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P.O.V Ravena


Me arrependi de ter aberto os olhos assim que uma dor enorme surgiu na minha cabeça. Deve ser aquela ressaca de que os humanos sempre falam.
Mesmo com a dor, encarei a galáxia que eu e Star desenhamos no teto do meu quarto (precisei da ajuda dela para autenticidade), e depois olhei ao redor. Meu quarto estava exatamente como na manhã interior. Livros organizados por ordem alfabética na estante (digamos que eu tenho uma leve obsessão por organização), a lareira limpa, o espelho brilhando e as cortinas fechadas. Tudo como sempre estava, exceto pela forma verde respirando ao meu lado na cama.


FLASHBACK  ------------------------------------------------------------------------------------------------------Era dia 24 de março, aniversário do Mutano. Como o melhor amigo exemplar que era, Ciborgue convenceu Robin a passar o dia no shopping com o aniversariante (juro que não sei como ele conseguiu), enquanto preparava uma grande festa surpresa. O robô convidou até sua namorada, Jinx, e o quinteto. Na festa, e óbvio, tinha bebida alcoólica, e aquelas que não eram, estavam batizadas. Em consideração a um pedido meu, Ciborgue disponibilizou uma bebida importada chamada chartreuse.

Em pouco tempo, todos estavam bêbados, inclusive eu. De longe, eu podia ver Robin e Estelar dançando, assim como Ciborgue e Jinx. Por incrível que pareça, eu não tinha visto Mutano desde o início da festa, mas obviamente não demorei muito para avistà-lo.
Ele caminhou calmamente até mim, parecendo inacreditavelmente sóbrio, o que se provou falso quando senti o álcool em seu hálito.

- Ravena... 

- Mutano? Você está b-

Eu não consegui completar a pergunta, pois os lábios dele já estavam colados nos meus. Retribui o beijo, mas não admitiria nem morta que negá-lo não chegou a passar por meus pensamentos.

Enquanto nos beijavamos, ele me ergueu cuidadosamente, e enlaçei o corpo dele com as pernas, esfregando nossas intimidades e ao mesmo tempo grudando nele como um coala num eucalipto.

Ele beijava ardentemente o meu pescoço, certamente deixando marcas, enquanto eu puxava seu cabelo, levando-o a soltar um barulho entre um suspiro e um gemido e me carregar até o meu quarto.

Ele abriu e fechou a porta do quarto rapidamente, e me deitou na cama, sem interromper o beijo. Juro que, considerando o nosso nível praticamente inexistente de sobriedade, fiquei surpresa por não termos esbarrado em nada. As mãos dele deslizaram pela minha cintura, enquanto eu arranhava a sua nuca. As mãos dele tocaram o meu seio esquerdo, mas nesse momento, ele interrompeu o beijo.

- Você tem certeza? 

Bbrae- AccidentallyOnde histórias criam vida. Descubra agora