Capítulo 12

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12° Sonho de Amor (2017)

Ela não tinha palavras. Apenas sorriu e o beijou com carinho.
Ficaram observando a lua por alguns minutos, o silêncio naquele momento era um excelente companheiro.
Mi: Já imaginou nossos filhos?
Helena engasgou-se até agora não sabe dizer com o que. Começou a tossir forte e seu rosto logo ficou vermelho. Miguel levantou os braços dela para o alto.
Mi: Respira devagar.
He: Meu Deus, Miguel. De onde foi que você tirou isso?
Mi: Helena, você é o amor da minha vida. Eu quero que um pedacinho meu viva junto com um pedacinho seu. Simples.
He: Amor, eu sei que pra você é como se fosse tudo normal, mas na minha idade isso já nem é mais possível. Já tenho praticamente cinquenta.
Mi: Você é tão linda que às vezes me esqueço disso. Então adotamos.
Ela sorriu pra ele, não tinha mais o que argumentar.
Estava até mesmo um pouco emocionada, Miguel era lindo em todos os sentidos.
Mi: Vem. – levantando-se – Logo ali na frente tem uma trilha que nos leva até o topo das pedras, tem uma vista linda de lá.
Ele segurou a mão dela a puxou para levantá-la.
He: Não é perigoso? É de madrugada.
Mi: É rapidinho, você vai adorar. Não precisa ficar com medo, poucas pessoas conhecem o caminho e você nunca mais vai esquecer.
Claro que ela o seguiu até a tal trilha, quando chegaram na mesma ela foi na frente e ele logo atrás, ela notava que Miguel estava com os olhos vidrados nela e ela gostou da situação, estar ali com ele, uma trilha deserta na madrugada, isso a excitava assim como ele.
De forma bastante disfarçada para que ele não percebesse que ela fazia de propósito, começou a andar rebolando.
Mi: Isso já é golpe baixo.
He: Não sei do que você está falando. – sorrindo –
Miguel a segurou por traz, o seu corpo colado com o dela a deixou ciente do que ele quis dizer.
Mi: Sente agora o que tá fazendo comigo?
A voz dele ao pé do seu ouvido dela, isso sim foi um golpe baixo.
He: Miguel! Para com isso. – rindo – Quero ver a tal visão das pedras ainda hoje. – rindo –
Ela se soltou dele e continuou andando em sua frente.
Foi preciso apenas uns cinco minutos até o lugar de onde Miguel havia falado. Longe de tudo e todos.
O lugar de fato era perfeito. A vista da represa era estonteante. Pareciam estar no topo do mundo.
He: Nossa, é lindo mesmo. – impressionada –
Mi: É... – sorrindo –
Ele sabia que aquele lugar era perfeito e não poderia perder a oportunidade.
Antes mesmo que ele pudesse se aproximar, ela disse:
He: Miguel, sossega.
Ele ficou de frente para ela e a mesma acariciou seu membro por cima da calça.
Mi: Helena.
A voz dele quase se perdeu com aquilo.
Ela fazia o seu joguinho, mas estava louca para transar com Miguel ali naquele lugar tão lindo. Sua imaginação já fluía maravilhosamente.
Despertou-se de sua imaginação quando recuou um passo e encostou-se a uma enorme pedra. Não tinha mais aonde ir, era o fim da linha.
Ele se aproximou ficando cara a cara.
Não era necessário dizer mais nada, o beijo era esperado. Um beijo molhado e demorado.
Miguel certa hora beijava sua boca, outra hora beijava seu pescoço. As mãos já não tinham direção, acariciavam todo o corpo dela.
He: Miguel... – ofegante –
Mi: O que? – aparando –
He: Estou completamente entregue. Pode fazer o que quiser comigo.
Aquilo foi uma carta branca, entregada a Miguel da forma mais deliciosa que ele poderia esperar.
Mi: Seu desejo é uma ordem, meu amor.
Os dele a encarava. Isso a fazia estremecer.
Miguel ajoelhou e abriu o zíper dela devagar. Ela olhou a sua volta um tanto preocupava, não queria, mas em alguns momentos tinha medo de que alguém aparecesse. Essa preocupação a acompanhou por apenas breves minutos.
Até seu amado tirar toda a sua calça, depois a sua calcinha e com a língua a massagear como bem sabia fazer.
Ela sentiu as pernas estremecerem. Certa hora pensou não conseguir se sustentar.
Ele sabia exatamente como deixa-la molhada. Quando percebeu que ela estava pronta, se levantou e esperou que ela o deixasse nu.
Então a virou de costas para ele e segurando o seu cabelo, a preencheu. Como ela gostou daquilo, o gemido não poderia ficar preso em seus lábios.
