Que homem lindo...
Devo ter transitado pelas ruas cariocas mais de meia hora, perambulando sem saber onde eu estava de fato. Usei o GPS do carro, buscava a casa do Marcelo. Porém, eu creio que a máquina me pregou uma peça, por que eu estava perdido, talvez algo de errado no GPS. Estacionei em uma rua qualquer para me situar. Tornei a digitar o endereço da casa do Marcelo e creio eu, andei por lugares desconhecidos. Cansei de andar de carro e estacionei. Desci olhando ao redor, não queria tornar a ligar para ele por que eu tinha me perdido, que impressão ele teria de mim.
Observando vi ser um bairro muito apresentável, bem cuidado. Ele me ligou na hora certa — Dr. Luiz, desistiu? — Ri tímido — Não desisti, é que eu estou perdido — Ele gargalhou — Aonde você está? — Deixa eu ver, Marcelo, parei agora mesmo ver se eu me localizava, mais desconheço o bairro. Bom — Pausei observando algo para dar referência ao Marcelo — Tem o Edifício Pâmela — Hum, você vê uma porta de vidros pretos? — Olhei mais não havia porta dita por ele — Não tem Marcelo, duas portas pequenas e grades que é do estacionamento desse prédio — Certo Dr. Luiz. Então, você está na rua lateral do edifício. Faz a volta e passa na frente do Edifício Pâmela e vê a porta de vidro negra. Segue reto e a minha casa é na próxima esquina. Estarei no portão esperando por você — Certo Marcelo, já chego.
Rindo da minha trapalhada, eu fiz a volta e entrei na rua que passa frente da porta do prédio que Marcelo disse e avistei a tal porta de vidros negros. Segui em frente, cruzei uma avenida. A sensação de reviravolta no estômago me assolou. Eu avistei o Marcelo parado no portão da casa dele, todo másculo de braços cruzados. Ele sorria provável por que eu me perdi. Senti um gelo invadir meu corpo, engoli a seco arfando, em segundos eu estaria na presença do homem que eu estava amando. Passei na frente dele que seguiu com seus olhos no carro, por que não via nada para dentro dele, mais eu o via e ele estava um gato.
Deve ter percebido que fui fazer a volta no portão da garagem da casa dele. Fiz a volta estacionando na frente do Marcelo que não perdeu seu sorriso. Automático o carro abriu a porta. Marcelo segurou em cima do carro e arqueou o tronco me olhando.
Brincou comigo — Pensei que tinha desistido de mim.
— Claro que não, Marcelo, entre.
Ele entrou no carro — Dr. Luiz. Uau, você está elegante. Foi difícil encontrar?
Eu sorri feliz pelo elogio — Obrigado Marcelo e você está um gato. Acho que deve estar com problema esse GPS — Apontei no painel do carro — Nem sei por onde tanto eu andei literalmente perdido em busca da tua casa — Rimos —
— Manda arrumar o GPS do teu carro, Dr. Luiz.
Marcelo começou a rir do "Olé" que levou para colocar o sinto — Espera eu te ajudo.
Debrucei por cima dele para ajudar colocar o sinto e a minha posição, ficou meramente provocante. Ele percebeu a excessiva aproximação e arfou ansioso — Também esses carros modernos de hoje em dia — Rimos — O meu é simples, me leva rápido aonde eu ou a mãe precisamos ir, aliás, era do meu pai, um dia compro um meu e modelo atual.
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Sou Homem e Amo outro Homem - Livro 01 -
Roman d'amour...Plágio é crime, cuidado. Eu possuo os ISBN e o ISSN das minhas obras... Sinopse Sou Homem e Amo outro Homem -Livro 01 - De uma consulta médica da mãe Marcelo descobre um lado até então adormecido. Do nada aos seus olhos el...