--Como nos saímos um pouco mais cedo das aulas do Snape não quer conversar um pouco até dar o horário da próxima aula?- Ele pergunta assim que chega ao meu lado.
--Acho melhor não, sua namorada pode ficar brava.-
--Ela não vai, vamos para o salão da Grifinoria.-
Ele me estende o braço que aceito meio relutante, chegamos a entrada onde o quandro de uma mulher gorda ficava, Harry diz a senha e ela se abre.
Nos sentamos nos sofás que tinha ali, eu observava tudo quando percebo que os olhos de Harry me encaravam.
--Sabe Amélia sempre quis saber porque você foi selecionada para duas casas.-
--Minha mãe era descendente direta de Gryffindor e meu pai como você já sabe era de Slytherin. Acho que isso influenciou em parte na escolha do chapéu seletor.-
--Entendo. Como foi sua infância?-
--Ela foi boa, quer dizer, eu sempre me lembro de treinar muito minha magia, mas também me lembro de brincar e me divertir. -Falo sorrindo um tanto nostálgica pelas minhas lembranças.
--E como você se divertia?-
--Eu torturava pessoas inocentes. -Digo seria, o Potter arregala os olhos e engole seco, não consigo segurar a gargalhada.
--Eu estou brincando Cicatriz. -Ele me olha feio e bate com uma almofada em meu rosto, me pegando totalmente de surpres.
--Pronto descontei a brincadeira. Agora é sério, com oque você brincava?-
--Não tinha uma brincadeira específica. Mas me lembro que adorava brincar com Nagini, também me lembro de fazer trancinhas e passar maquiagem no Lucius. -Termino de contar e ouço a gargalhada de Harry, ele fica vermelho, mas não para. Quando ele finalmente se recupera, ele fala:
--Desculpe, mas é que nunca imaginei que Lucius poderia passar por essa situação, o rico e temido Malfoy. -
--Lucius sempre fez tudo que papai queria, e como nessa época ele não tinha um "corpo" próprio, ele o colocou para ser minha boneca. A verdade é que eu adorava aquele cabelo grande, sem contar a cor. As presilhas rosas que colocava nele, realçavam muito mais.-
--Sei que talvez seja muito indelicadeza da minha parte perguntar isso, mas qual a sua relação com o Snape? Pois desde que você chegou eu já vi dois sorrisos dele, eram discretos mas mesmo assim foi o máximo que já vi.-
--Snape por ser meu padrinho, sempre que precisei estava lá comigo. Ele nunca deixou de me visitar, mesmo quando estava dando aulas, ele sempre dava um jeitinho de ir. Ele meio que é um segundo pai, apesar daquele jeito dele, se você souber como lidar com ele pode conseguir tudo oque quiser. E você, como foi sua infância? -Pergunto curiosa.
--Até os meus 11 anos foi uma merda. Com a morte dos meus pais eu fui morar com meus tios por parte de mãe. Era horrível. Mas depois eu vim para Hogwarts e tudo melhorou, fiz novos amigos e me meti em muitas confusões, mas foi o mais próximo de familia que consegui, por isso tive forças para lutar essa guerra, por eles.-
--Oque aconteceu com seus tios?-
--Minha tia Petunia se arrependeu e me pediu desculpas. Já faz um tempo que não os vejo. Porque você lutou contra seu pai? -Pergunta curioso
--Eu não sei, eu só fiz o que achei certo.
--E você se arrependeu? -
Nao respindo sua pergunta pois na sei a resposta olho para ele e percebo que está se aproximando gradativamente, estávamos a centímetros um do outro quando escutamos a passagem da mulher gorda se abrir. A namorada do Harry entra na sala e olha feio para gente, ela vem em direção ao sofá e se senta no colo de Harry e o beija possessivamente confesso que não gostei nada e senti até uma pequena inveja, quando eles param ela olha com nojo para mim e fala:
--Sabe Amélia acho melhor você sair, daqui a pouco isso aqui vai encher de alunos da Grifinoria e devo te avisar que a maioria não gosta de você. Não é mesmo Harry?-
Olho para Harry que me olha serio, ele abaixa a cabeça e responde.
--Ela está certa Amélia, é melhor você ir. -
Sinto um certo desconforto com essa frase do Potter, qual era o problema dele? Uma hora está todo feliz em seguida fica sério, foi ele que me chamou para início de conversa. Me levanto e dou um sorriso irônico para eles, enquanto me retiro.
...
Estava deitada na minha cama, estava quase na hora da próxima aula, quando olhando para o teto me lembro de uma coisa que aconteceu antes da última guerra.
Um dia antes do ataque final, Belatrix desce ao porão da mansão em que ficávamos com uma bandeja repleta de alimentos, ela olhava para todos os lados como se tivesse medo que alguém a visse lembro dela murmurar um secretum ostium e uma passagem se abrir. Não havia ligado para aquilo, desde pequena via coisas estranhas acontecerem e Bela nao era muito normal mesmo, por isso aquilo nao tinha impostancia, pelo menos não até agora.
Depois que papai foi derrotado eu não voltei até lá, na verdade ninguém voltou eram poucos que tinham conhecimento sobre a mansão, é uma antiga herança da família Malfoy que o pai de Lucius deu de bom grado ao lorde na época em que era vivo.
Pego minha varinha e aparato até lá, sei que posso ser expulsa de Hogwarts caso me descubram, mas não iria aguentar a curiosidade, e também quem seria o louco de tentar me expulsar. Chego a casa em que vivi toda minha vida, não quero sair do foco por isso espanto as lembranças que me invadem. Desço até o porão e murmuro as mesmas palavras de Belatrix aquele dia,a mesma passagem se abre e me revela algo que não esperava.A passagem levava pa dentro de uma sala que estava com um cheiro horrível de fezes e urina, mas o corpo que se encontrava caído no chão tirou o foco do resto.
Me aproximo e viro o corpo magro e desnutrido que não faço a mínima idéia de como respirava, e quando vejo seu rosto não posso acreditar.
--Sírius?-
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A Herdeira Do Lorde
FantasyApós o fim da segunda guerra bruxa Amélia fica sobre os cuidados de seu padrinho. Filha do Lorde das trevas, é temida e odiada por alguns alunos de Hogwarts. Uma profecia começará a se cumprir assim que ela puser os olhos no assassino de seu pai.