The Book of Poems (Harry Styles's fanfiction)

14º - Harry's POV

Acordei sobressaltado. Um barulho proveniente da cozinha fez-me despertar da minha pequena sesta. Alexa preencheu a minha mente desde o primeiro minuto em que adormeci até que acordei. Sonhei com ela, os seus doces olhos e o seu sorriso contagiante era tudo o que conseguia ver no jardim como o da foto da minha mãe. Ela estava tão feliz tal como ela, o sol que lhe incidia na cara tornava-a mais brilhante do que já é. Que se passa contigo Harry? Eu não sei passa ao certo, mas para eu já sonhar com aquela rapariga de cabelos sedosos e compridos, começo a desconfiar do que seja. Tu gostas dela! Talvez goste. Para quê teimar em omitir algo que nunca se consegue esconder? O facto de eu começar a nutrir sentimentos por Alexa, não quer dizer que ela sinta o mesmo e, para além disso, eu não posso gostar dela mais do que deva. Se ela me é especial? Sim, sem dúvida. Foi a única rapariga que realmente se preocupou comigo quando eu menos merecia. Apenas isso, faz dela uma rapariga espetacular e que eu cada vez a quero conhecer melhor. Tu não eras assim Harry! Sei perfeitamente que não sou assim, sentimental, capaz de nutrir qualquer tipo de sentimento para lá da amizade por uma rapariga. Não consigo evitar. Sempre que a vejo o meu interior revira completamente e a minha mente remexe tornando-me diferente. Para melhor certo? Devo admitir que me sinto bem com a sua presença e que o sei cheiro a toranja me deixa frágil. Quando me olha parece que me incendeia, quando me toca parece que me queima, quando me fala acalma-me, quando me sorri posso querer que expludo por dentro. Mas… Há sempre um “mas”…. O seu feitio é um pouco diferente do meu. Ela consegue me irritar tanto com a sua teimosa curiosidade e persistência, como eu sou um imbecil de primeira, não me consigo controlar e tudo o que menos quero acontece. Ela receia-me.

Levantei-me do meu antigo e desconfortável sofá e sem fazer qualquer tipo de barulho, espreito para dentro da cozinha. Bufo por ter visto o que me provocara tanto sobressalto.

- Porra Dusty! Tinhas de ser tu. – Falei quando reparei que Dusty, a minha gata estava embrulhada na loiça que estava no escorredor a secar. Deve ter saltado para lá e embrulhou-se de tal maneira que agora não consegue sair, apenas mia por ajuda. – Sua marota, olha o que fizeste. – Disse com ternura tirando tudo de cima dela e pegando nela para a mimar. Era uma princesinha, os seus olhinhos grandes azuis do mar sobressaiam no seu pelo preto com duas manchas brancas, uma na barriga e outra na sua orelha direita. Foi-me entregue pouco tempo da morte da minha mãe e eu nem pensei duas vezes em recusa-la. Estava tão frágil como a minha mãe e o meu instinto era de protege-la com tudo o que tinha para que sobrevivesse, como não aconteceu com a minha mãe. Veio ainda bebé, estava magrinha e ainda bebida leite. Lembro-me que todos os dias antes de me deitar, lhe preparava um pequeno biberon e dava-lhe como se fosse um bebé. Fiz tudo o que podia para que ela recuperasse e se torna-se num animal forte e feliz por ter carinho por parte de humanos.

Quando a pousei no chão, correu para a porta e presumi que Gemma estivesse a chegar.

- Cheguei Haz! – Gritou Gems quando bateu a porta de entrada confirmando o meu pressentimento anterior. – Hey Dusty. – Falou de forma fofinha para a gata á sua frente que se roçava às suas pernas.

- Estou na cozinha Gems! – Gritei de volta imitando a sua fina voz. Mulheres.

- Parvo! Estás bem? – Perguntou-me enquanto colocava os sacos do supermercado em cima da mesa. Despiu o seu casaco e começou a arrumar as compras no seu devido locar.

- Vai se indo sis. – Dei-lhe um pequeno sorriso e encolhi os ombros. Não precisava de dizer que estava “perfeito” á minha irmã quando não estava, ela conhece-me como ninguém, nem valia a pena tentar.

- Já resolveste aquilo com a rapariga? – Questionou-me. Entreguei-lhe umas latas de salchichas que estavam no saco, para que ela as arrumasse e enruguei a testa. Aquilo? Rapariga? – A tua visita, de ontem! – Até parece que não sabias de quem ela se tratava. Claro que sabia, Alexa era a única rapariga que neste momento estava em todos os meus pensamentos.