Capítulo 9

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9° Sonho de Amor (2017)

Ele não esperou ela pedir duas vezes, afastou-se um pouco e com dois chutes ele abriu a porta. Helena sentiu o que ela iria encontrar, mas o choque de ver bem diante de seus olhos, seu marido e a garota que trabalhava na sua casa nua na sua cama, foi demais.
Alo: Helena, eu posso explicar.
He: Você não precisa explicar nada, Alonso. Nessa cama eu nunca mais deito.
Ela pensou em ir até a Raquel, mas não. Era uma garota, não deveria sequer ter algo na cabeça, Alonso deveria estar pagando a faculdade dela. Deus! Como foi que não percebeu antes?
Ele foi até ela e a segurou pelo braço, Miguel ainda esperava no corredor, mas ouviu Helena e foi em sua direção.
He: Me solta, está me machucando.
Alo: Helena, por favor. Não pode dar importância pra isso.
He: Eu já falei pra me soltar! – gritando –
Miguel foi para cima de Alonso.
Mi: Solta ela!
Alo: Não se intrometa, Miguel. Isso não é assunto seu.
Mi: Eu estou na sua casa, Alonso. Mas se não soltar ela eu não respondo mais por mim.
Alonso a soltou e completou:
Alo: Eu sou homem, ela veio se insinuando pra mim, você já não me...
Ele foi interrompido por um forte tapa. Helena sentia o rosto todo queimar de raiva. Enquanto adiava sua felicidade ao lado de Miguel por acreditar que o marido estivesse doente ou algo assim, ele transava com uma garota na sua própria cama.
He: Não coloque a sua infidelidade nas minhas costas! Eu tenho nojo de você, Alonso. – gritando –
Helena segurou na mão de Miguel e o puxou para o andar de baixo.
Alo: Ei, aonde você vai Helena? Aonde você vai com ele?
Alonso estava de cueca, voltou correndo para o seu quarto colocar ao menos a calça para tentar impedir que ela não saísse dali.
Mi: Helena, você tem certeza que quer sair assim, não quer...
He: Me tira daqui, Miguel. Por favor, eu só quero sumir daqui agora com você.
Como negar um pedido daqueles olhos verdes? Miguel entrou no carro dela e saíram dali.
Alonso não conseguiu alcança-los.
-
Miguel já não sabia há quanto tempo navegava. Tinha perdido completamente a noção do tempo.
Helena continuava em seus braços, agora ela dormia, ele mexia devagar em seus cabelos.
Ela havia chorado muito, não falou nada, apenas abraçou Miguel e não o soltou mais.
Então ele desceu na cabine, pegou um cobertor e a acomodou nele. Não queria acordá-la, ela parecia bem dormindo.
Miguel estava olhando o mar quando Helena acordou. Ele sentiu seus braços o envolverem num abraço, ela encostou sua cabeça nas costas dele.
Apenas segurou as mãos dela e as beijou.
He: Sinto muito por isso.
Mi: Pelo que? – virando-se de frente para ela –
He: Por te envolver nessa bagunça toda.
Mi: Eu te amo, Helena. E sempre vou estar aqui pra você. Isso inclui essa bagunça toda. – sorrindo –
Ela o abraçou, não queria falar, não queria pensar em nada, só ficar ali.
Seu primeiro passeio na lancha não poderia ter uma companhia melhor, apesar das circunstâncias.
Mi: Como se sente?
He: Traída.
Miguel não conseguiu segurar uma risadinha discreta.
Ela soltou-se do abraço e o encarou.
He: Sabe, eu também errei, Miguel. Fizemos amor e eu ainda estava casada. Mas você e Deus são testemunhas que o divórcio foi a primeira coisa que eu pensei depois, jamais viveria assim, enganando ele. E eu te amo, não é um caso qualquer, não é apenas pra me saciar.
Ele foi baixo, fez isso na nossa cama, com uma garota que poderia ser filha dele.
