Capítulo 7

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Magnus estava nos céus. Cada terminação nervosa de seu corpo que Caroline tocara pegava fogo.
Se continuasse assim, logo explodiria de desejo.

Tudo havia começado como um jogo, um jogo de domínio.
Quando entrara no quarto e a vira sentada na cama, os olhos arregalados e lábios apertados, algo dentro dele se rebelou contra uma esposa que submeteria seu corpo apenas por obrigação.

Ainda bem que tinha presença de espírito para rir. Pelo menos era melhor do que a raiva que o consumiu por um instante.

Mas conseguira fazer com que ela o desejasse. Caroline gemera e estremecera ao seu toque. Queria que fosse assim, mas a semana inteira só conseguia pensar que na noite de núpcias, quando estivesse deitada sob seu corpo, deixando-se possuir, era em troca de dinheiro que o fazia.

Bem, mas naquele momento ela seguramente não pensava em dinheiro. Ela respondia ao beijo com suaves investidas de sua língua. Estava se entregando ao prazer e deixando-se controlar .

O problema era que Magnus quase não conseguia mais se controlar, e estava disposto a arriscar tudo.
Já sentira uma pele tão suave? Já tivera uma visão tão deslumbrante quanto a de Caroline com sua camisola azul e os cabelos caídos nos ombros?
Deitou-a no travesseiro e maravilhou-se com o brilho dourado dos cabelos realçados com a luz da vela. Estava tão linda ...

— Você não vai apagar a luz? — perguntou ela, olhando para o candelabro.

Não era bem sua intenção, afinal de contas queria apreciar cada nuança, cada parte daquele lindo corpo virgem. Contrariado, soprou as velas.

Em seguida, tirou a roupa.
Suas mãos tremiam ao desabotoar a calça. Jogou-a no chão, tirou os sapatos e as meias. Deitando-se ao lado dela, Magnus surpreendeu-se com sua frágil figura. Passou suas mãos largas ao redor da fina cintura.

Ah, que curvas perfeitas ... Lembrava-se delas desde o primeiro encontro, quando ousara tocá-la.

Magnus colocou-se sobre ela e desamarrou a fita da camisola. Puxou-a para cima e tirou-a.
Quando Caroline levantou as mãos para cobrir os seios, ele segurou-as com determinação.

— Magnus ... E adequado o que estamos fazendo?
— Nada é inadequado quando se faz amor, Cara mia. Não existem regras no que estamos fazendo hoje.
A mão de Magnus subiu pelo corpo e parou na curva de seus seios. Caroline gemeu e enrijeceu. Procurava ficar quieta, e os sons que os lábios dela tentavam não emitir quase enlouqueceram Magnus. Ele foi beijando-lhe o pescoço, a nuca, o colo, até chegar aos mamilos.
— Magnus, o que está fazendo? — perguntou, arqueando o corpo.

Ele sorriu e desceu a mão até suas coxas. Caroline era uma mulher alta e tinha pernas bem compridas. Fechou-as depressa, temendo o que iria acontecer.
— Deixe-me acariciá-la, Cara — murmurou ele, olhando-a nos olhos. — Quero sentir se está pronta para mim.
— Eu ... Eu estou pronta — hesitou.
— Não apenas psicologicamente, meu amor.
Obediente, Caroline permitiu-se afastar as pernas.
— Confie em mim. Serei gentil, embora talvez não possa evitar a dor.
Erguendo os quadris, Magnus se posicionou e penetrou-a com calma.
Caroline retesou o corpo, uma reação natural na primeira vez. O conde sentiu a barreira, pensou em parar, mas não foi capaz.
— Você está bem? — perguntou ele, preocupado por Caloline não estar reclamando da dor. — Eu a machuquei?
— É só isso? Não machucou nada. — Ela pareceu espantada. E aliviada. Magnus sentiu o corpo relaxar em seus braços. Com mais segurança, começou a fazer movimentos cautelosos.
Em poucos segundos, ele notou que não conseguiria se conter por muito mais tempo. O clímax veio em seguida, em grandes tremores, e um gemido escapou-lhe dos lábios.
Magnus ficou imóvel enquanto seus batimentos cardíacos se acalmavam. Sabia que a partir deste dia jamais seria o mesmo homem.
— Caroline — sussurrou.
— Sim? — Sua voz rouca soou com sensualidade e uma pontada de incerteza.
— Você sentiu prazer?
— Eu ... Não sei o que está querendo dizer. — Caroline era muito tímida para comentar qualquer coisa naquele momento.
— Essa sensação vai aumentando até que se chega ao auge. Você sentiu algo parecido?
— Como o que aconteceu com você? — perguntou.
Magnus afirmou com um gesto de cabeça.
—Não.
— Eu a ensinarei a apreciar o ato sexual e me empenharei para que sinta o prazer total.
— Hoje?
Magnus sorriu e apoiou a cabeça na mão.
— Quando estiver pronta, minha querida. E não esqueci minha promessa de experimentar cada parte de seu corpo, mas não esta noite. Você já teve experiências demais para um só dia. — Ele se afastou, acomodou-se ao lado de Caroline e ficou acariciando-lhe os cabelos.
— Durma, Cara mia.
— Magnus?
— Sim?
— Boa noite — disse, mas ele sabia que tencionara dizer outra coisa.

Rosas à Meia-NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora