Vida Real

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Narrador

- Está tudo bem aqui, senhor Gold? – Granny perguntou entrando na sala principal após ouvir uma pequena movimentação e uma voz diferente.

- Está tudo ótimo, cozinheira. Pode voltar pra lá.

Granny dirigiu seu olhar a Gold como se procurasse uma confirmação antes de voltar para a cozinha. Era Robin e a senhora não era uma grande fã dele.

- Pode ir. Qualquer coisa eu te chamo. Obrigada. – O mais velho respondeu passando um olhar de confiança para que ela pudesse sair.

Assim que Granny saiu do cômodo, Gold decidiu ir direto ao assunto: - Vamos logo com isso, Robin. O que é que você está enrolando para me dizer? Sabe que eu não suporto joguinhos. Seja homem e me diga o que fez.

- Regina me pegou com a Ingrid e você sabe que não podemos terminar este casamento. Dê o seu jeito para que ela me desculpe ou eu terei que dar o meu.

- Eu sabia que você era um babaca, mas não imaginava que chegava a esse ponto. Me ameaçar dentro da minha casa, Robin? Quem você pensa que é? – Os olhos de Gold tinham uma cor diferente e um brilho intenso, perigoso – Eu te entreguei a minha filha e você ainda tem coragem de dizer o que fez na minha cara? Está mesmo querendo acender um fósforo perto de um gás aberto?

- Grande coisa, Gold. Todos sabemos que sua filhinha nunca foi sua prioridade. Você está querendo levar para este lado para eu pensar que você não se preocupa com o resto, não é? Mas eu não sou um babaca. Nós sabemos que a sua situação não ficaria melhor que a minha se ela soubesse tudo o que eu sei.

- Muito bem. Vou deixar que você acredite que dita as regras e fingir que estou interessado em qualquer coisa que tenha a dizer. O que quer que eu faça?

- É simples, Gold. Regina te ama e faz de tudo para te deixar feliz. Você só precisa fazer com que ela continue comigo.

- Digamos que eu faça isso. O que eu ganho em troca? – Gold perguntou para tentar descobrir até onde aquilo ia.

- Meu silêncio não é o suficiente, sogrinho?

Pov Regina

Assim que peguei o Uber fiquei pensando para onde seria o meu destino. Certamente arriscar um encontro com Robin na minha casa não era uma opção e eu precisava pensar rápido. Acabei optando pela casa da única pessoa que teria o colo que eu desejava no momento: Zelena.

Minha cabeça estava doendo como se tivesse uma escola de samba desfilando dentro dela, provavelmente pela fome, choro e confusão depois do que houve entre mim e Emma. Eu devia estar ficando maluca por contar minhas questões mais íntimas para alguém que eu nem conheço direito e depois ainda beijá-la.

Fiquei perdida em desvaneios enquanto olhava para a janela do carro até que fui interrompida pelo motorista, o qual avisava que a corrida havia acabado. Paguei-o, soltei uma respiração profunda e segui para o prédio da minha melhor amiga e apesar de ir sempre para lá, hoje, conseguir entrar seria um desafio. Eu teria que encarar Zelena e contar tudo se quisesse uma solução.

Assim que bati duas vezes na porta, ela foi aberta rapidamente. De certa forma, conhecíamos a maneira de cada uma de chegar. Zel abriu a porta com uma expressão de alívio tão evidente que fiquei me sentindo culpada por ter sumido sem avisa-la.

- Graças a Deus, Regina! Onde você esteve? Está tudo bem contigo? – Ela falava enquanto passava a mão pelos meus braços e rosto, como se para ter certeza se era realmente eu –

SoulMate #FINALIZADAOnde histórias criam vida. Descubra agora