Capítulo 12

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Olá!

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Abraços a todas!

Ju


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Liz

Eu era um idiota.

Duas vezes idiota.

Thomas continuava sendo o mesmo cretino de antes. E eu a mesma idiota.

Saio bufando pelo corredor, querendo continuar caminhando até sair pelas portas, desaparecendo de vez daquele hospital a da presença de Thomas Hardy na minha vida de novo.

Para meu azar eu não posso. Eu sou adulta e aquela era minha vida profissional. A vida que eu havia escolhido, depois de abrir mão de muitas coisas para estar ali. Para construir uma carreira na medicina.

E pensar que um dia eu estive a um passo de jogar tudo para o alto e seguir outro sonho. Justamente por causa da minha paixão por aquele cara que no final não se mostrara digno de nenhum sentimento.

A decepção com Thomas servira para eu perceber que se deixar dominar pelas emoções não levava a nada. Só significava sofrimento e desilusão. Há erros que, por mais que desejássemos, não poderiam ser consertados.

— Ei, aonde vai com tanta pressa?

Eu paro ao ouvir a voz autoritária atrás de mim e dou de cara com uma médica loira e bonita.

Como era mesmo o nome dela?

— Doutora Paola – me lembro.

Ela me olha com exasperação.

— Está chorando?

Engulo em seco e passo os dedos pelas lágrimas que nem havia percebido que estavam caindo.

Fico vermelha de consternação.

— Me desculpe – balbucio – sou uma idiota, é o que eu tenho a dizer – desabafo e, para minha surpresa, a médica sorri complacente.

— Aposto que tem a ver com homens, ou estou enganada?

Eu dou de ombros.

— Clichê não é?

— Todas nós já passamos por isso em algum momento. Tente fazer como eu. Nunca se apaixone. Os homens não merecem nos ter completamente. Sou sempre eu que os tenho.

— Eu aprendi mais ou menos isso há oito anos. Infelizmente, bastou alguns dias na presença dele novamente para eu estar prestes a cometer os mesmos erros.

— Nossa você parece bem amarga e eu estou muito curiosa. Venha, me ajude a analisar esses exames e você pode me contar sobre o idiota que te fez chorar.

Sigo a médica, me sentindo meio aliviada por poder finalmente contar a alguém o que me aflige quando Thomas aparece no corredor.

E seus olhos se fixam em mim.

— Liz, preciso falar com você.

— Oi, Thomas, sei que a Liz é sua interna, pedi a ela que me ajude a analisar uns exames. Tenho certeza que achará outro para orientar.

E sem mais ela sai me puxando pelo braço.

— Obrigada – me vejo dizendo e ela me olha confusa.

Linha da Vida - DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora