11° Sonho de Amor (2017)
Alonso aproximou um pouco mais de Helena.
Alo: Sabe que eu posso até tomar essa escola de você, não sabe?
He: Chegaria tão baixo assim?
Alo: Não pague pra ver.
He: Some daqui! – gritando –
Ele não disse mais nada, sua ultima carta foi jogada na mesa. Agora todas elas estavam na mesa. Helena só precisava jogar conforme o jogo.
Alice entrou na sala, estava preocupada. Ouviu os gritos do fim do corredor. Sabia que Miguel estava com Helena, quando viu Alonso deixando a sala pensou logo no pior.
Ali: Helena, tudo bem com você? – fechando a porta –
Miguel saiu do banheiro e Alice sentiu-se um pouco aliviada, ele não foi visto por Alonso.
He: Alonso está completamente louco, Alice.
Ali: Eu o vi saindo, confesso que nunca vi ele desse jeito.
Helena foi envolvida nos braços de Miguel.
Mi: Calma, amor. Você não vai perder essa escola.
Ali: Ele disse isso? – indignada –
Mi: Disse. Helena não pode ceder assim, logo de cara. Precisa consultar o seu advogado primeiro. Se for o caso, você volta naquela casa, mas eu vou continuar lá, vou te proteger custe o que custar.Alguns dias se passaram e as férias enfim chegaram.
Pedro estava na casa dos tios Alice e Eduardo se despedindo de Helena.
He: Vou sentir saudades, meu filho. – abraçando-o –
Pe: Mãe, tem certeza que não quer que eu fique? Eu posso ficar pra te apoiar, te fazer companhia.
He: Não! Pedro, você só precisasse preocupar com você agora. Eu estou bem. Seu pai está complicando as coisas mas tudo vai acabar, mais cedo ou mais tarde.
Pe: Prometo que vou te ligar todos os dias. Não excite em me chamar se precisar que eu volte.
Ele abraçou mais uma vez a sua mãe e acariciou o seu rosto. Deu um delicado beijo em sua testa e completou:
Pe: Se decidir voltar pra casa apenas não subestime meu pai, mãe. Ele não está como antes. Na duvida, fique com o Miguel. Ele vai ficar em casa por mais algumas semanas, de propósito. Sabe?
Pedro piscou um dos olhos para a mãe e sorriu carinhosamente se afastando.
Ele entrou no táxi e acenou mais uma vez, em seguida sumiu do condomínio.Naquela noite, Helena conversava com Alice na cozinha da casa dela.
Ali: Helena, liga pra ele.
He: Eu não vou ligar.
Ali: Então para de ficar desse jeito. Tenho certeza de que se ele ainda não veio te ver foi por um bom motivo.
He: O celular dele não chama, nos últimos dois dias está desligado.
Ali: Toma um banho e descansa. Amanhã vamos até o consultório dele.
He: Eu não vou!
Ali: Vai sim!
He: Alice, eu não quero que Alonso veja nada que possa usar contra mim no tribunal.
Ali: Ele está viajando.
He: O que? – surpresa –
Ali: Edu me contou hoje.
He: Mais um motivo pra eu ficar nervosa. O Miguel podia ter vindo me ver.
Ali: Pelo amor de Deus, Helena. Relaxa. – rindo –
He: Tem razão. Eu vou tomar um banho e descansar.
Ali: Isso, faça isso, é o que eu também vou fazer, o Edu deve estar no décimo sono.Há duas horas Helena tentava pegar no sono. Já se aproximava das duas horas da madrugada.
Os pensamentos brigavam em sua cabeça, mas tudo se dispersou quando ela ouviu um “psiu” do lado de fora da janela.
Ela sentou na cama e acendeu o abajur no criado-mudo ao lado.
Olhou e o viu do lado de fora da janela, correu em sua direção e abriu a mesma para que ele pudesse entrar.
He: Você é maluco?! – sussurrando –
Mi: Quer que eu vá embora?
He: Claro que não, mas você podia ter se machucado. – abraçando-o –
Mi: Eu não aguentava mais de saudades. – sorrindo –
He: Que coincidência. – beijando-o –
Miguel escalou com dificuldade aproximadamente quatro metros de altura para alcançar a janela do quarto onde Helena estava.
Ela o beijava com urgência, precisava dele, com certeza ele era o que faltava para conseguir passar aquela noite.
