Detalhes

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- Pode começar a falar. Que sorriso é esse? – Zelena chegou rapidamente na casa de Regina assim que recebeu uma mensagem da amiga implorando por companhia no fim de noite. A expressão da ruiva era ansiosa e animada.

Regina deu uma risada e respondeu: - Calma, né?! Entra primeiro, faço um café e te conto tudo.

- Não acredito que vai me fazer esperar por tanto tempo e ainda com essa expressão besta no rosto. – Zelena bufou – Eu nem moro tão longe, mas achei que nunca ia chegar, do tanto que estou ansiosa.

O café foi preparado lentamente e Regina ria até das coisas mais avulsas que a amiga dizia. Zelena tentava analisar o rótulo da embalagem de um pão integral para passar um tempo que parecia eterno e desviar o olhar de uma Regina risonha que só a deixava mais curiosa.

Assim que uma xícara cheia foi colocada em sua frente, Zelena insistiu como uma criança que quer alguma coisa:

- Vamos lá, Regina. Não faça isso com sua amiga. Você está me devendo por ter guardado em segredo o beijo. – Disse quase fazendo bico e a morena riu.

- Tá bom. A gente se beijou de novo – deu uma pausa – algumas vezes.

Zelena quase deu um grito e colocou a mão na boca para abafar qualquer som exagerado.

- E aí?

Regina contou tudo para a amiga sobre a carta, a leitura, a atitude de tirar os tênis e o beijo que deram depois. Zelena ouvia tudo com um sorriso gigante no rosto e dava a impressão de que ia começar a pular a qualquer momento.

- Ok, se beijaram. E o que aconteceu depois? – Regina mudou sua expressão para algo mais duvidoso e um sorriso sapeca e Zelena colocou a mão na boca novamente – OH MEU DEUS! Vocês transaram, Regina? – Perguntou arrancando uma risada alta da morena.

- Claro que não. Só quis te assustar.

Zelena deu um tapa no braço da amiga e recebeu um "Ai" de volta. Como Regina previa, a ruiva não ia desistir dos detalhes: - Bom, poderiam – Deu de ombros e recebeu um olhar chocado – Mas continue, porque estou adorando.

- É difícil contar, porque você não conhece o lugar – Regina suspirou.

- Fica tranquila. Tenho boa imaginação.

- Depois que nos beijamos seguimos para um lugar fechado. É tipo um jardim, pra você entender. Desfaça essa cara. Foi quase automático chegar até lá. – Ambas riram da situação – Emma tem pouca idade, mas é muito madura, sabe?! Nossos beijos eram quentes, mas respeitosos. Nós nos beijávamos procurando por detalhes expostos, nos conhecendo, mas sempre sorrindo. Eu não sei explicar. Não era nada pornô – Riu – Teve um momento que o equilíbrio das pernas não era bem uma opção e ficar sentada é desconfortável, você sabe. Então ficamos deitadas de lado nos beijando e quando o beijo terminava para podermos respirar, vários assuntos aleatórios surgiam, como o preço do refrigerante ou a semelhança entre Jennifer Garner e Hilary Swank. Sem pressão, sem expectativa. Só... nós. Quando o assunto acabava, uma de nós ria e o beijo se reiniciava. Assim que ficou difícil controlar as mãos e nossas pernas já estavam emboladas umas nas outras, Emma respirou fundo, fechou os olhos e sorriu. Então foi aí que eu vi que devíamos ir para casa.

Regina terminou de contar e percebeu que havia fechado os olhos. Assim que os abriu, olhou para a amiga parada na sua frente que não dizia nada e deu um sorriso tímido, sem mostrar os dentes.

- Foi isso. E agora estou aqui te contando tudo provavelmente com um pimentão vermelho no rosto.

A morena foi surpreendida por sua amiga que se levantou do lugar e a abraçou.

SoulMate #FINALIZADAOnde histórias criam vida. Descubra agora