8º - Harry's POV (2ª parte)

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Desde que a minha mãe adoeceu que eu me tornei assim, arrogante e rude. As pessoas quando falam para mim transmitem-me pena pelo acontecido e eu odeio completamente isso.  Não entendo porque a escolheram a ela para abandonar a sua familia se à tantos rufias por esse mundo fora.

O meu pai sempre a apoiou e fazia de tudo para que nada lhe faltasse, tal como a mim e a Gemma. Ele era funcionário público da câmera da cidade e recebia o seu salário nada extravagante. Ele tinha tempo para a familia e especialmente para a minha mãe que tanto percisava dele. De onde vem a minha raiva por ele? Então bem, digamos que após a morte da minha mãe ele começou a beber e chegava a casa sempre em mau estado, eu até me preguntava como é que ele iria trabalhar se iria assim, sempre bebedado. Nunca nos fez mal, a mim e á minha irmã, mas gritava connosco por nada. Quando ele se começou a alcalmar, Gemma descobriu que ele andava a sair com uma mulher um pouco mais velha que ele. Não era muito mais velha, mas as suas rugas já se notavam. Eu fiquei passado quando soube, como que ele poderia estar a fazer aquilo á minha mãe? Ainda agora não entendo como ele recuperou tão rápido. Secalhar preparou-se para a morte dela desde o ínicio da doença ao contrário de mim que dava tudo para que não ma levassem. A senhora que o meu pai conheçeu e que neste momento mantém uma relação tem algumas posses. Eu apenas a vi uma vez quando ela o esperava, estava muito bem vestida e dava para ver pelas suas jóias que não vivia nada mal. Apenas a ignorei quando me sorriu.

Ele neste momento é um homem com um novo emprego e com um salário sete vezes maior que o antigo. Mas o que isso interessa? Ele é um otário! Quer mudar a minha vida e da minha irmã e eu não consigo e nem quero! Quero viver aqui junto ás recordações da minha mãe. Um dia que ele vá viver com a tal senhora eu não saio daqui nem que para isso me cole ao chão.

A minha mãe deixou de trabalhar por não suportar o esforço e porque a doença ia agravando. Foi-lhe diagnosticado cancro da mama. Aquela estupida doença que leva as pessoas que mais te são queridas para outro mundo longe de ti.

A partir daí a vida dela foi reduzida a repouso quase total e a consecutivos tratamentos que a iam desgastando cada vez mais. Nem Alexa nem ninguém consegue entender! Não sabem a dor que se sente por se querer ajudar a pessoa que mais se ama e ser um inutil por não o conseguir fazer. Vê-la todos os dias a diminuir o seu prazo de vida foi das coisas mais horriveis de todo o sempre. Ela ia efraquecendo, a sua pele começava a ficar mais branca, ela própria já era incolor por não ter a sua habitual energia, o seu cabelo ia caindo. Ela chorava por isso, e eu reconfortava-a sempre, ela era linda mesmo sem cabelo, os seus traços tornavam-se mais visiveis e a sua beleza radiava todos os locais onde ela estava.

Eu só pedia para ser eu no seu lugar. Não queria que ela soferesse. Eu amava-a e amo-a tanto tal como ela me amou a mim. Eu era muito chegado á minha mãe, não a podia perder, ela não podia ir e deixar-me sozinho, eu percisava dela mais que de qualquer pessoa neste mundo. Estaria a ser egoista por a querer aqui comigo? Talvez um pouco, não queria que ela sofresse mas também não queria deixar de a ver do dia para a noite.

Aquele sorriso contagiante, aqueles olhos verdes iguais aos meus que se arregalavam sempre que me repreendia, aquelas ações que ela tinha apenas comigo, os seus cozinhados, tudo, tudo mesmo, eu não conseguia suportar a dor de perder cada detalhe da minha mãe.

Mas mesmo assim com todas as minhas preces, Deus levou-a sem me avisar que aquele seria o dia e daquela maneira. Que diferença fazia Harry? Porque ela?

*Flasback on*

Numa manhã de Dezembro, como sempre, a minha mãe acompanhou-me até á entrada da escola. Eu não me importava com o que os outros alunos achavam de eu chegar com a minha mãe pela mão, não me interessava mesmo. Era a única vez que ela saia de casa, ela insistia sempre depois de eu já lhe ter dito que era melhor ela ficar a descansar. Nesse dia, quando chegámos á escola ela informou-me que estava cansada devido ao esforço. Cumprimentava os meus amigos como se fossem seus filhos também e sorria para todas as pessoas. Despediu-se de mim dando-me um beijo na testa.

The Book of Poems (Harry Styles's fanfiction)Onde histórias criam vida. Descubra agora