04. we should have just been friends.

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10 de fevereiro de 2012

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10 de fevereiro de 2012. 

       O meu abdômen estava dolorido de tanto que eu o contraia enquanto chorava

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       O meu abdômen estava dolorido de tanto que eu o contraia enquanto chorava. Minhas mãos estavam escondendo meus olhos banhados pelas lágrimas que caiam sem parar, enquanto eu estava sentada na neve gélida que já havia deixado meu corpo quase dormente. Eu sentia dor pelo meu corpo, mas o que me fazia chorar desesperadamente daquela forma, era o fato de que eu estava sozinha e de que aquela voz repetia sem pudor algum que, eu não teria ninguém mais e que eu nunca teria amigos ou seria feliz, porque eu estava destinada a viver sozinha. Gritei, esperneei, pedi para que aquela voz me deixasse em paz, mas tudo o que eu ouvi em resposta foi sua risada maléfica e debochada. Eu tinha certeza de que estava ficando louca e possivelmente estava entrando em depressão, ou já estava em uma, mas ainda não havia me dado conta. Porque a cada ano que vinha se passando, o meu estado ia se deteriorando e me assustava. Eu não tinha amigos, porque era considerada uma pessoa que trazia azar. Isso aconteceu quando eu tinha apenas 9 anos e todos com quem eu me relacionava ficavam doentes, perdiam alguma coisa, se machucavam e enfim... tudo de ruim acontecia com eles quando eu estava por perto. Mamãe costuma dizer que isso era apenas coincidência e que talvez, as pessoas me invejassem por eu ser a flor mais bela do jardim. Mas eu nunca acreditei nela, preferi acreditar no que a grande massa de pessoas a minha volta, diziam: eu era o azar em pessoa.
Mas a coisa toda piorou e as pessoas realmente passaram a levar a sério, quando aos 15 anos, eu perdi minha única amiga; Soon Young em um acidente em que o destino que ela seguia com seus passos animados, girando com seu lindo vestido floral, cantando alguma música que ela mais uma vez descobriu na internet, era a minha casa. Young morreu aos 16 anos, na rua de baixo da minha casa e era naquele mesmo local que eu me encontrava, chorando e soluçando alto pedindo a Deus que a trouxesse de volta.

Daquele dia em diante, ninguém mais ousou a ficar ao meu lado, a sorrir para mim, a desejar bom dia ou qualquer outra coisa. Kyung Mariah foi considerada inexistente, um fantasma, um terror, um mal, um monstro... e eu passei a ser sozinha. Sendo acompanhada apenas por aquela voz, aquela mesma voz que há quase três anos atrás, ela costumava ser dirigida a mim com amor e alegria, mas que agora tinha ódio e nojo. Aquela voz era a de Soon Young.

 𝙵𝚒𝚛𝚜𝚝 𝙻𝚘𝚟𝚎 ᵏⁱᵐ ᵗᵃᵉʰʸᵘⁿᵍ Onde histórias criam vida. Descubra agora