(...) O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que me deixa maluca, quando me roça a nuca
E quase me machuca com a barba mal feita
E de pousar as coxas entre as minhas coxas
Quando ele se deita
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
De me fazer rodeios, de me beijar os seios
Me beijar o ventre e me deixar em brasa
Desfruta do meu corpo como se o meu corpo
Fosse a sua casa (...)
ANA FLOR
Eu sentia um misto de humilhação, medo e desejo, excitada e apavorada como nunca fiquei na vida, sem saber o que queria mais. Pensei em mais de um momento em dizer minha palavra de segurança, mas no fundo não quis. Pois apesar da sensação de impotência, de me ver dominada e atacada, a luxúria me engolfava pesada e o desejo por João era completamente avassalador, arrasando todos os outros.
Nua, com a bunda quente e ardendo, os nervos descontrolados, o corpo uma massa de sensações, dei um grito abafado quando João me ergueu como se eu não pesasse nada e se sentou em uma cadeira, deitando-me de bruços, atravessada em seu colo. Meus cabelos vieram ao meu rosto e arrastaram no chão, minha pele se arrepiou toda, me senti impotente ali, amarrada, subjugada. Sem saber o que faria.
Seus dedos deslizaram em minhas costas, fizeram o contorno da minha bunda, escorregaram até meus lábios vaginais, que independentes da minha vontade estavam inchados e melados. Acariciou-os delicadamente, dizendo rouco:
- Está lisinha ... E pronta para mim.
Enfiou dois dedos longos em minha vulva e ondulei, extasiada, alucinada. Tentei me mover, mas as pernas amarradas juntas pelos tornozelos não permitiam. Gritei, palpitei contra seus dedos, me senti a ponto de gozar. O prazer era escaldante, a sensação de servi-lo, de ser uma escrava sexual mexendo com minha libido, enquanto penetrava mais e mais os dedos em mim.
- Sua putinha ... Você gosta. Quem diria que a doce e tímida Ana Flor gosta de apanhar, de ser dominada e fodida dessa maneira?
Sua voz pornográfica deixou-me mais desvairada. Meteu os dedos e os girou, parando-os, sentindo como minha vulva latejava em volta deles e gotejava. Mais uma arremetida e eu gozaria. Implorei baixinho:
- Me deixe gozar ... Por favor ...
- Não.
Estremeci, prendendo o ar, tentando conter toda aquela loucura, mas minha vulva não parava de palpitar, escaldante.
Então João tirou os dedos melados e fiquei o mais quieta que consegui, mas totalmente pronta para o orgasmo, à beira dele. Arfei quando o dedo circulou meu ânus, molhando-o, entrando nele lentamente, apertado, me abrindo.
- Ai, meu Deus ... – Choraminguei, fechando os olhos, mordendo o lábio inferior com força.
- Empine a bunda para mim, Ana.
E eu fiz, sentindo o dedo entrar todo, bem fundo. O seu outro braço rodeou minha cintura e me ergueu, sem tirar o dedo de mim. Assim, me deitou de bruços no sofá, sentado sobre as minhas pernas por trás. Voltou a tirar e meter o dedo, abrindo-me mais, me acostumando com ele. Ouvi que abria sua calça e descia um pouco. Depois pegou um preservativo na caixa sobre a mesinha de centro, rasgou-o e colocou-o no pau. Continuou a me comer só com seu dedo do meio.
- Vou foder você, Ana. Na boceta, até quando eu quiser. E vou gozar dentro de seu cuzinho.
- João ... Por favor, eu vou gozar ... Eu ...