Miguel alcançou o ouvido dela e sussurrou:
Mi: Está gostando?
He: Estou amando. – ofegante –
Os lábios dele molhavam o pescoço dela sem pressa.
As mãos dele acariciavam os seios dela, ela já chegaria ao seu máximo de prazer logo, logo.
Miguel despejou nela um gozo delicioso, que fez com que ela ficasse mais excitada.
Ele parou e a virou de frente para ele. Foi então que ela o deteve.
He: Quero que faça uma coisa.
Os olhos verdes que ele tanto amava já denunciava a travessura.
Mi: Não. – olhando para a represa –
Ela se jogou em seus braços, as pernas entrelaçaram-se na cintura dele e sorriu.
He: Eu quero ali dentro. Quero fazer o nosso próprio sonho de amor hoje.
Mi: Tudo bem, só não me responsabilizo pelo teu resfriado amanhã.
He: Não se preocupe, tenho um ótimo médico pra cuidar de mim. – sorrindo –
Ela o beijou delicadamente. Ele apenas sorriu.
Mi: Tem como diz não pra essa boca? – sorrindo –
Foram em direção a água, apenas a luz da lua os iluminava. Helena sentia o coração pulsar, estava ansiosa por aquilo.
He: Isso vai ser bom. – sorrindo –
Miguel entrou na agua e Helena não conteve um gritinho.
Mi: Viu? Está gelada demais amor. Isso é maldade.
He: Eu te esquento rapidinho.
Ela desceu do colo dele e o abraçou.
O Vento da madrugada soprava nas costas de Miguel, Helena estava estrategicamente protegida.
Ela massageava as costas dele, como poderia lhe fazer tão bem? Com ele ela conseguia ser ela mesma, conseguia ser feliz demais.
Mi: Sabe, agora que está aqui comigo, acho que posso te dizer uma coisa.
He: Hum.
Mi: Eu fico triste quando eu não estou com você, mal acabo de te deixar e já fico contando as horas pra te ver de novo. Sinto ciúmes de todos que ficam mais tempo com você do que eu.
Ele falou de uma vez só.
Mi: Sabe que o que eu sinto por você é amor? Estou amando você.
He: Eu também estou te amando, Miguel.
Os lábios cor de rosa se aproximaram, entreabertos e úmidos. Foi a ultima coisa que ele viu antes de cerrar seus olhos para receber aquele delicioso beijo dela.
As mãos dela acariciavam o tórax dele, passeavam por toda a extensão de seu peito.
Ela queria matar aquele tesão.
Ele entrou no jogo, desceu a boca até os seios dela e os beijou com voracidade. Ela tremeu quando ele desceu uma das mãos até seu sexo.
Frio? Não, não mesmo.
Ela mordiscou o lábio inferior e ele a introduziu com os dedos, ela estava esperando aquilo, o caminho estava preparado.
He: Miguel...
As palavras não tinham forças, era mais como um gemido.
Ela estava pausadamente ofegante.
He: Eu quero você dentro de mim.
Em um único impulso ele a ergueu em seu colo e a penetrou com vontade. A agua não parecia ser um problema. Estava tudo perfeitamente delicioso.
Os movimentos começaram e o beijo não sessou. Lento e intenso. Como se não houvesse hora e nem lugar.
A posição embora fosse gostosa, não era confortável, Miguel a desceu de seus braços e em meio a beijos andaram até a beira da represa. Ainda com a água na altura do tornozelo caíram ali mesmo, não aguentavam mais.
Ela subiu em cima dele e o encaixou perfeitamente em seu corpo.
Os movimentos recomeçaram.
Mi: Nossa. – ofegante –
Helena apenas sorriu travessa pra ele.
He: Goza em mim, amor. – encarando-o –
Mi: Vamos juntos.
He: Não vou conseguir segurar mais. – ofegante –
Mi: Agora.
He: Ah!
Juntos, como raramente é possível.
Riram, que loucura. Deitados um do lado do outro sorriam sem motivo algum.
He: Vamos! Levanta e vamos nos vestir. Já está amanhecendo.
Mi: Ai, que frio que ficou.
He: Isso também. – rindo –
Ele se levantou e começou a se vestir.
Mi: Essa brincadeirinha sua vai te dar um belo resfriado de presente.
He: Valeu a pena. – provocando-o –
Helena terminou de se vestir e Miguel também.
He: Ai, caramba. Eu tô toda molhada.
Miguel riu e completou:
Mi: Amor, você está molhada desde o beijo que eu te dei no carra.
He: Miguel!
Seguiram para a trilha de volta.
