Capítulo 7

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     Alex

         Acordei com Cris pulando em cima de mim, minha mãe levaria eles para a escola hoje, enquanto eu ia no meu carro. Eu e minha mãe não temos um bom relacionamento.

         - Cris para, por favor... - Era a mesma coisa que falar com a parede. - A você não vai parar, né? - Ele parou e me olhou estreitando os olhinhos. De repente me virei, mais ele foi mais rápido  que eu e saiu correndo, me dispus a correr atras dele, mais assim que sai pela porta dei de cara com minha mãe.

         - Aqui é lugar de correr? Tenha modos mocinha!

         - Abaixei a cabeça e nem dei resposta, voltei ao meu quarto, me arrumei e sai sem nem me despedir.

          O caminho até a escola foi tranquilo, mas não pude deixar de me lembrar de Ashley, vê-la derrubar lagrimas me doeu mais do que qualquer coisa, mas eu não podia esquecer de tudo e simplesmente ficar com ela. As feridas ainda são muito profundas, mais algo me dizia que faze-lá sofrer não ia me ajudar em nada. Assim que entrei na escola já enxerguei "S", ela me acompanhou até a sala de aula, não conversamos sobre nada especifico, ela não me perguntou sobre Ashley e eu não quis falar sobre ela, então tudo estava tranquilo. A primeira aula estava correndo normal, a professora de matemática explicava a matéria  e eu tentava prestar atenção, mais não parava de pensar do porque de Ashley não ter vindo a escola. Comecei a ficar preocupada, mais eu não podia simplesmente chegar na amiga dela e perguntar o que estava havendo né? Até que escutamos batidas na porta, meu coração se encheu de esperança, a professora abril a porta e conversou por alguns minutos com alguém que não dava pra ver, até que ela da passagem a uma Ashley que despedaçou meu coração. Seus olhos estavam vermelhos e inchado, ela estava muito abalada. 

             Ela se sentou no seu lugar de costume, de vez em quando olhava para ela, e a via de cabeça baixa. Ouvi um soluço e a olhei, ela estava se derramando em lagrimas, sem conseguir se conter, eu a olhava cada vez com mais preocupação, que diabos estava acontecendo com ela? Será que foi minha culpa? Assim que o sinal bateu ela saiu que nem uma bala. Já chega! Fui atras dela, ouvindo Serena falar algo atras de mim. Ashley entrou no banheiro e quando eu ia entrar " S" segurou meu braço.

              - Você ficou louca? O que você vai fazer? - Eu a olhei, queria muito poder virar as costas para ela, mais ela já tinha estado ao meu lado varias vezes, eu devia isso a ela, ou era isso que eu tentava me fazer acreditar.

             - Eu não posso deixa-lá assim. "S" eu sei tudo que vai me falar, e talvez você tenha razão, por isso te peço para não falar nada. Só me deixa ir... - meus olhos eram suplicante, eu sabia que ela tentaria me convencer e talvez o fizesse, por isso não podia ficar para ouvi-lá. Até que sua atitude me surpreendeu e ela me soltou, me olhou fixo nos olhos e eu pude jurar que seus olhos me apoiavam, eu devia querer muito isso para estar vendo coisa, ela se afastou de vagar e se virou voltando em direção a sala.  Não pensei duas vezes e abri aporta entrando logo em seguida, ela estava com os braços na pia com o corpo um pouco curvado, sua cabeça baixa com os cabelos caído em volta do rosto. - Você está bem? 

              Assim que ela me ouviu levantou o rosto me fitando pelo espelho, limpou as lagrimas correndo. Não consegui me segurar e por impulso me aproximei colocando minha mão em suas costas lhe fazendo um carinho leve. 

              - Pode  conversar comigo se quiser... - ela se desvencilhou de minhas mão e se virou de frente pra mim. Me olhando intensamente. - Quer me contar o que aconteceu? - minha voz era carregada de preocupação. Ela me olhava com raiva e com dor, ela tentava ser forte para não chorar, a puxei para meus braços, mas ela não queria e começou a me empurrar.

                -  ME SOLTA!... Você não tem esse direto! - A soltei um pouco, agora ela chorava mas seus olhos ainda contia vestígios de raiva, não sei o que estava acontecendo mais eu não viraria as costas para ela. 

               - Eu me importo com você... Me deixa te ajudar. - ela riu sarcástica, e eu engoli em seco a centímetros dela.

               - Se importa... Não foi isso que demostrou desde que eu voltei. Ah e eu voltei por você, mais acho que ainda não percebeu isso, não é mesmo.

              - Eu não percebi... Você queria o quê? Que eu te recebesse com flores e balões, você acabou com minha vida quando resolveu ir embora sem ao menos se despedir de mim...

              - E acha que eu passei o que Alex?... Eu também sofri e ainda mais eu... Ah deixa pra lá. - ela passou por mim me empurrando, segurei seu braço a trazendo de volta.

             - Não importa o que aconteceu no passado, eu.. eu... - ela cobriu o rosto com as mão, e chorou compassivelmente, seus soluços invadiram todo o banheiro, meu coração se cortou. A puxei pelo braços tentado abraça-lá mais ela agora dava socos desesperados contra meu ombro e peito, segurei seus pulsos com força e os prendi entre a gente de um jeito que eu poderia abraça-lá e ela pudesse se desmontar sabendo que eu a seguraria. sussurrei para ela "estou aqui... estou aqui com você".  Os minutos se passaram sem que a gente se desgrudasse, mais agora ela já se acalmava.

              - Porque está fazendo isso? - sua voz era doce de novo e calma.

               - Prometi que sempre cuidaria de você... E eu não estava mentindo.- Ela se separou um pouco para me fitar. Seu olhos era apaixonante, o verde de seus olhos estavam muito claro.

              -  Foi por isso, que me ajudou na festa... Por uma promessa?- Seus olhos demostravam desapontamento.

              - Por que não me conta o que ouve? - Ela deitou a cabeça em meu peito como se uma forte dor a atingisse, segurei com carinho sua cabeça, fazendo leve massagem em seus cabelos.- Um dia eu te conto minhas razões, hoje queria apenas fazer você rir, o que acha?

             - Acho que não será uma tarefa fácil.  

            - Mas eu posso tentar, - dou um sorriso manhoso - e não vou te largar até ter um sorriso seu. - Ela me olha surpresa, mas por mais que tentasse afasta-lá meu coração era dela, e jamais a deixaria assim. Te-la em meus braços foi algo perfeito.

            Voltei a abraça-lá , até que levantei o seu rosto e sem pensar beijei sua bochecha, mais na hora de nos afastar nossos lábios ficaram tão próximo que pudia sentir sua respiração quente em meus lábio, umedeci meus lábios com a língua, até que me dei conta do que estava acontecendo e me afastei balançando levemente a cabeça. 

             - Tenho uma ideia... Vem comigo. - Abri um sorriso e estiquei a mão para que ela me desse a sua, assim que ela o fez, a puxei para fora do banheiro. Tomamos o máximo cuidado para que ninguém nos visse. Saímos para fora, tinha uma grande área gramada em volta da escola, nós corremos em direção ao estacionamento, ao chegar desativei o alarme do carro vendo ela parar bruscamente atras de mim, me virei e ela me olhou assustada. 

     

The last HopeOnde histórias criam vida. Descubra agora