Minha cabeça parecia dar um giro 360°, meu coração tava apertado, e eu estava confusa sem entender bem o que acontecia.
Até que flashs dessa tarde invadiram minha memória, meu Deus o Henry, e meu coração se apertou ainda mais, eu não sabia porque eu estava nesse quarto de hospital. Ouço a porta sendo aberta e já levanto.- Que susto você nos deu Yse, tá se sentindo melhor? - a Cris estava nervosa como se quisesse me contar algo.
- Eu tô ótima, só preciso sair daqui. Eu preciso ver o Henry, Cris. - pulei da cama e fui calçar meu tênis.
- Ele ainda está na UTI, não encontramos um doador. - as lágrimas que eu pensei ter secado veio com tudo. - O médico acabou de avisar que as próximas 72 horas, serão decisivas.
- Diz que isso é um pesadelo, que amanhã ele vai está lá na empresa, arrogante como sempre. - eu soluçava baixinho, e queria ajudá-lo.
- Eu queria poder te dizer que tudo isso é apenas um pesadelo, mas não é pequena. - ela acabou se rendendo ao choro e me abraçou. - Ele acabou de fazer uma cirurgia, o canivete fez um estrago e ele perdeu muito sangue mesmo.
Assenti apenas, pois eu não tinha mais o que dizer, era uma dor imensa, um pesadelo que eu pensei nunca mais viver se repetindo. E porquê eu estava tão abalada? Por que eu estava com tanto medo de perdê-lo?
A resposta era óbvia, eu estava apaixonada pelo meu chefe, e estava correndo sérios riscos de vê-lo morrer. Caminhei até a sala de espera e todos me encaravam, a minha maquiagem estava borrada, minha roupa suja de sangue e quer saber pela primeira vez eu não me importo, me sentei ao lado do Matt, e ele colocou minha cabeça em seu ombro, e eu chorei baixinho.- Minha querida, você precisa ir pra casa tomar um banho, comer alguma coisa e descansar. - o senhor Oliver me encarava preocupado.
- Sr. Oliver, eu não posso sair daqui ele me pediu, e me fez prometer que ficaria ao lado dele. - tentei dar um sorriso só que não consegui.
- Ele vai ficar bem, não se preocupe. - ele também sofria mais tentava passar confiança a todos.
O sr. Oliver voltou pro lado de sua esposa, e eu continuei deitada no ombro do Matt. Acabei cochilando e quando assustei o relógio marcava 03:00 da manhã e vi a sra. Carts se aproximando.
- Ei querida, você precisa se alimentar, venha comigo? - ela entendia a minha preocupação, e parecia entender o que eu sentia.
Assenti e fomos caminhando e conversando até a cantina, tomei apenas um suco de maracujá e comi metade de um sanduíche, assim que terminamos voltamos a sala de espera.
04:00 da manhã e nada, nenhuma notícia, ninguém fala nada e á essa hora só Deus podia me ajudar, me levantei e fui até a capela do hospital me ajoelhei e pedi por ele.
- Deus, estou aqui mais uma vez pois preciso da sua ajuda, preciso que ajude o Henry a sair dessa. O senhor sabe o que estou sentindo, em tão pouco tempo ele me protegeu, foi nele que eu encontrei calmaria, ele foi a minha âncora no meio do mar agitado.
Ele é chato as vezes, arrogante também mas, por trás daquela capa de homem rude existe um cara legal e foi por esse cara que me encantei.Sai dali correndo e quando cheguei todos estavam do mesmo jeito, nada parecia ter mudado até que o médico entra na sala onde estávamos.
- Bom dia, eu queria saber quem é Louyse? - nem deixei ele terminar.
- Sou eu. - respondi eufórica.
- O paciente tá ardendo em febre e está delirando chamando pela srt. - todos me encaravam nesse momento, e eu não tinha reação. - Será que você pode me acompanhar?
