13 Reasons To Stay

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  -Hannah! -Clay gritou indo em direção dela, que estava deitada no chão.
Ele foi analisar seu corpo, e por sorte ele não acertou em um lugar fatal. Ele pegou ela no colo e a levou pra casa, tirou a bala dela com o maior cuidado e fez alguns pontos no lugar da ferida, ela gritava de dor, mas aguentou.
-Onde aprendeu a fazer isso? -ela perguntou depois dele terminar.
-Meu avô era médico, aprendi algumas coisas. -ele disse sentando ela na cama. -Não acredito que eu quase matei você.
-A culpa não foi sua, eu que sou uma péssima perseguidora.
Ele começou a chorar.
-Eu só queria que ele pagasse, que ele sentisse o mesmo que eu senti.
-Ele quem? -Hannah perguntou já ficando nervosa. -Clay, me fala, por favor.
Clay se levantou, respirou fundo e decidiu contar.
-O nome dele é Lucian Smalls. Conheci ele na primeira semana que vim pra Ohio, estava de noite, eu estava voltando pra casa e ele veio até mim, não sei o motivo, mas ele parecia legal, ele confiava em mim... E eu nele. Um dia, ele me deu um pacote e pediu pra entregar pra um cara que morava mais pro centro da cidade, eu perguntei o que tinha no pacote, não sou idiota. Tinha drogas lá, das pesadas. Hannah, ele era traficante e é procurado a muito tempo pela polícia.
-E então? Você entregou o pacote?
-Mas é claro que não, foi justamente por eu recusar que ele está fazendo da minha vida um inferno. Ele tem medo de que eu o entregue pra polícia e fica me seguindo por todo lugar. Por isso eu não podia te contar, e agora você também sabe...
-Ei. Ele não vai me machucar ok? E nem a você, nem ao seu pai.
-Mas ele matou minha mãe! Eu sei que foi ele quem armou o "acidente" dela. Hannah, ele sabe quase tudo sobre mim, e tudo graças a eu não saber escolher minhas amizades.
Clay chorava, estava com ódio dele mesmo.
-Eu já tinha perdido o Jeff pra um acidente de carro, ele sim era meu amigo, ele queria me ver feliz e olha só o que aconteceu! E agora minha mãe também se foi. Como acha que me sinto? Eu poderia ter feito algo pra salvar os dois,m as só fiquei parado. Eu não fiz porra nenhuma!
-Oh Clay... Eu sinto muito.
Hannah o abraçou e deixou ele depositar nela toda sua dor, ele se sentia inútil.
-Me desculpa por favor. -ele dizia no ouvido dela. -Pelo tiro, pelo meu comportamento esses dias.... Me perdoa.
-Claro que eu perdôo meu amor. Tudo vai ficar bem.
-Sim, vai sim. Mas só depois que eu terminar esse assunto.
-Clay, achei que tinha mudado de ideia.
-Minha mãe morreu. -ele soluçava. -Não posso deixar isso assim. Ele precisa pagar. Você entende?
-Mas ele é traficante! Você não acha que ele já fez isso outras vezes?
-Eu sei que ele já fez.
-Então sabe que ele sempre escapa.
-Dessa vez não. Lucian vai ter o que merece, vou me vingar por todos que ele já feriu.
-Você vai matar ele?
-Não, a morte é pouco pra esse psicopata. Quero que ele sofra, e pode apostar. Ele vai.
-Clay, não faça isso. Eu te conheço e você não é assim.
-Eu passei a ser.
Hannah e Clay voltaram pra casa dos Jensen, assim que entraram, encontraram o Sr. Jensen chorando.
-É melhor eu ir. -Hannah disse beijando Clay. -Amanhã eu venho pra me despedir.
O rapaz afirmou com a cabeça e a jovem Baker foi embora.
Clay sentou ao lado do pai, eles se olharam e ficaram lamentando a morte de Lainie até pegarem no sono.