Capítulo 23 - O Resgate

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PDV Dimitri

Em todo esse tempo de desaparecimento de Rose, não tinha um dia em que eu não saísse a sua procura, pensando que talvez, só talvez pudesse encontrar Tasha e segui-lá, porém tudo fora em vão. Mas hoje depois que John aparecera em meu quarto, minhas esperanças renovaram-se, enfim veria minha linda menina novamente e Tasha e seu bando iriam pagar.

Chegamos na casa de Rose, Eddie estava passando as últimas instruções para seus homens, a polícia também estava lá, não demoramos a sair, eu e John seguimos atrás em outro carro.

Durante o percurso John me contou que Tasha tinha comprado algumas coisas com o cartão e no mesmo instante eles tinham mandado dois homens para lá, eles ainda conseguiram segui-la e encontraram o esconderijo.

Dirigimos para fora da cidade, entramos em uma estrada de terra e paramos, deixando os carros afastados afim de não denunciarmos que estávamos aqui. Seguimos a pé e encontramos uma casa simples rodeada por muitas árvores.
Estavam todos os policiais que vieram conosco, e os homens de Castilhe devidamente posicionados ao redor de toda casa aguardando as ordens quando ouvimos - mesmo que quase imperceptível - um tiro ser disparado. Sem mais se demorarem, conseguiram entrar, e ouvi mais sons de tiros. Sem me conter, peguei uma arma e corri para a casa sendo seguido por John, eu nem pensava no perigo que corria, o único pensamento era de encontrar Rose e tirá-la de lá o quanto antes.
Dentro da casa estava um caos, tiros ricocheteavam para todo lado, tinha alguns homens feridos caídos no chão - alguns eram de Natasha - entre eles vi Nathan que ainda vivia, fui até ele e o arrastei para um lugar seguro.

— Onde ela está? - perguntei agarrando-o pela camisa.

— Ah aquela ninfeta gostosa, me deliciei muito com ela - ele sorriu mais logo parou quando mudei minhas mãos para seu pescoço apertando ali.

— Seu desgraçado! - disse acertando um soco em seu rosto e em sua barriga, mas parei pois John segurou meu braço, senti minhas mãos úmidas de sangue, ele então olhou para uma porta quase no final do corredor.

— Biblioteca - disse ele num fio de voz - Tem uma passagem, mão, ela está lá em baixo... - disse ele desmaiando em seguida.

Segui as pressas para lá, os tiros já tinham cessado, mas acho que não completamente, pois ouvi um último tiro. Abri a porta e logo puxei uma mão que ficava na parede, e a mesma se abriu, desci uma escada e o que vi em seguida partiu meu coração.
Rose estava deitada no chão em cima de uma enorme poça de sangue, era muito sangue e ela não se mexia, pensei o pior e então corri ao seu encontro, com o pensamento de fazê-la viver novamente com meu amor.

— Pode ficar paradinho aí Dimka - disse Natasha que só agora percebi que estava ali. Ela estava encostada na parede e apontava uma arma em minha direção. Tentei encontrar a minha mais não achei, acho que tinha deixado ao lado de Nathan. Virei em sua direção.

— Ah Dimka! - continuou ela - Porque não me ouviu? Você não vê que só eu sou mulher para você. Essas menininhas não são páreo para mim, não viu Emily, coitada, e agora Rose, todas mortas por sua causa. Se você não fosse tão cabeça dura nós estaríamos felizes e elas vivas.

— Eu sei o que você está fazendo - disse eu amargurado por nunca mais poder ficar com minha Roza - Mais agora não vai funcionar, durante anos me culpei pela morte de Emily e deixei de viver minha vida, tudo por sua culpa. E hoje você tirou a única mulher que amei de verdade em toda minha vida e vai pagar por isso. EU NUNCA SEREI SEU!

Fui em sua direção, eu estava dominado pela fúria e tantos outros sentimentos ruins. Meu desejo era matá-la com minhas próprias mãos, vendo isso ela posicionou a arma mirando para mim.

O Vizinho da Minha Melhor AmigaOnde histórias criam vida. Descubra agora