Capítulo 44 - If I Die Young.

4.8K 436 45
                                    

Acordei com o meu celular despertando, eu desliguei o alarme, olhei pra porta de vidro do meu quarto o dia era cinza sem nenhum vestígio do sol e a neblina cobria toda a visão de qualquer coisa que estivesse a mais de cinquenta metros. Corri para minha cama me virei para o lado me cobri pra poder voltar a dormir.
Meu pai bateu na porta.

–Filho, não sei se você esqueceu, mas você tem aula hoje! – ele disse eu me levantei

–Não esqueci!! – gritei do quarto

–Você quer uma carona? – meu pai perguntou

–Vou no meu carro mesmo, obrigado. – respondi

Me levantei, tomei um banho, vesti meu uniforme. Peguei meu casaco do time, saí mais que atrasado, peguei meu carro e fui para escola. Cheguei na lá e me dei conta do que havia mudado, sorri ao perceber.

–O que foi? – Connor me perguntou

–Nada, só me dei conta no quanto tudo mudou. – respondi. –E como vão as coisas com o Pete?

–Na mesma, acho que ele não tá interessado. – meu amigo me respondeu

–A gente resolve isso. – falei

Chegamos na sala, me sentei no meu lugar, perto do T.J.

–Bom dia, pequeno! – ele sorriu

–Bom dia! – retribui o sorriso

–Então, vai ter um amistoso sábado e o treinador perguntou se você pode ir? – T.J disse

–É óbvio que eu vou. – respondi

–Legal! – ele pegou o celular

–Jogo de baseball sábado? – Peter se virou pra nós

–Sim, aparece lá. – falei

–Podemos ir? – Izzy perguntou

–Vai ser legal, Amy e Hanna você vão? – perguntei a elas

–Quer que a gente vá? – Amy me indagou

–Sim, vai ser divertindo. – falei

–Só vou porque você anda todo marrento com esse boné do time da cidade e eu quero ver se você é tão bom quanto diz. – a ruiva falou

–É eu também! – Hanna sorriu

As aulas passaram rápido, saímos juntos da sala, Rebecca veio atrás.

–Ei, Noah? – ela me chamou

–Oi? – fui até ela

–É ... o convite se estendeu a mim? – ela me perguntou

–Claro, Rebecca. Já superamos isso, você agora é parte da turma. – falei e ela sorriu

–É verdade, você até que é legaI. – Amy se aproximou de nós dois

–Então vejo vocês amanhã no jogo. – ela disse com um sorriso

–Leva o Liam. – falei

–Ora, ora ... a trupe reunida de novo. – Vicky parou na nossa frente

–Nem você consegue atrapalhar nossa amizade. – respondi

–E eu nem quero. – ela retrucou

–E o que você quer? – Amy perguntou

–Vicky deixa isso pra lá. – Rebecca pediu

–Tá bom! – ela sorriu com deboche e saiu

–Qual é a dela? – Amy perguntou a Rebecca que apenas balançou a cabeça em sinal negativo

–Gente, preciso de ajuda. – Connor se aproximou

–Com o Pete? – o questionei

–Sim. – ele respondeu. –Ele parecia interessado mas agora não tá mais.

–Você não toma atitude. – Rebecca revirou os olhos

–Ele quer que você insista, toma uma atitude, surpreenda ele com um gesto romântico, eu tenho certeza que ele vai gostar! – Amy respondeu

-Você acha? – ele a questionou

–Certeza, ele pode estar achando que você não quer nada. – respondi

–Amanhã no jogo, vai todo mundo estar de casal. – Rebecca disse

–É, você tá certa. – Connor acenava a cabeça positivamente, eu sorri

–Mas sem pressão amigo. – dei um tapinha em seu ombro

–Você veio de carro ou sou pai te trouxe? – Rebecca me perguntou

–Vim dirigindo, quer uma carona? – respondi

–Sim. – ela respondeu

Fomos juntos, estávamos a caminho da casa dela quando começou a tocar Lovesick Girls do Blackpink.

–A nossa música! – ela disse animada

–Sim! – eu aumentei o volume

–Me desculpa, por não ter ficado do seu lado. – a garota disse

–Olha Becca, não precisa. Eu me isolei eu que escolhi me afastar. – tentei confortar ela

–Eu poderia ter evitado, a Maddy ficou tão mal que pediu para mudar de escola. – ela me contou

–Todos ficamos bem abalados. – falai

–Sim, mas ela era sua melhor amiga. E minha amiga também, eu não concordei em fazer aquilo e a Vicky ainda usou o T.J – ela nao terminou de falar

–E eu suponho que não era intenção dela. E o Liam foi tão culpado quanto ela é olha só ele tá tentando ser uma pessoa melhor. – falei.

–Acho que ela não quer ser melhor, ela continua a mesma. – Rebecca disse

–Eu sei e ainda se juntou com o Nolan. – revirei os olhos. –Vamos mudar de assunto.

–É, você tá certo. – ela disse. –E você o T.J, finalmente estão caminhando pra algo.

Ela me jogou um sorriso.

–Quase parando, mas estamos. – fiz uma careta

–Faço das palavras da Amy as minhas. – a garota olhou pra mim

–Chegamos. – falei

–Toma uma atitude, mostra que você quer ficar com ele, não comete o mesmo erro daquela época. – ela disse antes de sair do carro

–Pode deixar. – forcei um sorriso.

Fiquei pensando sobre a Amanda, quase dois anos que ela se foi e ainda não aprendi a conviver com isso, tudo trazia ela de volta. Por um momento fiquei incomodado por pensar demais então alimentei o volume da música em uma tentativa falha que afastar essas angústia.

Fui até o túmulo dela, me sentei ali e fiquei entrando a lápide.

–Eu não sei o que dizer além de: "me desculpa por não ter vindo antes". Eu ainda não acredito que você se foi; não sei se você vai acreditar, mas eu sou amigo da Amy Marin, e eu tô jogando no time de lacrosse da escola e ainda jogo baseball todo sábado de manhã. – contei a ela, limpei minha lágrimas. –Eu tô apaixonado pelo T.J, e eu espero que você apoie, aonde você estiver.

Uma borboleta monarca começou a me rodear, ela pousou na lápide e ficou por alguns segundos. Logo em seguida ela voltou a me rodear e pousou em mim.

–É você? – perguntei olhando para a borboleta. –Que bobeira.

Sorri de mim mesmo quando me dei conta que pensei que aquela borboleta poderia ser minha amiga. Peguei me celular e procurei uma foto nossa juntos, na foto estávamos na ponte que atravessa o lago na fachada da escola, com o efeito de cachorrinho do Snapchat.

–Eu sinto muito a sua falta. Eu queria ter conseguido te salvar.

Tirei uma foto da borboleta, ela estava ali por perto.

Opostos | Romance Gay Onde histórias criam vida. Descubra agora