Miguel olhava sorrindo para ela.
He: O que foi?
Mi: Você disse que me ama e eu nunca vou me cansar de ouvir isso.
Ela o beijou suavemente.
He: A partir de agora vamos começar uma vida nova.
Miguel estava louco para tê-la, mas ele seria um cafajeste ao se aproveitar daquele momento. Helena estava um pouco em choque, afinal, são mais de vinte anos de casamento.
Mi: Estou com fome e acredito que você também.
Ele segurou em suas mãos e a levou para a cabine. Ela se sentou numa cadeira ao lado do pequeno lugar improvisado para cozinhar.
Miguel abriu a geladeira e depois de alguns segundos, virou-se com uma garrafa com pouco menos da metade de Vinho e um pedaço de queijo.
Abriu o pequeno armário que ficava no alto e tirou um pacote de torradas.
Mi: Se soubesse que você viria aqui, tinha ido ao mercado.
He: Pra mim está perfeito, Miguel. – encarando-o –
Ficaram ali por alguns minutos, alimentaram-se e depois Helena quis tomar um banho, Miguel deixou uma camisa sua para ela e uma toalha limpa.
Ele estava inquieto, enquanto Helena tomava um banho, ele resolveu tomar um também, mas na represa, tirou a roupa e apenas de cueca se jogou naquela imensidão de água.
A água estava gelada, isso de certa forma foi ótimo. Nadou até a exaustão, precisa cansar o corpo, distrair a mente.
Quando Helena saiu do banho, ouviu o barulho das braçadas dele na água.
Imaginar Miguel com o corpo molhado, a deixou excitada. Não iria resistir, não tinha porque resistir. Ela colocou a camisa dele e subiu.
Ela o viu nadando em volta do barco, ele dava braçadas vigorosas. O corpo cortava a água como se a mesma fizesse parte dele.
Miguel sentiu que agora tinha uma observadora. Parou de nadar e a olhou, como o olhar é enigmático não é? Às vezes apenas olham para algo, às vezes dizem algo a você, os olhos de Helena diziam a ele naquele momento que ela o queria com voracidade.
O pôr do sol se refletia através da camisa de Miguel que ela usava, ele via com nitidez que ela estava nua.
Ele respirou fundou, nadou até a escada e subiu de volta a lancha.
Caminhou  com pressa na direção dela e a abraçou com força contra o seu corpo, se apossando da sua boca e dando-lhe um beijo longo e faminto.
Seu corpo molhado colado no dela fez com que a camisa que ela vestia ficasse como segunda pele. Mostrando ainda mais o seu corpo.
Ele começou a desabotoar a camisa dela, a encarava extasiado. Quando o mesmo colocou a mão no elástico de sua cueca para abaixá-la, ela o deteve.
He: Espera! Eu mesma quero fazer isso.
Miguel paralisou quando Helena deixou sua camisa ir ao chão e completamente sua se abaixou diante dele.
Não a tinha visto assim, com tanto cuidado, agora podia perceber que o corpo dela era lindo, belas curvas e a pele branca.
Ela definitivamente era outra Helena Scarlet quando esta com aquele homem.
Lentamente ela abaixou a cueca dele, o que foi ainda mais torturante para ele. Estava ansioso para sentir a boca dela em seu membro. Quando sentiu a língua quente dela, ele gemeu baixo.
Miguel não queria parar de olhar para ela enquanto ela o acariciava, suas mãos seguravam o seu cabelo para que ela não tivesse que se preocupar com nada além do carinho que fazia nele.
Ele sentiu o corpo todo ser sacudido por ondar de desejo, ela o enlouquecia, ficaram deliciosos minutos assim. Aquela doce tortura faria com que ele explodisse de tesão a qualquer momento, então se inclinou e a ajudou se levantar. Ele a abraçou e a ergueu caminhando com ela em meio a beijos. No convés havia um banco fixado, era baixo e confortável ele a fez sentar-se no banco.
