《• ↬Quando se vive o primeiro amor, imaginamos não sermos capaz de amar mais ninguém além daquele ser. Descobrimos mais tarde que, as coisas não são bem assim.
Kyung Mariah nunca havia se apaixonado, tampouco amado alguém. Estava focada em tornar se...
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O domingo chegou entediante depois de um sábado muito animado, onde fiz questão de guardar cada momento ao registrar em meu celular e minha polaroide. Suspirei quando olhei a janela do meu quarto onde mostrava que lá fora o dia já havia amanhecido e que eu tinha que me levantar. Preguiçosamente estiquei meu braço até o criado mudo, aonde se encontrava meu celular e peguei o aparelho. Entrei na galeria de fotos e comecei a rever pela décima vez as fotos que havia tirado com Taehyung e JinHae. Ambos eram muito palhaços e fizeram muitas caras e bocas que me faziam rir toda vez que eu as olhava. Suspirei ao ver uma foto que Jinhae tirou de mim com Tae e acabei sorrindo ao ficar encarando ela por tempo demais. Ele estava abraçado a mim, beijando minha bochecha , enquanto eu tinha os olhos fechados com um sorriso grande e fazia sinal de coração com as mãos. Aquela tinha acabado de se tornar a minha foto favorita e, eu queria colocá-la como papel de parede em meu celular, mas desisti ao ver que isso me causaria um interrogatório sem fim de todos que veriam. Principalmente ele. Fiquei olhando mais um pouco a foto, até o alarme do meu celular tocar, me dizendo que eu deveria me arrumar porque Jaebum estaria ali em 40 minutos. Levantei sem ânimo algum, não queria ir aquele almoço. Não tinha necessidade. Lembrar de Yuna me dava calafrios e me fazia querer voltar para minha cama e me enfiar debaixo do meu edredom. Mas eu tinha que ir para não fazer desfeita aos meus avós. Após o banho rápido, fiz a maquiagem e saí enrolada no roupão, ainda em dúvida do que vestir, já que se tratava de um almoço na casa da minha avó, não podia ir com qualquer roupa. Acabei dando de ombros ao encarar a saia jeans rosa bebê, cheia de botões, com uma blusa branca meia estação. Seria aquilo mesmo. Busquei meus tênis brancos de plataforma e os calcei depois de colocar as meias. Me olhei no espelho e resolvi colocar brincos e um colar. Naquele momento me lembrei do que Yuna me dera e senti medo ao ver que ela estaria tão perto de mim. Terminei de me arrumar e pesquei em meu guarda roupas um quimono bege clarinho. Era primavera, mas de manhã ainda era bem fresquinho. Com tudo pronto fui para a sala e olhei meu celular, Jaebum já iria chegar. E não demorou nem 5 minutos, o garoto já estava apertando a campainha e eu suspirei saindo logo em seguida.
Já no carro eu fiquei um tempo calada e ele parecia respeitar o meu silêncio, pois também nada dissera.
— Você sabe que Yuna não mudou nada, não é ? — Perguntei ao meu irmão quando vi que já estávamos quase chegando à casa dos nossos avós.
— E você não vai ficar calada quando ela te atormentar, não é? — Lançou seu olhar preocupado para mim e eu suspirei.
— Prefiro não gastar minhas energias com ela. — Dei de ombros e ele suspirou.
— Não deixe que ela te abale. — Ele finalmente disse depois de um silêncio e logo vi a propriedade enorme dos nossos avós se aproximando.
— É um pouco difícil. Mas não vou deixar com que ela note que ainda me abala. — Dessa vez eu o olhei e sorri e ele suspirou novamente, passando a mão em seu cabelo enquanto entrávamos com o carro na propriedade.
