Amo tua voz e tua cor
E teu jeito de fazer amor
Revirando os olhos e o tapete
Suspirando em falsete
Coisas que nem sei contar
(...)
Tens um não sei que de paraíso
E o corpo mais preciso
Que o mais lindo dos mortais
Tens uma beleza infinita
E a boca mais bonita
Que a minha já tocou.
JOÃO PEDRO
Eu a levei ao banheiro e a pus em minha banheira de hidromassagens com a água bem morna. Sabia que estava dolorida e ainda abalada. Duvidava que algum dia tenha feito parte de seus sonhos românticos imaginar que perderia a virgindade sendo amarrada em uma cama e fodida intensamente. Como nunca tinha feito parte dos meus pensamentos e desejos desvirginar uma garota. Acho que estávamos empatados.
Entrei na banheira com ela e a banhei. Passei esponja e sabonete em todo seu corpo, enxaguei, fiz com que recostasse as costas em meu peito e percorri minhas mãos em toda extensão de sua pele. Ana apoiou a cabeça em meu ombro e se entregou, deixando que fizesse o que tinha vontade. Aquela submissão silenciosa era tão excitante quanto o resto dela, deixando-me novamente de pau duro, louco para fodê-la de novo. Eram tantas idéias pornográficas em minha mente, que ficava difícil me concentrar em uma. Mas acabava me controlando, pois sabia que ela precisava de um tempo.
- É tão gostoso ... – Murmurou rouca, enquanto eu colocava suas pernas sobre as minhas e deslizava as mãos sob a água em suas coxas até a virilha, lentamente. Olhava seus seios acima do nível da água, os mamilos rosados e suavemente inchadinhos, o formato arredondado e firme. Não resisti e subi uma das mãos até eles, acariciando-os. – Ai, João ...
- Estou tentando ser tardiamente cuidadoso com você, levar em conta que está dolorida e ainda é novata em tudo, mas está difícil, Ana. – Fui absolutamente sincero e meu pau pressionou o final de suas costas. Seus mamilos intumesceram e apertei um deles, puxei-o, até que arquejou, fechando os olhos. – Gosta disso?
- Sim, eu ... Nem consigo acreditar que estou aqui com você ... Que está fazendo tudo isso, que me tornou mulher ... Desejei tanto e foi tão bom, tão além do que tudo que pensei ...
- Não está assustada?
- Estou. – Confessou baixinho.
Eu queria olhar em seus olhos enquanto conversávamos. Naquela posição era impossível. Assim, a virei, colocando-a atravessada em meu colo, sua bunda em minha coxa, a cabeça sobre meu braço apoiado na borda da banheira. Podia fitar seu rosto e seus seios, que eu continuava a acariciar.
- Quer voltar para casa? Desistir?
- Nunca! – Sorriu suavemente para mim, lânguida, seus olhos brilhando. O cabelo molhado grudava-se em meu braço.
- Ana ... – Quis ser o mais sincero possível com ela. Me sentia fora de mim, excitado, quase eufórico, mas também abalado, culpado, preocupado. Subi a mão até seu pescoço e seu rosto, deixando-a ali. Ela virou e beijou a palma. Depois me olhou de novo.
- Sim, João?
- Temos que deixar algumas coisas bem claras.
- Eu já entendi. Não quer que as outras pessoas saibam da gente, por causa de Vítor. E o que temos tem tempo contado para terminar: um mês.