《• ↬Quando se vive o primeiro amor, imaginamos não sermos capaz de amar mais ninguém além daquele ser. Descobrimos mais tarde que, as coisas não são bem assim.
Kyung Mariah nunca havia se apaixonado, tampouco amado alguém. Estava focada em tornar se...
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Eu sabia que havia perdido a aula de audiovisual e a de inglês. Porque o sinal havia batido duas vezes desde que eu entrara naquele banheiro e havia me trancado em uma das cabines. Eu ouvi Minjae me chamando e ouvi a voz dele também; Taehyung. Mas quando o primeiro sinal bateu eu não ouvi mais. Antes disso, alguém entrou no banheiro e sem que pudesse me ver, disse que os dois me pediram para sair. Ela ainda brincou que eu tinha sorte e logo entendi que ela não me conhecia porque não diria aquilo se soubesse quem eu era. E eu ri com ironia apenas dizendo que eu não sairia.
Tinha certeza de que havia cochilado depois que o sino bateu para a última aula e alguém bateu na porta da cabine.
— Ya! Você ainda está aí? — A mesma garota de antes estava perguntando e ela se abaixara no chão para ver se conseguia me ver —Eles não estão lá fora, já pode sair se era isso que estava esperando. — Suspirou após conseguir me ver e sorriu.
Ela tinha os cabelos pintado de azul e os olhos estavam contornados com lápis preto bastante forte e em seus lábios havia um batom pink.
— Há muita gente no corredor? — Era a primeira vez que eu falava em horas e por causa do choro, a voz saiu um pouco grossa.
— Não. — Se levantou — Venha, vamos sair daqui. Eu te protejo. — Sua voz soou divertida e eu me perguntei novamente se ela me conhecia.
— Você sabe quem eu sou, não sabe? — Indaguei curiosa ainda trancada e sentada em cima da tampa da privada.
— Sei. — Confirmou para a minha surpresa. — Porém, eu acho que essas pessoas são muito maldosas por pensar dessa forma. — Ouvi seu suspiro. — Eu não estava aqui quando isso aconteceu, mas para eles dizerem assim, com certeza vocês eram muito amigas. E, acho que eles deveriam ter se dado conta do quanto a morte dela te machucou e você sofreu, deveriam te amparar. Mas parece que esse povo de Seoul é meio sem alma. — No fim sua voz saiu um pouco irritada e eu não consegui segurar minhas lágrimas quando ouvi aquelas palavras. — Eu tenho te observado desde que eu cheguei aqui, sabia? — Pareceu estar esperando uma resposta, mas não consegui dizer nada, porque estava muito surpresa. — Não faz muito tempo, um mês antes das férias. — Suspirou — Céus. Como eles não conseguem ver o estado em que te deixaram? Já faz dois anos e eles ainda insistem em fazer piadas, não percebendo que isso tem te deixado em uma profunda depressão. — Meus lábios tremeram e eu fisguei o inferior com meus dentes. — Enfim, eu tentei me aproximar de você, mas você sempre está se escondendo e correndo. E a gente só faz duas aulas juntas e isso sempre dificulta em eu me aproximar. Teve uma vez que eu me aproximei, mas você não me ouviu ou se ouviu, fingiu não ouvir. — Parou e eu fiquei esperando. — Você também né, não facilita as coisas. Fica levando a sério o que dizem e alimentando ainda mais os rumores se escondendo atrás dessa máscara que chamam de morte. — Suspirou novamente e eu arqueei a sobrancelha.
Ela mal me conhecia e estava me dando broncas?
Ouvi passos e achei que ela estava indo embora, mas eu vi seus pés e ela bateu na porta.