Ela deitou, estava ansiosa. Agora foi a vez de Miguel ficar de joelhos diante dela. Ele beijou como beijava a sua boca, e isso fez com que Helena se contorcesse. Era deliciosa a sensação da língua dele em seu sexo. As pernas dela tentavam certa hora interromper aquela tortura, mas ele as segurava fortes e as mantinham abertas.
Não iria mais aguentar, estava completamente entregue, ela o segurou pelos cabelos e movimentou-se um pouco mais. Ele sabia que ela gozaria, intensificou os movimentos até sentir o gosto do liquido em sua boca, não esperaria mais nenhum segundo. Enquanto Helena ainda sentia as contrações fortes, ele levantou e a virou de costas para ele. O encaixe foi como uma explosão, ela estava sensível e sentia tudo em dobro.
Ela gemia, já não conseguia mais se controlar. As mãos dele acariciavam seus seios.
Sua boca brincava em sua orelha. Estavam famintos por amor, por paixão e desejo.
Pegaram o cobertor que Helena usou há algum tempo atrás e jogaram ali mesmo no chão e deitaram no mesmo.
Miguel continuou as investidas, não por muito tempo mais. Helena segurava o quadril dele enquanto sua boca ocupava a dele.
Ele investia mais forte, ela sabia que ele chegara ao seu máximo de prazer, o liquido quente estava dentro dela.
O movimento foi ficando cada vez mais lento, ele desceu os lábios nos seios dela. Os lambeu sem presa, ainda investindo lentamente.
Tudo foi ficando calmo, a noite já estava chegando.
Suados.
Ele deitou ao lado dela e ela se apoiou eu seu peito.
Mi: Sabe, preciso te contar algo.
He: O que foi? – curiosa –
Mi: Há alguns meses venho tendo alguns sonhos eróticos. Sabe? Aqueles sonhos que até parecem ser de verdade?
He: Claro que sei.
Mi: A mulher dos meus sonhos era você, Helena.
Ela levantou-se com cuidado e o encarou.
He: Está brincando comigo, não é?
Mi: Eu juro que não, eu juro. Muito louco isso, não acha?
He: Mais louco ainda se eu te contar que também tinha esses sonhos e era você o homem deles.
Miguel sentou rapidamente.
Mi: Verdade? – encarando –
He: Eu também juro se quiser.
Mi: Meu Deus. Será que já tivemos uma vida passada juntos? – empolgado –
He: Miguel, essas coisas não existem. – rindo –
Mi: E em alma gêmea, você acredita? – aproximando-se dos lábios dela –
He: Com certeza. – beijando-o –
Poderiam passar a noite toda ali e assim fizeram.
Na manhã seguinte, Helena não poderia ter acordado com melhor companhia. Miguel a olhava encantado.
He: Bom dia. – bocejando –
Mi: Você dormindo consegue ser mais linda ainda.
He: Não, definitivamente não. Meu cabelo, meu rosto. Devo estar horrível.
Mi: Olha, não preparei o café pra gente, porque não tem café ou nada aqui pra preparar. – rindo –
Ela riu também.
Mi: Vamos tomar café em alguma padaria. O que acha?
He: Temos mesmo que ir? – deitando-se novamente –
Mi: Você sabe que sim, meu amor.
He: Amor? Adorei meu novo nome. – rindo – Hoje ser sábado é perfeito, não conseguiria trabalhar mesmo que eu fizesse todo o esforço do mundo pra isso.
Mi: Vai dar tudo certo e eu vou estar com você.
Ela sorriu pra ele. Sentia-se segura.
Helena levantou da cama.
He: Tem razão, eu quero o divórcio e preciso resolver isso. Além de tudo, preciso conversar com o meu filho, ele mais do que qualquer pessoa merece uma explicação sobre o que está acontecendo. E eu não quero Alonso naquela casa, enquanto ele não arruma um lugar pra ficar, eu vou ficar na casa do meu irmão.
