Harry’s POV:
“A gente se vê amanha a noite”.
Três palavras: a gente se vê. Eu estava realmente achando que ela não iria nem se a pagassem porque a) ela só estava com a perna machucada por minha culpa e b) digamos que Anne não devia gostar muito de mim.
- Por que é que você ta rindo pro celular, Harold?
- Por que é que você ainda ta aqui, Horan?
- Idiota! – riu e jogou uma almofada na minha cara. – Aposto que tem a ver com a Anne.
Fiz uma careta pra ele e tudo que ele fez foi rir, como sempre. Niall era do tipo de cara que se você desse um soco na cara dele 50% das chances seria levar um soco de volta e 50% seria ele começar a rir loucamente, eu gostava disso, às vezes.
- Ela vai no jogo amanhã.
- Esse é meu menino. – ele literalmente gritou.
- Sim, claro, agora é hora de você ir embora e descansar, a gente tem um grande jogo pela frente amanha.
- Sim, senhor. – colocou a mão na cabeça e não aguentou nem cinco segundos antes de começar a rir de si mesmo.
Minha mãe apareceu na sala exatamente quando ele estava saindo e o olhar de decepção no rosto dela ao saber que ele não ficaria pra jantar feriu meus sentimentos, mas só um pouco; Niall e minha mãe se adoravam e, eu tinha mais ciúmes dele com ela, do que dela com minha irmã. Talvez por saber que eu era o filho preferido, mesmo minha irmã sendo a mais velha.
Saber que Anne estaria lá me deixou feliz, mas ainda mais assustado ao mesmo tempo. Aquele jogo poderia ser minha passagem pra alguma faculdade e eu precisava fazer com que o time ganhasse e mostrar aos técnicos que eu era bom o bastante. Ela lá seria mais uma pessoa pra eu tentar impressionar e, quando se tratava dela, digamos que minhas tentativas não tinham sucesso.
“Até amanha a noite, Bafleir”.
Tentei parecer o mais tranquilo possível ao responder a mensagem, quando na verdade estava doido pra saber se ela responderia de volta e o que seria. Aquela menina tinha um efeito que ninguém nunca teve sobre mim antes e eu não sabia se aquilo era bom ou ruim.
Harry’s POV off.
Três palavras: eu odeio muletas. Segundo meu médico, após um dia praticando eu já conseguiria me equilibrar nelas e não parecer uma pata andando, mas não foi bem isso que aconteceu. Em uma hora eu consegui cair duas vezes, sendo uma dessas enquanto eu tentava ir até o banheiro de manhã. Nunca pensei que fosse precisar pedir ajuda a minha mãe pra ir ao banheiro depois de ter passado dos seis anos.
- Então você vai mesmo no jogo hoje? – encostou na porta do meu quarto.
- Sim, mãe.
- Harry vai jogar, não é? – eu sabia muito bem onde queria chegar.
- Sim, mãe. – eu pretendia ficar deitada o dia todo até dar a hora de passar na casa do Louis. – E agora eu vou voltar a dormir, boa noite.
- Mas são onze horas da manhã!
- Exatamente, boa noite. – e me virei pra parede.
Não demorou muito até que ela finalmente saiu dali e fechou a porta do quarto, ou seja, eu já podia parar de fingir que ia mesmo dormir. Peguei meu celular e vi a mensagem que Harry tinha me mandado de volta, depois liguei pra Louis e contei pra ele sobre a conversa com John e todos aqueles detalhes que eu não tinha outra pessoa pra contar.
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living while we're young
FanfictionEle era o típico britânico branquelo e charmoso, do tipo pegador. Não era inteligente, mas era esperto. Mal sabia o que queria da vida; seus pais eram ricos, ele tinha o que queria. Ela, era a típica menina da Califórnia: pele bronzeada e cabelos do...