Capítulo 10

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Em sua visita ao irmão, Caroline percebeu que sua saúde havia melhorado um pouco
graças ao novo medicamento. O médico estava convencido de que a única saída para a total recuperação seria a internação em uma clínica de repouso, mas o preço era exorbitante.

Audrae confortou a filha, salientando que o tratamento vinha surtindo efeito e que talvez um dia tivessem dinheiro para custear a internação na clínica. Esse dia só poderia ser após a morte de Magnus, quando Caroline teria acesso à fortuna do conde de Rutherford.

Apesar das novidades sobre James, ela sentia-se péssima.
Mostrava-se apática e triste, ansiando algo que não sabia decifrar. David viera passar alguns dias com eles, e Magnus passava a maior parte do tempo cuidando de negócios. Era cortês, porém distante.

Nem mesmo a chegada de suas roupas novas a animou. Na medida em que a preocupação com o garoto diminuía, a empatia pelo homem que dominava seus pensamentos crescia e, com grande ironia, percebeu que não minimizara sua dor ao se casar com Magnus. Apenas trocara um pesadelo por outro.

Será que o conde a convidaria para sua cama ou ela teria de tentar uma aproximação? O que ele pensaria se agisse assim? Será que esperava escutar algo da esposa?

A verdade é que Caroline sentia uma ansiedade incontrolável. Haviam passado apenas uma noite juntos. Embora relutante em admitir, queria viver novamente todas as sensações.
Decidida, escolheu um belo penhoar de seda em seu novo guarda-roupa.

A sra. Dungeness era bastante talentosa, notou, pois o traje verde-claro lhe caíra como uma luva. Então caminhou até a porta de conexão e bateu.
Sabia que havia alguém no outro aposento pois escutara barulhos. Temeu que fosse Arthur ou o criado pessoal de Magnus, mas antes que pudesse voltar atrás, a porta se abriu.
Os olhares dos dois se encontraram.

— Eu ... Eu gostaria de agradecer-lhe adequadamente. — disse Caroline, tentando sorrir com a brincadeira. Magnus parecia irritado, mas um segundo depois a segurava em seus braços. Seus lábios tocaram os dela em um acesso de desejo.
Sem interromper o beijo, o conde a levou até a cama e deitou-a.
Atordoada com a intensidade da resposta do marido, ela observou-o afrouxar a gravata e logo em seguida tirar a camisa. Não lhe pediu para apagar as velas pois a ânsia de examinar cada parte daquele corpo era irrefreável.

Os contornos esculpidos com extrema perfeição revelaram-se por completo quando as calças deslizaram por suas pernas musculosas, e em seguida, seus trajes íntimos. Magnus ficou nu, iluminado pelo brilho dourado como um glorioso deus da mitologia grega.

As ondas de desejo que a consumiam começavam a enfraquecê-la. Ela esticou os braços para o marido, almejando sentir a pele dele contra a sua.
Entretanto, Magnus puxou-a para cima, deixando-a ajoelhada a sua frente na cama. Caroline não baixou os olhos enquanto desabotoava o penhoar. O conde ajudou-a a tirar a camisola. Seus mamilos, intumescidos, ansiavam sentir as mãos do marido.
Caroline quase desmaiou de prazer, quando ele a tocou e, logo em seguida, sentiu a língua úmida e quente em seus seios, experimentando cada pedacinho de seu corpo. Ela se deliciava e mordia o lábio para conter o grito.
— Desta vez você conhecerá o prazer total, minha querida. — sussurrou Magnus, deitando-a.

Ele começou a acariciá-la na parte mais íntima de seu ser. Caroline tentou protestar, mas não conseguiu juntar forças o suficiente. Um desejo ardente começou a possuí-la, e ela se entregou por inteiro ao marido, ansiando prazer, ansiando libertação.
Alguns instantes depois, Caroline alcançou o êxtase. Cada terminação nervosa pulsava, percorrendo seu corpo como pequenos choques, mantendo-a no topo durante o que pareceu uma eternidade.

Sem permitir que se recuperasse, Magnus a penetrou e a sensação de senti-lo dentro de si foi o auge. Não conseguia pensar, apenas sentia-o com deleite. Em poucos instantes, Magnus também chegou ao prazer total.
Sem fôlego, rolou para o lado, ficando bem perto da esposa.
— Eu não disse que a beijaria em todos os lugares? — disse ele com um sorriso maroto.
— Você é realmente um sem-vergonha — brincou Caroline.

Rosas à Meia-NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora