Capítulo 24 - O Final

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- Por favor, Jane, não faz isso comigo! É pra isso que você veio? Para acabar com o meu psicológico?

- Eu queria estar brincando, ou mentindo! Mas eu não vim pra brincar.

- Jane morreu, está enterrada, e nunca mais vai voltar! Saia do meu apartamento, por favor! – Gritou Rupert.

- Você não aguenta a verdade!

- Então prova! Prova que é você!

Eu cheguei perto dele, tão perto a ponto de sentir sua respiração no meu rosto, e olhei-o bem no fundo dos seus olhos, e disse:

- Você acha mesmo, depois de tudo o que eu fiz que eu fosse perder o meu tempo tentando te reconquistar e sendo a melhor pessoa possível, senão fosse por você? Fingi ser duas pessoas diferentes, só para estar com você. Você salvou minha mãe, me conquistou, foi meu namorado, ficou comigo no Dark Game. Eu sempre te amei, sempre.

Rupert sorriu, passou a mão delicadamente no meu rosto, o que me fez fechar os olhos por um segundo, quando abri, ele estava olhando pra mim:

- Por favor, fale qualquer coisa – Eu disse.

- Saia-da-minha-casa.

E eu comecei a chorar, mesmo não querendo. Assim que peguei minha bolsa, começou uma espécie de tornado lá fora. E eu demorei pra sacar o que estava acontecendo:

- Como um dia ensolarado pode virar o fim do mundo? – Rupert perguntou olhando pela janela. Eu olhei para o céu, e me arrepiei inteira. Eu sabia o que estava acontecendo. Tinha que me esconder:

- Rupert, até mais. Obrigada por me receber e me ouvir.

- Aonde você vai? Não vê a tempestade que está lá fora?

- Exatamente. Você me mandou sair!

- Mas eu não sabia que estava isso lá fora! Ta acabando o mundo!

- Seja feliz, e um dia, talvez, você descobrirá.

Abri e porta e:

- Jonathan? E quem é você? – Vi um homem todo de branco e com uma cara não muito boa.

- Precisamos entrar Jane. – Quando ouvi isso meu coração doeu.

- Jonathan? O que está acontecendo? – Perguntou Rupert.

- Jane, eu sou o conselheiro do Jonathan lá no paraíso. Precisamos ter uma conversa séria. Você violou uma das regras que te demos ao voltar para terra. Vim assim que possível. Você jamais poderia contar a verdade e isso terá uma consequência.

- Jonathan? Então você estava no meio disso tudo o tempo todo? – Indagou Rupert.

- Sim, estava. Era pro bem dela.

- E a consequência seria... Voltar? – Perguntei ao conselheiro.

- Também, você nunca mais terá que qualquer contato com alguma pessoa da terra. Lá é sua casa agora, para sempre. Vamos, precisamos ir.

Eu peguei as minhas coisas, mas Rupert disse:

- Espera! Sei que você é o conselheiro e manda lá em cima, eu não quero ser grosso, mas daqui ela não sai. Eu não vou perdê-la de novo. Eu me recuso.

- Como é?

- Cara, não é assim que funcionam as coisas, foi o combinado, ela vai ser levada mesmo estando aqui. – Jonathan disse.

- Daqui ela não sai me desculpem. – Eu olhei para o Rupert e sorri.

- O Rupert está certo. Eu não vou sair daqui. Se quiserem me tirem a força. - Eu disse com a voz firme.

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