrariado. - falou ele claramente culpado e preocupado. Eu sabia do sentimento de amizade dele com Rose, era assim com ela, pois sempre falava dele como irmão. Mesmo sabendo que ele a protegia muito bem, não deixei de lá no fundo culpá-lo. Suspirei.

"Estou chegando - falei somente"


*

Já era de madrugada e estávamos na casa dos pais de Rose - depois que vasculhamos todo a área interna e externa e nas esquinas próximas do local do desfile. Um centro de operações estava montado ali. Abe tinha contratado alguns homens para tentar achar Rose. A polícia estava envolvida mais sem muitos esforços já que tinha que esperar vinte e quatro horas do desaparecimento. John tinha encontrado sangue no banheiro privativo das modelos e estilistas, provavelmente de Rose, o que me deixou mais preocupado ainda.

O Vizinho da Minha Melhor AmigaOnde histórias criam vida. Descubra agora