- Sim claro, vamos logo. - eu precisava vê-lo
Sai dali rapidamente atrás do médico, entrei numa salinha coloquei uma roupa e segui pra UTI.
Quando entrei na sala lá estava ele, totalmente pálido, com os cabelos bagunçados e eu não podia ver aqueles olhos cor de céu.- Louyse, Lou...yse, Louyse. - ele chamava por mim, me aproximei e peguei em sua mão.
- Tô aqui Henry, eu tô aqui do seu lado. - senti ele apertar minha mão bem de leve quase que imperceptível.
Continuei ali por meia hora, até o médico me pedir pra sair. Voltei pra sala com um sorriso no rosto e quando eles me viram entrando sorridente se levantaram.
- Ele vai ficar bem , ele chamou por mim e quando eu disse que estava ao lado dele, ele apertou minha mão. - todos ali presente sorriram junto comigo. - Eu vou fazer o teste pra doação de sangue, e se eu for compatível doarei a ele.
Todos ficaram surpresos, mas o olhar dos pais dele era de esperança e gratidão.
- Você é um verdadeiro anjo menina, bem que o meu marido sempre disse. - fui surpreendida por um abraço da dona Diana.
- Obrigado Louyse, se você for compatível e salvar a vida do meu filho serei grato a você pelo resto da minha vida. - recebi um abraço do sr. Oliver.
Logo o doutor que cuidava do caso voltou e me levou pra fazer o teste.
Agora só nos resta esperar que esse resultado seja positivo.****
Já se passava das dez da manhã, e nada do doutor aparecer com os resultados desse exame.
Eu já estava inquieta, andava de um lado pro outro sob o olhar preocupado dos pais do Henry. Cris e Matt, foram em casa tomar banho e descansar, o resto do pessoal também foi pois o dia seria longo.
Eu já estava pra ir atrás do doutor quando ele finalmente apareceu.- Bom dia, venho aqui comunicar que a srt. Louyse Muller, é compatível. Ela poderá doar pro sr. Henry. - meu sorriso parecia rasgar o rosto, os pais dele vieram me abraçar e eu fiquei ainda mais feliz.
- Agradeço em nome de toda família minha querida. - recebi outro abraço da dona Diana.
- O Sr. Henry, acordou. E teve uma melhora significativa depois de sua visita, Louyse. O restante de vocês poderão vê-lo depois da transfusão. - ficamos ainda mais felizes. - Só que ele chamou pela srt. Muller, acho bom a srt. ir vê-lo.
- Então vamos logo, quero fazer essa doação. - dei pulinhos de alegria que arrancou risos dos pais do meu chefe.
Assim que o médico me deixou entrar no quarto, cheguei bem pertinho dele, que dormia feito um anjo.
- Eii, logo logo você vai sair daqui, eu fui compatível e vou poder doar pra você. Prometo que você vai ficar bem. E viu só, eu cumpro com minhas promessas (risos) . - mais uma vez senti ele apertar minha mão, então beijei sua testa e saí.
Deixei o quarto dele bem confiante, e já tinha uma enfermeira a minha espera pra irmos fazer logo essa doação.
Fui encaminhada pra um dos quartos e lá, me deram aquela camisola feia que mostra a bunda pra vestir. Depois de pronta me deitei na cama, e logo o médico veio e o procedimento tão esperado começou.
Meus olhos foram ficando pesados, e eu acabei me rendendo ao sono.Mais um capítulo pra vocês amores.
O que será que vai acontecer quando a Yse acordar?Espero que gostem, votem e comentem. Adoraria saber a opinião de vocês. 😘❤️
Sem revisão.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu chefe extremamente chato
RomanceLouyse Muller, uma jovem e doce garota de 19 anos que não teve uma vida fácil após a morte de sua mãe, Teresa. A cinco anos atrás depois de perder sua mãe, a vida da menina que tinha apenas 14 anos não foi nada fácil. Após seis meses da morte de su...