12. you are my little lion

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Os dias se arrastaram, mas eu estava me sentindo mais livre, feliz e confiante. Taehyung passava todos os dias em casa antes de irmos para a escola e depois dela também. Agora eu tinha também Jin Hae, a qual eu havia apelidado carinhosamente de Jiae que, a pronuncia em coreano parecia "Tia" com um acento no "a". E ela me apelidou de Marie, porque de acordo com ela, era assim que os americanos chamavam as Marias da vida e também, porque ela achava legal. Tentei explicar que meu nome não era Maria e sim Mariah, mas ela não me deu ouvidos e disse que ficaria Marie. Ainda pediu para Taehyung a opinião dele e a do garoto foi de que gostava do som do meu nome, como também do sobrenome. Fiquei contente e agradecida por ele dizer isso que até o abracei, mas o que ele disse em seguida me fez o dar vários tapas:

— Vamos chama-la de Chopper. — O sorriso inocente e os olhos brilhantes era fofo, assim como o apelido, eu até aceitaria se ele não continuasse — Porque ela é pequena e acha que assusta a gente quando tá brava, mas nem dá medo. — Concluiu todo empolgado enquanto Jiae ponderava sobre o apelido e eu o ataquei.

No final ficou Jiae me chamando de Marie e Taehyung de Mariah, Kyung e até mesmo Marie. Mas na noite passada ele me apareceu com um tal de Maky que, segundo ele, era a junção do meu nome e sobrenome. Claro que eu ri e achei fofo o fato de que ele estava pensando nisso ás onze da noite. E algo me dizia que ele usaria aquele Maky muito mais que os outros. E eu gostei.

Eu tinha voltado da escola um pouco mais cedo. Fomos liberados para sairmos mais cedo já que teria uma grande reunião com os professores e diretores. Jiae aproveitou as horinhas de folga e disse que precisaria ir às compras. Ela queria me arrastar, mas não conseguiu quando eu disse que meus pais queriam que eu ligasse para eles via Skype. E, era o que eu estava fazendo naquele momento.

Olhava para a webcam de meu notebook atenta enquanto ouvia a chamada sendo completada. Eles estavam online, mas parecia que demorava mil anos para entender. E de certo era a internet; eu lembro bem de minhas primas me dizendo que a internet de lá era bem precária em vista daqui.

- Buh! - Meu pai apareceu na tela, me assustando. Havia me distraído com meu celular enquanto esperava que nem vi o momento que atendeu - Annyeonghaseyo, Mariah!! - Agora minha mãe estava ao seu lado e os dois diziam em uníssono enquanto acenavam freneticamente para a webcam.

- Annyeong, appa, omma.... - Falei um pouco emocionada por os ver através de uma tela e não pessoalmente.

Sentia tanta falta deles. Dos abraços e até de seus cheiros.

- Como vai minha garotinha, hm? - Minha mãe indagou com os olhos marejados e eu sorri rapidamente para que ela não fizesse aquela chamada ser mais dramática do que já era.

- Eu estou muito bem. - Me animei - Estou me alimentando bem, olha. - Levantei antes que ela me pedisse, porque odiava que eu entrasse em dietas idiotas - Vou a escola todos os dias e estou indo muito bem. - Pisquei.

- Certo. Fico feliz que esteja indo tudo bem ai, filha. - Meu pai falou e eu sorri.

- Alguma novidade? - Minha mãe perguntou mexendo em algo e saindo do campo de visão da câmera. Ouvi uma voz de criança e logo ela apareceu com um menininho loiro de olhos grandes e azuis em seu colo.

- Oh!! Que fofo. Quem é? - Perguntei curiosa, ignorando a pergunta de minha mãe.

Eu tinha novidades e, muitas até. Inclusive uma delas estava apertando a minha campainha naquele exato momento.

- É seu primo. Pedro é o nome dele. - Meu pai disse olhando a criança e voltando-se para mim com o cenho franzido - Por acaso tem alguém apertando a campainha, filha? - Indagou e eu bufei sem que ele percebesse.

 𝙵𝚒𝚛𝚜𝚝 𝙻𝚘𝚟𝚎 ᵏⁱᵐ ᵗᵃᵉʰʸᵘⁿᵍ Onde histórias criam vida. Descubra agora