He: Estava mesmo. – sorrindo –
Enfim chegaram ao carro. Helena estranhou, quando estava indo, o caminho parecia bem mais rápido do que agora quando voltavam.
He: Meu Deus, já são quase seis horas da manhã. Já é dia. Anda logo porque tenho que chegar em casa antes que o Edu acorde.
Mi: Minha nossa, já não basta o ex agora o cunhado também.
He: Vai, amor. Liga logo esse carro.
Mi: Só depois de mais um beijo.
Para a sorte dos dois, era domingo e Edu dormiu até mais tarde.
Helena acordou tarde demais devido a noite intensa que teve com Miguel. Quando desceu até a cozinha encontrou um bilhete da Alice na geladeira.
“Helena, fomos ao Carrefour não demoramos voltar. Beijos”
Ela beliscou um pedaço de bolo em cima do balcão e voltou para o seu quarto tomar um banho.
Estava uma tarde linda, iria com certeza aproveitar a piscina.
Colocou um maiô caso quisesse entrar na piscina e vestiu um vestido fresco. Deitou-se na espreguiçadeira em frente a piscina e fechou os olhos.
Poderia ficar ali o dia inteiro, apenas lembrando-se das mãos de Miguel em seu corpo, da linda noite que passaram juntos.
Do quão feliz se sente por tê-lo junto com ele.
Alguns minutos depois levou um susto ao ouvir:
Alo: Você continua linda.
Ela levantou-se rapidamente.
He: Como entrou aqui? – assustada –
Ali: Isso não interessa. Chega dessa brincadeira, vamos voltar pra casa.
He: O que está dizendo?
Alo: Eu não disse que você iria voltar pra casa? Aqui estão as cópias do processo que estou movendo contra você. Abandono de lar. Oh, que feio ein, Helena.
He: Só pode estar brincando.  Eu não tenho medo de você, Alonso. E também não tenho nada a perder.
Alo: Não? Então tudo bem pra você eu tirar a escola de você? Nunca pensei em ser um diretor, mas só pra colocar você no seu lugar eu ia adorar isso. – sorrindo –
He: Com quem eu fui casada todos esses anos, ein?
Alo: Volta logo pra casa. Ainda temos um hospede lá e não tem ninguém naquela casa.
Apenas deu um sorriso sarcástico e deixou a área da piscina.
Helena ficou sem opções, claro que a última coisa que queria era voltar para aquela casa, mas não poderia arriscar perder a escola que com tanto suor e trabalho conseguiu chegar até ali.
Ela esperou Eduardo e Alice chegarem e disse a sua decisão.
Edu: Mas quem ele pensa que é pra te ameaçar assim?
He: Calma.
Eduardo queria ir naquele mesmo instante atrás do ex cunhado.
Ali: A Helena está certa, amor, precisamos manter a calma.
Edu: Mas e se ele fizer alguma coisa? Não sei...
Ali: Helena sabe se cuidar e, além disso, o Miguel ainda está lá. Tenho certeza de que ele não vai deixar que nada de ruim aconteça.
Helena tratou logo de cortar a frase.
He: Ele está sendo infantil, meu irmão. Não quer dar o braço a torcer. Eu não sei se legalmente ele consegue tirar a escola de mim. Mas eu não posso arriscar sem ter certeza. Procurarei me informar sobre isso com um advogado, mas enquanto isso eu volto pra casa.
Edu: Sabe que se acontecer qualquer coisa você pode me chamar, pode não, você deve me chamar.
He: Claro, farei isso.
Não demorou mais que meia hora para que Helena já tivesse arrumado as malas e voltado para sua casa.
Alonso estava saindo do banho quando encontrou Helena colocando suas roupas de volta ao closet.
Alo: Hum, vejo que você não é idiota.
He: Que fique claro que isso é temporário.
Ele aproximou-se dela já com as mãos em sua cintura.
Helena o afastou.
He: Não me toque... nunca mais, Alonso.
Alo: Isso que você esta sentindo por mim vai passar.
He: O que eu sentia por você, era amor... E realmente já passou.
Ela saiu levando outras roupas para o quarto do filho Pedro.
Alo: Ei! Onde pensa que vai?
He: Não achou mesmo que eu dormiria com você e nessa cama, não é?
Alonso riu e a deixou seguir para outro carro.
Era início da noite quando Miguel chegou, passou pelo corredor e quando viu Helena no quarto ao lado não conseguiu esconder o susto.
Mi: Helena?  – entrando no quarto –
He: Oi amor. – sussurrando –
Ele roubou um rápido beijo dela.
Mi: O que diabos está fazendo aqui? – confuso –

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