Aquele desejo estava sendo mantido em banho-maria para que não dessem motivos para desconfiarem de que entre eles existia algo.
Durante aqueles últimos dias tudo era mantido tranquilo e calmo na memória de cada um, mas que induzia o corpo à gostosas e quentes recordações quando estavam juntos.
Cada encontro que tinham, despertava emoções incontroláveis.
Olhares, palavras e lábios uniam-se para fazer ferver sentimentos que tinham que ser mantidos em segredos.
Ela alisou as costas dele, aquele pequeno toque foi o suficiente para o sangue fluir com mais rapidez e trazer adoráveis contrações em Miguel.
O beijo ficou intenso, forte e quente como ambos se sentiam naquele momento.
A língua dele brincava nos lábios dela, ela gemeu apenas com leves mordidas dele em seus lábios, então ele soube que ela estava tão excitada quanto ele.
Se for possível amar apenas com um olhar, era o que faziam certo momento.
Ela vestia uma camisola cor de vinho, ele adorava vê-la daquela forma.
Helena o recebei meio receosa, talvez pela tensão de estarem na casa de seu irmão e qualquer barulho diferente seria inexplicável.
As mãos dela seguravam a cintura dele por dentro da camisa. Ele segurou o rosto dela com as duas mãos e a fez sentar na cama, a beijou e inclinou-se sobre ela, Helena fechou os olhos e deixou se levar.
A barba por fazer arranhava levemente a pele dela, aquilo proporcionava no corpo dela um delicioso arrepio.
Ele sentiu as mãos dela escorregarem até seu quadril e apertá-los.
Miguel sentiu seu coração pulsar tão forte que parecia sentir até mesmo a velocidade do sangue em suas veias.
Helena precisava daquilo, os problemas da semana e a ausência dele por causa de Alonso haviam deixado-a muito sensível e insegura.
Ainda com os lábios colados, Helena desceu uma das mãos por dentro da calça dele, o massageou por cima da cueca fazendo o ficar cada vez mais excitado. Ela então o provocando mais um pouco, colocou suas mãos macias por dentro da cueca, sentido seu membro pulsar por entre os dedos.
A respiração dele já estava desordenada. Ele saiu de cima dela e cuidadosamente tirou sua calcinha, tirou sua própria roupa e nu afastou as pernas dela para poder completa-la.
As mãos grandes dele percorriam o seu corpo, com elas ele abaixou sua camisola e deixou um de seus seios a mostra.
Ela então sentiu a língua quente dele brincar com seu mamilo.
A umidade aumentava por entre as pernas dela a cada movimento da língua dele, não queriam mais esperar, a tortura de não se verem nos últimos dias já fora o suficiente.
Ele a tomou forte, movimentos precisos e ele a levou a loucura, transpiravam excitação e sensualidade.
Estar com ela era um evento raro e inesquecível de muito prazer para Miguel.
Claro que não foi necessário muito mais, chegaram ao máximo de prazer quase juntos. Um tímido gemido preencheu os ouvidos dela.
Deitados um ao lado do outro, Miguel riu feliz.
He: Miguel, desse jeito vão nos ouvir! – sussurrando –
Ele virou de frente para ela.
Mi: Cada dia que passa eu tenho mais certeza de que você é a mulher da minha vida.
He: Te amo. – sorrindo –
Mi: Eu também te amo. – beijando-a –
Duas horas mais tarde Helena conseguiu tirar Miguel da casa sem serem descobertos.
No dia seguinte durante o café da manhã, a alegria dela era notável.
Eduardo saiu para o trabalho e Alice logo questionou a cunhada.
Ali: Pode me contar. – sorrindo –
He: Está tão na cara assim? – aproximando-se dela –
Ali: Com luzes de led e tudo. – rindo –
Helena sussurrou:
He: Miguel pulou a janela do meu quarto nessa madrugada. – sorrindo –
Ali: Minha nossa, que Don Juan. – rindo –
He: O resto você já sabe. – sorrindo –
Alice sorriu, mas logo cortou o assunto.
Ali: Não quero ser estraga prazeres, mas eu estou estranhando demais esse silêncio todo do Alonso, você não? – intrigada –
He: Claro que também estou estranhando esse silêncio. Ele vai me procurar e eu sinto que será logo.Era uma tarde gostosa, Helena olha para a tv, mas não prestava atenção em nada, apenas ansiava a hora de ver Miguel novamente.
