Capítulo 8

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POV Logan

Desligo o chuveiro, rolando os olhos pelo banheiro procurando minha toalha, com uma certa dificuldade, pelo grande excesso de vapor quente, deixando visão literalmente embaçada.

Apanho a toalha enxugando com cuidado meu rosto e logo em seguida por enteiro meu corpo, cuja por final a enrolo em volta do meu quadril.
Automaticamente, em uma fração de segundos, sem pensar, viro meu rosto para olhar no espelho e ...

-- Porra Isabel! -- Brando a voz assustado -- Já é a terceira vez que você faz isso só em uma semana -- Resmungo.

Isabel se mantém rindo.
De uma maneira peculiar, cuja tem a capacidade de se materializar dentro do espelho substituindo o reflexo de qualquer um e isso é assustador.

-- Desculpa -- Gargalha -- É muito bom ver sua reação, é sempre a mesma -- Faço uma careta.

-- Já ouviu falar em "invasão de privacidade" ? -- Faço aspas com os dedos insinuando as palavras, tentando a fazer entender e refletir.

A sonsa continua rindo.
-- Esse termo não existe no meu vocabulário.

-- Mas no meu si... -- perco totalmente a voz quando vejo pelo reflexo do espelho algo passar na frente da porta aberta do banheiro.
Travo o maxilar.

-- Que foi? -- Pergunta Isabel vendo minha cara pálida.

-- Eu vi algo passando atrás da gente, esta no quarto -- Digo olhando atônito para Isabel que ainda está no espelho, fixo o olhar pro que esta atrás dela que na verdade está atrás de mim.

-- Deve ser sua irmã -- Diz se divertindo com a situação.

-- Minha irmã não é do meu tamanho e não tem olhos totalmente negros -- Tento não falhar a voz.

-- Agora você está me assustando -- Ela cessa suas risadinhas quando percebe que estou falando sério.

Ele aparece do lado da minha cama, aparenta ser um fantasma só que sua imagem parece meio borrada, uma silhueta obscura.
Não aparenta ter face.
Uma sombra.

-- Não consigo ver -- Isabel olha atenta prós lados.
Sinto uma sensação perturbadora de frio percorrer pelas minhas pernas.

Engulo em seco, estou ficando doido.

-- Ele está me encarando -- Digo com medo, encarando de volta.

-- Bora sair daqui -- Isabel sai do espelho meio assustada -- Dev... -- Alguém entra bruscamente pela porta, afobado, cortando a fala de Isabel.

-- Filho, vamos logo, hoje eu te levo de carro -- Minha mãe aparece, extressada, me chamando enquanto pega minha mochila encima da cama.
Automaticamente olho denovo pra onde aquela coisa estava, mas já desapareceu, suspiro aliviado.

-- O que é isso na sua mão? -- Pergunto tentando me recompor e disfarçando minha feição pasma.

-- É um colar com crucifixo, acabei de voltar da igreja -- Anuncia, segurando o colar na mão, me fazendo arqueia a sobrancelha -- Nem venha dizer aquelas bobeiras -- Exclama sem paciência.

Reviro os olhos dando por fim uma varrida pelo quarto, analisando, antes de passar pela porta.

(...)

As cenas de mais cedo insistem em continuar martelando incansavelmente minha cabeça.
O que era aquilo?
Será que tem algo haver com aquele senhor de idade que apareceu na minha janela?
Solto um longo suspiro.
Frustante o fato de nunca conseguir as respostas necessárias para minhas perguntas.

-- Certeza que nunca o tinha visto? -- Repito a pergunta que fiz a 3 minutos a atrás a Isabel.

-- Tenho -- Esbravejo, revirando os olhos e passando a mão impacientemente no cabelo -- pergunta isso mais uma vez que eu te arrebento -- Ameaça.

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