Mi: Fica aqui comigo. – sorrindo –
He: Isso seria delicioso, meu amor. Mas sabe que não dá. Seria a desculpa perfeita pra que Alonso invertesse toda essa situação.
Mi: Eu sei, mas não custava nada tentar. – rindo –
Tomaram um banho juntos, saíram da represa e depois de tomarem um rápido café em uma padaria, chegaram na casa da família Winshester.
Helena achou melhor chegar separada de Miguel, não queria o foco nela e sim no que aconteceu na tarde do dia anterior.
Chegaram com alguns minutos de diferença.
Ela correu para o seu quarto, não havia sinal de que Alonso estivesse ali. Pegou uma mala grande que estava dentro do seu closet e a abriu em cima da cama.
Pegou as roupas aleatórias, as primeiras que via na frente. Não queria vê-lo, não agora. Pensou que conseguiria, mas não.
Ra: Dona Helena?
Helena não podia acreditar que Raquel ainda estava naquela casa.
Ra: Eu queria pedir perdão. A senhora não merecia o que eu fiz, me tratou como uma filha desde o primeiro dia em que eu entrei nessa casa.
Ela aproximou-se de Raquel, seu sangue pulsava nas veias.
Quando ficou cara-a-cara ela deu um forte tapa da cara da garota.
He: Some da minha casa, sua vagabunda. O pior de tudo não foi dormir com o meu marido na minha cama, o pior de tudo foi fazer o meu filho de idiota!
Helena segurou Raquel pelos cabelos, Miguel ainda entrava na casa quando ouviu os gritos da empregada. Alonso entrou no quarto o mais depressa que pode e interveio.
Alo: Helena, solta ela.
He: Me larga, Alonso! Eu não acredito que está defendendo essa vagabunda, essa puta!
Alo: Para com isso, larga ela. – tentado separar –
Miguel entrou no quarto e ajudou Alonso.
He: Some dessa casa, menina. Some!
Raquel não ousou dizer nada, seus olhos ficaram vermelhos, mas ela não derramou uma lagrima sequer. Deixou o quarto com a cabeça erguida.
Alonso respirou fundo.
Alo: Onde você passou a noite?
He: O que? – rindo –
Alo: Eu não estou brincando Helena, onde você estava? Estava com ele? – virando-se para Miguel –
He: Não envolva outras pessoas nessa história, Alonso. Miguel só me tirou daqui ontem, eu passei a noite em um hotel.
Alo: Claro que sim, porque seu irmão não sabia de você ontem até uma hora da manhã.
He: Eu não fiquei na casa dele porque eu sabia que você viria atrás de mim e eu não queria olhar pra sua cara, alias ainda não quero.
Ela zipou a mala e a pegou. Estava pesada e todos perceberam isso.
Alo: Isso é uma burrice, Helena. Não pode jogar nosso casamento por uma bobagem.
He: Você pode ter certeza de que não é por uma bobagem que eu estou jogando o nosso casamento. Miguel, por favor, me ajuda com essa mala.
Miguel prontamente pegou a mala e a seguiu até a saída. Alonso sempre atrás.
Alo: Não pode simplesmente deixar a nossa casa, Helena. Isso é abandono de lar.
He: Eu darei entrada nos papéis do divorcio. E pro bem de todos, não dificulte isso, Alonso.
A casa de Edu era apenas algumas ruas da dela, mas foi com o carro, precisaria dele.
Quando Miguel estacionou o carro na frente da casa do irmão de Helena, a mesma tinha os olhos marejados.
Ele acariciou o seu rosto.
Mi: Shiii... Chega de chorar, meu amor.
He: A única coisa boa disso tudo, é você. – sorrindo –
Miguel não sabia mais o que fazer para acalmar Helena. Não queria mias vê-la daquela forma, isso o deixava com o coração em pedaços.
Mi: Fica tranquila, isso tudo vai terminar bem.
He: Quero te pedir uma coisa.

Sonho de Amor - 2017 [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora