Capítulo 06

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Bom dia meu amor...

Longe eu ouvia meu celular tocando suave. Ainda de olhos fechados, fui tateando sobre o criado mudo e toquei no meu celular, o apalpando peguei-o. Suspirei fundo na teimosia de não querer acordar. Conferi o número e creio ter sido a melhor sensação de me acordar as seis horas da manhã sem precisar acordar tão cedo com meu celular tocando — Bom dia meu amor — Bom dia meu lindo, que delícia ouvir tão cedo a sua voz, Celo — Desculpe ligar tão cedo Lu, até a sua voz está de quem está acordando agora, mais acontece que antes de eu ir trabalhar, precisei te desejar um bom dia. Nossa, jamais pensei amar um homem com essa força — Obrigado amor e digo o mesmo, a você igualmente, amo você — Também te amo Luiz, até mais — Até, Celo.

Nos despedimos e saltei feliz da cama, tomei meu banho matinal e arrumado desci tomar o café da manhã. Minha mãe estava também descendo, ela não iria sair e desceu de pijama e roupão. Olhou-me — Que maravilha querido ver você feliz. Este rapaz está te fazendo muito bem.

— Muito mãe, nós, nos amamos e sou correspondido — Falei passando manteiga no meu pão — Mãe sinceramente, eu pretendo casar em breve com ele, se prepare.

— Calma meu filho, não se antecipe tanto, vai com calma e conheça melhor esse rapaz, nem eu o conheço ainda e você sabe que meus instintos nunca falham, quero vê-lo primeiro.

— Vai conhecer mãe, nesse fim de semana iremos na fazenda. Bom, tudo depende da saúde da sogra, se ela estiver melhor, dou alta e fará bem a ela o ar puro. Vocês se conhecem melhor e desfrutamos de um bom passeio no domingo na nossa fazenda.

— Combinado então querido, hoje à tarde pretendo fazer uma visita para sua sogra, posso?

— É claro que sim, mãe.

— Está bem meu filho.

[...]

Uma das primeiras coisas que fiz, foi ir ver como estava a Susana minha doce e amada sogra. Obviamente que ela estava eufórica para saber as novidades da noite anterior. Relatei o essencial e ela já ficara feliz por eu dizer que caminhava tudo a seu tempo. Marcelo havia pedido que eu falasse dessa forma. Imagine a euforia se ela soubesse a verdade de que namorávamos, muita euforia não faria bem a sua frágil saúde.

Marcelo pediu para dizer o que falei e eu respeitei a sua vontade dele mantendo segredo do nosso namoro. Quem sabe ele queria contar a ela sobre, mais eu demonstrei minha felicidade contando que nos divertimos em uma boate gay e eu estava quase o convencendo a namorar comigo, ela estava radiante de alegria, muito feliz por nós dois.

Minha sogra era uma pessoa incrível — Beijou o meu filho? — Gargalhei sem jeito e senti minhas bochechas rubras, o que a fez rir muito e isso não menti —

— Sim, sogra!

Ela deu um grito que me assustou, rindo e batendo palmas como a minha mãe fez também, Susana me fez rir — Valeu o terço que eu rezei por vocês dois, que fooofos.

— Como te disse, tudo a seu tempo. Minha mãe quer que todos vamos na fazenda nesse fim de semana, mais eu preciso saber como você se sente, SO GRA — rimos —

— Melhor impossível meu genro querido.

— Só quero aguardar o último exame e conforme for eu te darei alta médica, então nesse fim de semana iremos lá na fazenda, te fará bem o ar puro. Minha mãe vem te visitar hoje, sogra.

— Que maravilha ela vir. Vai dar bom os exames, vai ver só, Dr. Luiz, irei com prazer.

Sorri para ela anuindo a beijando a testa e fui trabalhar. Susana ficou radiante com o beijo que dei no filho dela. Ela e minha mãe, eram bastante parecidas no jeito de encarar a vida, tudo era bom e tudo era para se viver intensamente. Caminhando pelo corredor visitando meus pacientes, chegou uma mensagem...

Sou Homem e Amo outro Homem - Livro 01 -Onde histórias criam vida. Descubra agora