Capítulo 21.

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Harry’s POV:

“A gente se vê amanha a noite”.

Três palavras: a gente se vê. Eu estava realmente achando que ela não iria nem se a pagassem porque a) ela só estava com a perna machucada por minha culpa e b) digamos que Anne não devia gostar muito de mim.

- Por que é que você ta rindo pro celular, Harold?

- Por que é que você ainda ta aqui, Horan?

- Idiota! – riu e jogou uma almofada na minha cara. – Aposto que tem a ver com a Anne.

Fiz uma careta pra ele e tudo que ele fez foi rir, como sempre. Niall era do tipo de cara que se você desse um soco na cara dele 50% das chances seria levar um soco de volta e 50% seria ele começar a rir loucamente, eu gostava disso, às vezes.

- Ela vai no jogo amanhã.

- Esse é meu menino. – ele literalmente gritou.

- Sim, claro, agora é hora de você ir embora e descansar, a gente tem um grande jogo  pela frente amanha.

- Sim, senhor. – colocou a mão na cabeça e não aguentou nem cinco segundos antes de começar a rir de si mesmo.

Minha mãe apareceu na sala exatamente quando ele estava saindo e o olhar de decepção no rosto dela ao saber que ele não ficaria pra jantar feriu meus sentimentos, mas só um pouco;  Niall e minha mãe se adoravam e, eu tinha mais ciúmes dele com ela, do que dela com minha irmã. Talvez por saber que eu era o filho preferido, mesmo minha irmã sendo a mais velha.

Saber que Anne estaria lá me deixou feliz, mas ainda mais assustado ao mesmo tempo. Aquele jogo poderia ser minha passagem pra alguma faculdade e eu precisava fazer com que o time ganhasse e mostrar aos técnicos que eu era bom o bastante. Ela lá seria mais uma pessoa pra eu tentar impressionar e, quando se tratava dela, digamos que minhas tentativas não tinham sucesso.

“Até amanha a noite, Bafleir”.

Tentei parecer o mais tranquilo possível ao responder a mensagem, quando na verdade estava doido pra saber se ela responderia de volta e o que seria. Aquela menina tinha um efeito que ninguém nunca teve sobre mim antes e eu não sabia se aquilo era bom ou ruim.

Harry’s POV off.

Três palavras: eu odeio muletas. Segundo meu médico, após um dia praticando eu já conseguiria me equilibrar nelas e não parecer uma pata andando, mas não foi bem isso que aconteceu. Em uma hora eu consegui cair duas vezes, sendo uma dessas enquanto eu tentava ir até o banheiro de manhã. Nunca pensei que fosse precisar pedir ajuda a minha mãe pra ir ao banheiro depois de ter passado dos seis anos.

- Então você vai mesmo no jogo hoje? – encostou na porta do meu quarto.

- Sim, mãe.

- Harry vai jogar, não é? – eu sabia muito bem onde queria chegar.

- Sim, mãe. – eu pretendia ficar deitada o dia todo até dar a hora de passar na casa do Louis. – E agora eu vou voltar a dormir, boa noite.

- Mas são onze horas da manhã!

- Exatamente, boa noite. – e me virei pra parede.

Não demorou muito até que ela finalmente saiu dali e fechou a porta do quarto, ou seja, eu já podia parar de fingir que ia mesmo dormir. Peguei meu celular e vi a mensagem que Harry tinha me mandado de volta, depois liguei pra Louis e contei pra ele sobre a conversa com John  e todos aqueles detalhes que eu não tinha outra pessoa pra contar.

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