The Book of Poems (Harry Styles's fanfiction)

18º

Obrigada pelas +900 leituras, estou mega feliz, yeyeyeye. Ok chega :)
Boa leitura!

Destroçada, cansada e cheia de raiva de mim mesma. A tristeza invade o meu corpo desde que o ouvi expulsar-me de sua casa.
Assim que os seus lábios quentes tocaram nos meus, as suas mãos rodearam a minha cara, soltando leves suspiros juntamente com lágrimas que lhe escorriam pela face. Aquele beijo foi ao mesmo tempo o mais maravilhoso de sempre e o mais triste. Foi óptimo sentir os seus lábios colidirem com os meus e os nossos movimentos sincronizados, mas rapidamente essa sensação de leveza e maravilha acabou quando Harry se soltou de mim e me gritou para que saísse do seu quarto. Olhei-o com mágoa e confusão, não o podia censurar pelo que fez, beijar-me por sentir raiva. Sei que foi isso que aconteceu, por mais que quisesse acreditar que me beijou por sentir algo mais, sei que o fez apenas por pura descarga de frustração.

Sem me pronunciar, baixei a cabeça e apertei com força a minha mala. Harry não me chamou, ouvia o seu ruidoso respirar e os pequenos soluços que se começaram a escapar da minha boca. Sai do seu quarto ainda de cabeça baixa e fechei a porta atrás de mim tentando não fazer muito barulho. Harry tinha gritado e se batesse a porta com demasiada força Gemma iria logo a correr para ver se tudo estava bem, só esperava que ela não se tivesse apercebido da nossa conversa e dos gritos do irmão mais novo. Mas enganei-me. Gemma correu até mim e puxou-me para um abraço apertado, assim que caminhei lentamente até á sala. Mesmo sem saber do sucedido pronunciava vários “Tem calma.” no cimo da minha cabeça, deixando-me pequenas festas nas costas. Ela parecia ser uma excelente pessoa. As lágrimas misturaram-se com os soluços fazendo-me perder a capacidade para dizer alguma coisa. Queria ir para casa.
Tudo o que agora se está a passar é culpa minha, se eu tivesse ficado no meu lugar e não tivesse escutado a conversa entre Zayn e Harry, nada disto acontecia.
Num pequeno sussurro quase inaudível agradeci a Gemma pelo jantar e pelo acto de carinho e sai de sua casa.

Agora. Agora a noite está escura, totalmente cerrada, e eu estou sozinha, completamente sozinha, apenas com as minhas lágrimas que teimam a querer cair, não dando espaço para que consiga sequer respirar devidamente. Isto custa mais do que eu pensei que fosse custar. Quer dizer, Harry tem todo direito de se sentir terrivelmente perante a situação, mas eu, eu não sei porquê que agora me sinto como se me tivessem tirado o coração e o estivessem a espezinhar. Sinto-me tão mal com toda a situação, sei de coisas que provavelmente mais de metade dos seus amigos não sabe, e agora depois de ter recebido um beijo dele que de certa forma me acalmou, estou mais fraca que nunca.

Ele agora está a sofrer?

Claro, ele agora está a sofrer e a culpa é toda minha. Sou uma completa parva por tudo o que fiz. Por me ter ligado àquele rapaz cheio de segredos, por ser curiosa de mais, por ter escutado a sua conversa, por ter ido falar com ele, por ter gostado daquele beijo, por ter gostado de sentir o seu calor nem que tivesse sido apenas por dez segundos.

É por ele!

É por ele que ainda me sinto pior do que pensei sentir. Desejo que todo o sofrimento que ele está a ter agora, reverse para o meu corpo e me sugue para nunca mais o magoar. Ele não me quer ver mais á frente, não mo disse, mas eu vi no seu olhar quando me libertou dos seus lábios.

Eu estou-me a render aos encantos do rapaz frágil e carente de cabelos encaracolados e olhos verdejantes, e isso está errado. Neste momento está errado! Vou ter de esquecer este beijo e pensar que nunca antes aconteceu, vou ter que evitar vê-lo, falar-lhe. Não deve ser assim tão difícil… Ele precisa de espaço e é isso que vou fazer, dar-lhe espaço. Não o vou pressionar a falar comigo, não tenho esse direito, não depois do que aconteceu. Talvez tenha, apenas para pedir explicações acerca da colisão dos nossos lábios, mas não o vou fazer, não significou nada para ele, apenas descarga de raiva e para mim vai ter que ser o mesmo.