Capítulo 03

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Balada LGBT

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Balada LGBT

[...]

Os primeiros clarões da manhã de quarta-feira surgiam ultrapassando pelas cortinas do meu quarto me acordando. Combinei com o Marcelo para sairmos a noite. Durante o dia de quarta-feira, nós trocamos E-mails, se surgia um tempo livre. Ele me encantava de todas as maneiras, desde um simples E-mail a uma conversa pessoal. Sua voz, áaah a sua voz que delícia ouvi-lo, me acalmava que, por sinal, eu nunca tinha visto alguém tão calmo e passar sua paz aos outros.

Era quase meio dia depois da cirurgia estressante que realizei, fora estafante e eu tentava me recompor sentado à vontade no gabinete. Olhei no meu celular — Deus que vontade de ouvir a tua voz, Marcelo, que vontade, bem que você poderia me ligar.

Tocou meu celular... Senti percorrer um frio gélido pela minha espinha. Meu coração descompassou ao ouvir chamando, segundos após eu ter desejado ouvir a voz do Marcelo.

Conferi o número, gemi alto e sorrindo... "Deeeus, é ele"...

Pigarreei me recompondo — Olá Marcelo — Oi Dr. Luiz, eu preciso saber como a mãe está. Não irei vê-la no almoço — Eu tapei o fone, gemendo "Aaain" expressando a alegria de ouvir aquela falsa desculpa dele. Marcelo não precisaria ligar para saber da mãe dele, ela tinha um telefone à disposição na suíte. Ótimo sinal, Marcelo também queria ouvir minha voz...

Continuei a ligação — ...eu ainda não fui vê-la Marcelo, acabei de chegar no gabinete. Eu estava fazendo uma cirurgia, irei vê-la logo mais. Ligue mais tarde e saberei como ela está — Agradeço Dr. Luiz, eu ligo sim — Você não quer conversar com ela? — Perguntei e Marcelo silenciou por longos segundos. Riu num som nasal. Segurei minhas risadas. Gaguejou — Caramba esqueci que ela tem telefone no quarto e você me deu o número do telefone da suíte — E tem mais Marcelo, ela está com o celular dela — Não me aguentei e dei uma risada alta e ele desculpou-se sem jeito — Esqueci de tudo isso, desculpa. Esses últimos dias eu ando com a cabeça a mil, quanta aflição e te peço desculpas, Dr. Luiz — Ele gargalhou envergonhado — Sem problema Marcelo. Na verdade eu adorei que você me ligou, sabia? — Ele riu alto e senti nele alegria do que eu disse — Sério? Por que gostou que eu te liguei? Não quero atrapalhar seu trabalho Dr. Luiz. Por vezes eu pensei em te ligar para conversarmos. Achei que eu seria invasivo com o pouco tempo livre que você tem, seja no hospital ou em sua casa e acabei não te ligando antes de agora — Imagina Marcelo, eu adorei que me ligou, conversar com você, ouvir sua voz me acalma — Marcelo silenciou depois de sorrir  — Marcelo, alô? — Oi, oi, desculpe Dr. Luiz, saí do ar por instantes — Rimos — Dr. Luiz, depois eu te ligo, agora preciso falar com o chefe — Claro, irei ver sua mãe agora, até mais Marcelo — Até mais doutor.

Encerramos a ligação, eu subi ver como estava a Susana minha paciente e futura sogra. Deus me ouvisse, estava tudo caminhando a seu tempo. Eu tinha esperanças de conquistar o Marcelo, ser e fazê-lo feliz em todos os sentidos da nossa vida.

Sou Homem e Amo outro Homem - Livro 01 -Onde histórias criam vida. Descubra agora