O despertador me acorda e eu saio da cama, indo para o banheiro. Tomo um banho quente e visto o uniforme; camisa social azul clara, por cima um suéter azul escuro, blazer do mesmo tom, uma saia xadrez meio verde escuro e uma meia calça preta fina. Calço o meu tênis preto, e finalizo soltando o meu cabelo. Pego minha mochila e desço.
— Bom dia! — meu pai diz me dando um beijo no rosto.
— Bom dia pai.
— Animada?
— Um pouco, sim.
— Mais que o Theo. Quando perguntei a ele, ele pegou uma arma imaginária e se matou. Espirrou sangue pra tudo quanto é lado — eu rio.
Pego uma torrada e um pouco de café e bebo.
— Mãe, você vai levar a gente?
— Sim, senhora.
— Então vamos, já são 8:20.
— Ok..! Vamos Theo — ela o chama e ele se levanta lentamente — Vamos logo, sua irmã entra às 8:30.
Chegamos na frente da escola e havia muita gente ali. Parecia que toda a população infanto-juvenil estudava naquela escola. Meu estômago revira.
—Você vai se sair bem — minha mãe diz.
— É.. acho que sim, né? Tchau mãe — dou um beijo no rosto dela —Tchau Theo.
— Tchau filha! Boa aula! — entro na escola e sinto gente me observar.
Pego meu horário e vejo qual é a minha primeira aula. Filosofia, sala 16.
— 16..16.. oh — esbarro em alguém — Me desculpa.
— Olha por onde anda, idiota.
— Ok.. — finalmente acho a sala e entro.
Já está quase cheia então procuro com os olhos um lugar vazio. Encontro um rosto que me parece familiar. A menina do restaurante..! E atrás dela um lugar. Sento-me ali já sentindo meu rosto queimar por ter tanta gente me olhando.
— Ei.. — digo baixinho e ela se vira — Tudo bem? Eu te vi no restaurante ontem.
— Oi. Tudo. E você?
— Bem..
— Primeiro dia aqui? — assinto — Que droga. Meu nome é Anna Mitchell.
— Cleo Hill.
— Cleo? Esse é um nome diferente.
— É. Meus pais queriam algo menos comum — ela sorri.
— Bom dia — o professor fala entrando — Como foram as férias de vocês? — alguns começam a falar — Eu não me importo — então se calam — Nah eu tô brincando. Me contem!
As pessoas falam das sua emocionantes férias e eu e Anna apenas prestamos atenção.
— E você, Anna?
— Eu não fiz nada. Apenas trabalhei — alguns soltam sons de risos.
— Ah ótimo. É bom trabalhar também. E você.. eu não te conheço.
— É, eu sou Cleo Hill.
— Cleo Hill. Me conte sobre suas férias, Cleo Hill .
— Nada de especial, apenas saí com os meus amigos de Londres e fui na Grécia com minha família.
— Grécia. Maravilha. Bem, chega de conversa. Abram os cadernos, vamos ter tarefas.
A segunda, terceira e quarta aula passam rapidamente, e logo é a hora do almoço.
— O almoço daqui é geralmente bom, mas nunca coma o creme de ervilhas — Anna me fala na fila
— Por quê não?
— É simplesmente horrível — a mulher que nos serve a encara — mas não é porque você faz. Sabe que eu te adoro — eu sorrio.
Escolhemos uma mesa, e nos sentamos. Enquanto tomo meu suco, vejo passar um grupo de mais ou menos 10 pessoas, dentre elas apenas 4 meninas, e eles todos têm um ar de superioridade no rosto.
— Quem são esses? — ela olha pra trás
—Esses são os Bloods
— Bloods? O que eles são, uma gangue? — rio
— Sim — ela diz séria — mais ou menos isso. Apelidamos eles assim por eles serem-
— Violentos..?
— Exato. Não saem machucando qualquer um mas não se meta com eles que nada te acontece. Principalmente o Jake — ela frisa quando percebe que estou justamente encarando um deles. Ele tem cabelos loiros escuro, seus olhos são escuros e ele parece ser alto. Consigo ver algumas tatuagens em seu pescoço e mãos. Certamente há muitas outras espalhadas por seu corpo. Também há um piercing na sobrancelha esquerda. Ele é bonito, muito bonito. Apesar da sua beleza comum, me atrai muito.
Anna me olha e passa a mão na frente do meu rosto
— Hm? — digo voltando-me à ela
— Não faça isso
— O quê?
— Apenas não faça, ok? Você vai se arrepender depois
— Tá legal, uhm.. então, que tal você ir na minha casa hoje para fazermos o trabalho de historia?
— Ah não posso. Eu trabalho, lembra?
— Até que horas?
— Até às 6
— Então, 7 horas você vai lá
— Tá legal — ela sorri e eu também
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Droga do Amor
RomanceEu não sei muito sobre o amor. Também não sei muito sobre amar. Mas uma coisa eu sei; quando se ama alguém, faz-se tudo por ela .