Sonho de Amor - 2017 [Concluída]

Capítulo 3

3° Sonho de Amor (2017)

Ali: Eu falo porque você já me disse. Ou vai me dizer que pra você estava ok do jeito que estava?
Helena demorou alguns segundos e disse:
He: Ah, pra mim estava bem. Não acho que eu tinha uma vida sexual tão ruim assim.
Ali: Você acha que não, mas e o Alonso?
A mulher de Alonso ficou surpresa, Alice havia levantado uma questão que Helena nunca havia se perguntado.
Ali: Claro que é só uma suposição, mas é bom pesquisar sobre essa possível Deusa do... – sendo interrompida –
He: Você está certa, Alice. Talvez Alonso estivesse querendo essa apimentada na nossa vida sexual. – pensativa –
Ali: Bom, faz sentido pra mim.
Esses sonhos haviam começado a pouco mais de um mês. Sonhos esses, onde Helena fazia sexo com um homem que nunca viu, um homem que a deixava como o coração acelerado mesmo sendo em sonho, que era inesquecível em qualquer circunstância.
Às vezes sentia-se culpada, tentava reproduzi-los com Alonso, muita das vezes sem ser como o esperado.
Estaria amando uma pessoa que não existe? Só podia estar maluca.

Duas semanas se passaram. O churrasco que haviam combinado há uma semana foi remarcado para o fim de semana seguinte.
A Família sabia que Edu não terminaria a obra no banheiro de sua casa a tempo de um churrasco, mas ele era teimoso como a irmã.
Durante aquela semana que se iniciou, Helena estranhou algumas atitudes de Alonso.
O mesmo estava saindo mais cedo de casa e voltando mais tarde. Teve alguns um dia que sequer o viu.
Quando estava indo para a escola, conversou sobre isso com Alice.
Ali: Você perguntou alguma coisa pra ele? Sei lá, se ele está com algum problema no trabalho, alguma coisa assim.
He: Não. Não quero que ele pense que eu não confio nele.
Ali: Helena, não seja tonta. Seu marido há três dias está agindo estranho. Como é que ele quer que você não desconfie de alguma coisa?
He: Então você também concorda que isso não é bobeira da minha cabeça?
Ali: Não foi isso que eu disse.
He: Eu vou falar com ele. E se ele estiver me traindo eu mato ele.
Alice percebeu que Helena estava realmente perturbada com isso, nem mesmo os sonhos que teve chegou a comentar, como fazia todas às vezes.
Naquele dia, Helena chegou em casa, tomou um banho e depois foi jantar com seu filho, Alonso ainda não estava em casa.
Pe: Mãe, será que agora o churrasco na casa do tio Edu vai sair?
He: Seu tio disse que sim.
Pe: Estava esperando ter certeza pra convidar o Douglas.
Helena não o respondeu, ela estava inquieta com o fato de Alonso ainda não estar em casa, o celular dele estava desligado como todas as vezes que chegou tarde em casa.
Pe: Mãe? – preocupado –
He: O que foi filho? – impaciente –
Pe: O que você tem? Mal tocou na comida, não tira os olhos do relógio. Nem “tá” prestando atenção no que eu “tô” falando.
He: Desculpa Pedro.  É que seu pai está me deixando maluca. Olha só isso! Eu quase nem o vejo, desde quando o horário de trabalho dele é esse? – nervosa –
Pe: Mãe, ele mudou o horário desde quando entramos nesse mês. Pelo jeito já estava colocando minhocas na cabeça. – rindo –
He: Como?
Pe: Ele nos disse umas duas vezes durante o jantar.
Ela começou a rir.
He: Sua mãe é uma tonta. – rindo –
Já era um tanto tarde da noite quando Helena resolveu esperar Alonso em seu quarto.
Sentiu-se culpada por julgar o marido, onde tudo o que aconteceu foi uma falta de atenção de sua parte.
Era perto da meia noite quando Alonso chegou em casa.
Entrou em seu quarto tentando fazer o mínimo de barulho possível, não queria acordar Helena.
Mas depois que ele tomou um banho e se ajeitou na cama para dormir, ela resmungou algo.
Alo: Não queria te acordar, amor. – preocupado –
Ela acendeu o abajur que estava ao lado.
He: Eu só cochilei, na verdade estava te esperando. Não nos vemos direito esses dias, eu queria conversar um pouco.
Alonso tentou disfarçar o cansaço e desanimo ao ouvir aquilo naquela hora, estava cansado e ela percebeu isso.
He: Eu sei que deve estar cansado, acho melhor conversarmos outra hora.
Alo: Estou um pouco cansado, mas podemos conversar um pouco.
Ele deitou na cama e a puxou para junto de seu peito, aconchegou-a em seus braços e disse:
Alo: O que foi? Parece tensa.
He: Queria te pedir desculpas.
Alo: Desculpas? Por quê? – confuso –
He: Por eu não estar sempre presente pra você, não sei. Talvez eu não esteja sendo boa o suficiente pra você.
Alo: Helena, eu te amo. Você é a minha mulher há mais de vinte anos, você faz tudo por mim e por essa família.
É linda e me enche de orgulho. O que mais eu poderia querer de você?
Ela ficou com vergonha de dizer que por um momento pensou que ele estava traindo ela.
Sentiu-se uma idiota por pensar isso de uma pessoa que faz tudo por ela.
Ele acariciou os cabelos de Helena até que ela pegasse no sono.