Eduardo e Alice foram visitar a casa dos pais dela, haviam programado uma viajem para o Rio de Janeiro em alguns dias e queriam deixar claro que a viajem era apenas dos dois.
Miguel tinha ido pra São Paulo, tinha um consultório lá e às vezes sua presença lá era indispensável. Helena teve o dia todo para ela, mas não saiu de casa, tinha um pouco de medo de que Alonso a seguisse ou a intimidasse como fez na escola aquele dia e não queria arriscar.
Eduardo e Alice voltaram por volta das oito horas da noite, Helena já havia jantado e lia algo no sofá da sala.
Todos se recolheram em seus quarto às onze da noite, Helena ainda esperou Miguel ligar até quase uma hora da manhã, mas somente as três da madruga foi que seu celular tocou.
Ela acendeu o abajur ao lado da sua cama e com a voz sonolenta atendeu o celular, não precisou olhar no visor para saber de quem se tratava.
He: Miguel, pensei que não fosse me ligar hoje.
Mi: Amor, acorda. Vem aqui fora.
He: Que? Você está aqui? – levantando-se –
Mi: Desce, vamos fazer algo diferente hoje.
Ela se aproximou da janela e o viu na frente da casa vizinha.
He: Amor sabe que horas são? São três horas da manhã! Não posso sair daqui essa hora sem ser atropelada de perguntas do Edu.
Mi: É só não fazer barulho. Anda logo amor. Vamos.
He: Está bem, vou desce.
Helena se arrumou rapidamente, segurou os sapatos na mão e desceu as escadas em passos silenciosos.
A porta estava perto, poucos metros e entraria na sua deliciosa aventura com Miguel, mas quando encostou na maçaneta da porta a luz do cômodo acendeu.
Ela se virou já sabendo que era.
He: Que susto Alice! – sussurrando –
Ali: Precisa fazer bem menos barulho, Helena. Dessa vez fui eu, mas poderia ter sido o Edu. – preocupada –
He: Sei, tem razão, mas agora eu preciso ir.
Ali: Vai, vai ser feliz. – rindo –
Alice apagou a luz e voltou para o quarto.
Para a surpresa de Helena, quando ela saiu da casa, Miguel a esperava dentro de um carro. Ela entrou no mesmo e o beijou rapidamente.
He: E esse carro?
Mi: Aluguei por uns dias.
He: E vamos de carro aonde? – empolgada –
Mi: Surpresa. – sorrindo –
Um tempo depois chegaram à represa.
He: Eu reconheço esse lugar. – sorrindo –
Mi: Claro que conhece, faz parte da nossa história. – beijando-a –
He: Vamos entrar na lancha essa hora?
Mi: Não, vamos só dar uma caminhada em volta da represa. Talvez um mergulho noturno? – mordendo o lábio inferior –
He: Vai precisar bem mais que isso pra me convencer a entrar na água essa hora da madrugada. – rindo –
Mi: Amo um desafio, ainda mais sendo seu. – encarando-a –
Começaram uma caminhada descalços e abraçados. A areia embaixo de seus pés chegava a ser morna e fofa. Estava bem escuro, apenas algumas luzes bem ao longe e a lua iluminava onde andavam.
Embora fosse de madrugada, era uma noite quente, comum naquela região. Andaram quase meia hora até que Helena sentou na areia.
Mi: Já cansou meu amor?
He: Não tenho mais a sua disposição.
Mi: Não fale bobeira, Helena.
Helena riu.
Mi: Sabe o que veio pensando?
He: Não mesmo. – rindo –
Mi: Foge comigo.
Helena não segurou a risada espontânea.
He: Isso é dizer bobeira.
Mi: Porque não?
He: Miguel não somos adolescentes. Isso é completamente fora de qualquer questão. Eu tenho uma vida aqui e você também.
Ele sentou ao lado dela e a puxou em um abraço.
Mi: Minha vida é você, Helena. Onde você estiver, estará a minha vida.
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Sonho de Amor - 2017 [Concluída]
Fanfiction"Você largaria tudo para viver um sonho?" Helena é diretora de uma escola particular em Sorocaba, vive uma eterna lua de mel com seu marido "Alonso" com quem é casada há mais de vinte anos. O que a tira desse feliz casamento são os sonhos quentes e...