Capítulo 3

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POV Logan

Não pode ser.
-- Quem que colocou aqueles retratos ali? -- Pergunto com a boca seca.

-- Não foi eu -- Vick levanta a mão em sinal de rendição -- Logan está garota -- Ela pega a foto -- Ela apareceu no meu sonho, ela que me acordou.

-- Mentira -- Obviamente minha irmã deve ter uma ingênua imaginação.
Mas estou atormentado, como aqueles retratos veio parar ali denovo?

-- NÃO É MENTIRA -- Grita brandando a voz -- Ela estava lá sim e eu sei muito bem cada palavra que ela sussurrou,
"Acorde,Por favor, Socorro"
"Va até Logan ele precisa de ajuda" -- Vick repete as supostas falas da garota.

Suspiro -- Quer dizer que esta tal garota queria me ajudar? -- Minha irmã tá doida.

-- Sim, e é assim que você agradece? Dizendo "mentira" -- Exclama.

-- Acha mesmo que a garota passou a noite enteira me vigiando, e quando comecei a ficar com falta de ar, ela pulou a janela do seu quarto e te acordou? -- Tento arranjar uma teoria uma suposta conclusão.

-- Não -- Bufa -- Ela não está viva -- Diz a coisa mais absurda que eu já ouvi.

Da onde ela tirou que essa garota está morta?
Reviro os olhos

-- Larga de inventar mentira -- Me levanto -- Se você quis dizer que um fantasma te acordou... -- Esfrego meus olhos e solto um suspiro pesado -- Vick, fantasmas não existem.

-- Logan, não venha com este seu total persuasão de que sabe de tudo -- Ela anda até a porta com passos firmes -- Não que eu queira ferir seu ego, mas você está muito errado -- Ela fecha a cara e bate a porta.

Fico tentando raciocinar o que houve aqui agora, minha irmã está tentando me dar lição de moral.
Solto uma fraca gargalhada.
Evito olhar pro rumo dos retratos, é estranho, ela não está morta, minha mãe não moraria na casa de alguém que já morreu.

Dirijo me até as minhas malas as quais eu ainda nem pensei em retirar as roupas, razoavelmente não sou uma pessoa muito ativa não ocupo o cargo de tomar conta das coisas, neste posto sou inútil. Abro a mala em uma animação que faria qualquer um dormir, resumindo minhas roupas não são muitas e nem minha coragem.
Vou até o banheiro.

A paz deve ser realmente algo bem difícil de obter, no meu caso algo impossível com minha mãe gritando violentamente do lado de fora do banheiro.
-- Logan, saía logo daí, já faz 30 minutos que está aí dentro -- Bate na porta -- Você vai se atrasar.

-- Tô nem aí -- Do de ombros.

-- Esqueceu que sou eu que pago a água? -- Exclama com uma grande satisfação como se dissesse "Eu que mando aqui".
Reviro os olhos.

(...)

Ja são exatamente 6:58 e estou aqui parado de frente um imenso colégio.
Solto um longo suspiro pesado, direciono o olhar prós meus grandes pés enquanto estou a balançar vagarosamente meu peso de um lado para o outro, ambas ações deixam bem nítido meu nervosismo.
Cadê minha mãe? A claro, minha própria mãe não pode vir ao meu primerio dia de aula, por que provavelmente deve estar a fazer algo mais interessante.
Mas não tem problema já que tenho uma grande tendência de ser solitário.

Enquanto estou a percorrer o grande corredor central, tento não me importa com os diversos olhares que estão direcionados a mim, tanto direto quanto de soslaio, olhares que chegam a incomodar bastante, cujos até queimam por saber que cada pessoa está até secar com os olhos, ambos então olhando minhas roupas e meu físico, outros a cochichar.

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