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Leiam a N.A por favorzinho, e VOTEM, é importante para quem escreve, incentiva e não custa nada. Obrigada pelas +1100 leituras, juros« que vos beijo a testa, ihihihi. 

Obrigada e BOA LEITURA!

Assim que a camioneta parou junto á paragem, do lado oposto da universidade, não hesitei e sai apressadamente, caminhando a passos largos até á passadeira.

A passadeira em que pela primeira vez o vi.

Corri em direcção ao portão do edifício e cumprimentei a contina, que permanecia no seu posto de trabalho a controlar as entradas e saídas dos estudantes, sem grandes demoras. As folhas das árvores que agora estavam caídas no chão, levantavam-se, formando um pequeno remoinho, devido ao vento. Hoje o dia está diferente, está uma brisa fresca e quando olho o céu, reparo nas nuvens acinzentadas, embora que um pouco longe, se deslocam para aqui. O tempo do calor está a escassear dando lugar aos terríveis dias em que não temos a noção se é outono ou inverno, ora faz frio e vento ligeiro, ora chove torrencialmente e o frio é imenso.

Encaminho-me rapidamente para a escadaria que dá acesso á entrada principal da universidade e subo os degraus da mesma aos pares. Odeio completamente chegar atrasada a qualquer sítio, não suporto mesmo. Faz-me parecer irresponsável e uma cidadã não cumpridora. Assim que empurro, com algum esforço, a pesada porta de vidro, vejo os corredores quase vazios. Alguns alunos estão com os livros abertos, encostados aos cacifos, outros tem papéis na mão e pelos ruídos, parece que estão a recitar algo. Talvez sejam já trabalhos para apresentar. Condeno os professores que fazem com que os alunos sofram de tanto nervosismo para uma apresentação, ainda por cima, no início do ano lectivo. Um casal de namorados está sentado num banco a compartilharem palavras carinhosas e olhares comprometedores, o rapaz tem o seu braço envolto nos ombros da rapariga e esta tem a palma da sua mão implantada na perna do namorado, fazendo leves festas no seu joelho. Pergunto-me se um dia encontrarei alguém que faça o mesmo comigo, que me acarinhe em qualquer sítio público e que demonstre os seus sentimentos por mim a qualquer pessoa.

Harry.

Certamente o rapaz que ultimamente remexe com a minha mente e com o meu coração, está dentro da sala que já consigo avistar ao percorrer o corredor. Provavelmente assim que eu entrar, ele vai-me mandar um olhar mortífero e desprezível, irá rolar as suas esmeraldas verdes e desvia-las para qualquer outro sitio em que eu não esteja presente e eu… Eu irei ficar pior do que estou e recordações da noite anterior vão regressar ao meu pensamento, vou constatar que se ele não me tivesse expulsado de sua casa eu talvez não tivesse sido assaltada e que não teria marcas no meu corpo no mesmo.

Estás a culpa-lo?

Não, não o estou a culpar, até porque a culpa disto tudo ter acontecido é única e exclusivamente minha. Eu e a minha grande curiosidade só trazemos problemas a quem mais gostamos e Harry já se insere nesse meio. Sinto os meus olhos queimarem com as recordações e aperto com força os meus livros junto ao meu peito, evitando que as lágrimas se libertem.

- Alexa! – Ouço uma voz familiar atrás de mim e num ápice viro-me. As suas safiras azuis quase lhe saiam dos olhos de tão brilhantes que estavam, combinando perfeitamente com a sua camisola azul-bebé, decotada em “V”, com as suas calças de ganga e ainda com um pulôver azul-escuro cercado ás suas costas. Louis era bonito, engraçado e extremamente divertido. As suas covi- o seu sorriso era acolhedor e os carac- cabelo espetado estava sempre incrivelmente bem arranjado.

Estou a ficar doida, Harry e mais Harry.

- Olá Louis. – Respondi abanando a cabeça para deixar de pensar em que não devia. Graças a Deus que este rapaz apareceu dispersando os meus receios.

The Book of Poems (Harry Styles's fanfiction)Onde histórias criam vida. Descubra agora