Meu corpo pedia mais 20 minutos de sono, mas abri os olhos com um resmungo. Eu estava em casa, obviamente, e suspirei aliviado. Havia desmaiado e acordado na Casa Branca no dia anterior.
Ouvi a batida na porta que, em seguida, foi escancarada. Lilith se jogou em cima de mim.
—Bom dia, maninho! Adivinha quem está lá embaixo?
Foi o suficiente para eu sentar na cama rapidamente, num pulo.
—Mike! Ele mesmo. Papai e ele engataram num papo sobre propriedade privada. –ela riu
—Como assim?! Diz para ele que eu já estou descendo. –empurrei ela da cama e para fora do quarto
Peguei a primeira roupa que encontrei e acabei vestindo uma calça jeans preta e uma camiseta vermelha. Dei uma olhada em meus cabelos e percebi que eles pareciam mais loiros por causa da luz do sol, que refletia em mim pela janela. Saí do quarto e desci as escadas rapidamente, pedindo aos céus para que meu pai não estivesse emburrado.
Aquele seria o dia em que eu iria esclarecer tudo com Mike. Ou ao menos tentaria. O relógio na sala marcava 8h30min da manhã. Meus olhos percorreram a sala e encontraram um Mike sorridente, que conversava com meu pai. Quase não acreditei na cena. Eles pareciam estar debatendo alguma coisa, de um jeito amigável, e sorriam um para o outro. Fiz uma careta ao me aproximar daquela cena.
No momento em que Mike me viu ele ficou sério e levantou-se. Meu pai pigarreou e me olhou de soslaio. Não disse nada. Eu nuca havia dito que tinha um namorado para eles, já que preferiam ignorar o fato de que eu era gay, mas eles meio que sabiam.
—Oi, D. –Mike sorriu encabulado, com as mãos nos bolsos
Ele estava lindo. Mas isso ele sempre fora. Os cabelos pareciam brilhar, naquele tom castanho escuro que combinava com os olhos, ainda mais escuros. Usava uma regata que destacava suas tatuagens e uma calça jeans rasgada. Eu já podia imaginar os comentários da minha mãe sobre aquele visual: desleixado. Mas para mim ele estava lindo. Mais uma vez lembrei-me do que precisava falar e respirei fundo.
—Oi, Mike –ficamos nos encarando por alguns segundos- Vamos para o meu quarto –falei. Meu pai fingiu estar lendo um jornal qualquer
Mike obedeceu e me seguiu novamente para o andar de cima, até meu quarto. Sentia o perfume dele, o que me deixava meio desconcentrado acerca do que precisava falar. Abri a porta do quarto e o esperei entrar.
—Nem um beijinho? –ele brincou
Eu continuava sério. Não podia perder a compostura naquele momento. Sabia qe precisávamos conversar.
—Mike, a gente precisa conversar. –sentei-me na cama e ele sentou-se ao meu lado
Ele acariciava meus cabelos agora, lentamente sua mão percorria minha nuca. Fechei os olhos. Era tão bom... Tão bom ficar com ele. Mas eu não podia ignorar o que estava acontecendo.
—A gente quase não consegue conversar por causa do seu trabalho. –murmurei.
—Me desculpa por isso... –ele chegou mais perto, encostando a cabeça em meu ombro
—Mike, você está sempre trabalhando.–a frase saiu num gemido, porque ele havia começado a beijar meu pescoço. Senti um arrepio bom passando pelo meu corpo
—Eu sei, meu amor, mas não posso largar meu emprego.
E eu não podia mais raciocinar. Não daquele jeito. Não com a boca dele me beijando no pescoço e com meu corpo reagindo tão bem àqueles toques. Já estava ficando excitado, enquanto estremecia ao sentir suas mãos em meus cabelos.
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O Presidente
Lãng mạnOs Estados Unidos nunca haviam tido um presidente tão jovem. Thomas Klint, 30 anos, tem a vida mais especulada do mundo, mas o momento é crítico. O mundo ferve e clama por representantes das minorias. Com vários imprevistos políticos, legais, midiát...