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Anne

Saimos do carro e andamos em direção a porta, assim como da última vez, as portas se abriram, um homem anunciou nossa chegada e todos pararam de conversar para nos olhar, todos me olhando estava me deixando com vergonha.

- Que bom que vocês chegaram, já estava na hora - diz Melissa se aproximando de nós.

- Oi mãe. - comprimenta Igor, mas sua mãe o ignora.

- Oii Anne, você está linda querida. - diz sorrindo para mim.

- Obrigada, a senhora também está linda. - respondo sorrindo.

- Por favor me chame de você ou de Melissa se preferir.

- Ta bem.

- Vamos, o jantar já está quase sendo servido. - diz Melissa me puxando.

Ela nos levou pro meio dos outros convidados, Igor saiu de perto de mim e foi conversar com seu pai e outros homens que estavam com ele, e eu fui com Melissa para perto de um monte de mulheres que conversavam sobre o casamento de uma delas com um homem que estava com Igor, eles são bem parecidos podem ser primos.

- E você senhorita Marin, como está seu relacionamento com Igor? - pergunta uma mulher muito branca.

- Bem. - respondo.

- Vocês já marcaram uma data do casamento?.

- Ainda não, com licença - digo sorrindo e saio.

Porque essa mulheres acham que vou me casar com ele?.

Nem que os porcos voem, isso vai acontecer.

Vou em direção a Igor, quando ele me vê pede licença e vem ao meu encontro.

- Tudo bem? você está palida, parece nervosa. - diz me tirando do salão e me levando para um quarto.

-  Por que elas acham que vou me casar com você?. - pergunto nervosa.

- Eu não sei. Me conta o que aconteceu. - pede calmamente.

- Ta, eu estava lá com sua mãe e elas estavam falando de casamento, ai uma mulher me perguntou como estava nosso relacionamento, eu respondi que estava bem e ela me perguntou se já tinhamos uma data  para o casamento, eu disse que não, pedi licença e sai. - depois de contar a história, Igor ficou com uma cara indescritível, e isso me assustava pois não sabia o que ele estava pensando.

- Você fez certo. - diz com segurança.

- Igor por que essas pessoas acham que sou sua noiva ou sei lá o que?. - pergunto de novo.

- Eu não sei Anne. - ele ta mentindo.

- Igor você pode não querer contar o que aconteceu comigo, mas me conta só o por que essas pessoas acham que vou me casar com você, por favor. - digo já começando a ficar irritada.

Igor fez um pausa.

- Por favor Igor, me diz. - peço.

- Ok, eles acham que você é minha noiva, porque meus pais querem que eu me case por que tenho vinte e três anos, entendeu?.

- Mas por que eu? Por que não a Diana?. - começo a andar de um lado para o outro no quarto.

- Por que você acha que eu deveria casar com a Diana?. - pergunta erguendo uma sobrancelha.

- Porque no jantar de me apresentar para sua família, eu fiquei sozinha e fui te procurar, escutei vozes em um quarto, fui até ele e escutei você e a Diana, por isso. - explico.

- Sinto muito por ter escutado aquilo, mas eu e a Diana não temos nada.

- Eu e você não temos nada, você não me deve explicações, eu simplesmente não ligo com que você fica, mas por que eu tenho ser sua noiva de mentirinha?. - pergunto.

- Por que eu tinha que me casar, eu não tinha escolha, mas pelo menos eu podia escolher com quem me casar, a Diana foi no orfanato, e eu já estava de saco cheio de tantas garotas ridículas, até que você entrou naquela sala, suas respostas eram perfeitas ai te escolhi. - responde como se isso não fosse loucura.

- Quer dizer que vou ter que me casar com você? - pergunto. - Isso nunca vai acontecer. - digo seria.

-  É, e eu também não tenho escolha, mas se ficarmos assim fingindo namorar, vamos ter um tempo, eles querem nos casar daqui dois meses, mas se fingimos vamos ter mais de um ano. - diz calmo.

- Ta, vamos fingir namorar, mas eu não vou me casar com você.

- Vamos voltar, vão sentir nossa falta, fique do meu lado o tempo todo ok? - encerra o assunto.

- Ok. - digo segurando seu braço que está esticado para mim.

Igor

Eu não sabia o que dizer, então disse uma meia verdade, e ela acreditou.

Levei ela para o salão, o jantar já estava sendo servido, sentamos e jantamos.

O jantar passou bem rapido, as onze horas estavamos indo pra casa.

- O jantar arrecadou bastante dinheiro. - digo puxando assunto.

- Serio, quanto?. - pergunta.

- Quase trinta mil dólares. - respondo.

- Nossa! E vai ser doado para onde?. - pergunta interessada.

- Para o orfanato que você morava. - digo.

- Ham - diz parecendo ficar triste.

- O que foi? você parece triste. - digo preocupado.

- Sei lá, sinto falta do orfanato.

- Se você quiser o motorista te leva lá amanhã pra você visitar, mas não pode fugir. - brinco.

- Não, tenho medo de ir sozinha. - diz receosa.

- Se você quiser eu vou com você. - me ofereço tentando ser legal.

- Serio? Você faria isso?. - pergunta desconfiada.

- Sim.

- Mas você não tem que ir trabalhar?. - pergunta.

- Tenho, mas se você quiser, eu falo pra minha secretária desmarcar meus compromissos. - respondo.

- Serio? obrigada, eu vou adorar - diz animada.

- Eu sei que você não gosta que eu te de presentes, mas quero que você vá com um vestido perfeito amanhã, eu não sei quem te machucou quando eu te adotei, mas sei que essa pessoa vai estar lá, e se ela tentar te fazer mal vai se arrepender.

- Você não sabe quem foi, mas eu sei. - diz parecendo irritada.

- E quem foi?. - pergunto.

- A Alice nunca gostou de mim, só não sei o por que, eu lembro dela me empurrando da escada. - responde.

- Essa Alice vai estar lá?.

- Acho que sim.- diz em um tom triste.

- Não fique triste ou com medo, eu vou estar lá para te proteger. - digo sorrindo para ela.

Quando chegamos, nós subimos e paramos no corredor de frente para o quarto dela, ela se despediu e entrou quarto.

Revisado

A Escolhida do Vampiro (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora