Capítulo 13

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— Você está acordado!

Magnus não respondeu. Ainda se sentia fraco, mas não o suficiente para não notar a beleza da esposa que usava um vestido lilás que delineava os seios e cintura perfeitos.
Caroline sorria, e ele sentiu vontade de beijar seus lábios.

— Você parece bem melhor — disse, tocando-lhe a testa.

— Ficou aqui a noite toda?

— Sim. Vim depois que Arthur o acomodou. O pior já havia passado. Eu apenas fiquei ao seu lado.

Ele levou a mão à cabeça.

— Não me lembro de nada.

— Você adoeceu na noite retrasada, antes .

— Dois dias? Perdi a consciência por dois dias?

— Calma. Sim. Foi um ataque muito forte. Você ficou inconsciente a maior parte do tempo.
Encantado, Magnus observava a luz do sol iluminar-lhe os cabelos loiros. Adorava aquela mulher.

— A maior parte do tempo? Tive alguns sonhos estranhos. Não consigo me lembrar direito, mas algumas imagens iam e vinham com frequência.

— Você delirou — explicou Caroline.

— O que eu falei? — perguntou ele. Só Deus sabia o que poderia ter escapado daqueles lábios.

— Não consegui entender quase nada. Que bom que não ficou bravo, Magnus — disse ela, mudando de assunto. — queria ficar a seu lado, como qualquer esposa faria. Será que pode permitir, se não por você, por mim?
Ele ficou em silêncio enquanto considerava a pergunta.

— Admito que foi um conforto saber que esteve comigo. E como você é uma esposa desobediente e teimosa, acho que devo concordar.

— Sabe — disse ela, ajudando-o a sentar-se na cama-, estava pensando no riacho. Lembra-se do lugar em que você me mostrou o delta?

—Sim.

— Fiquei imaginando como deve ser lindo na neve. Acho que podemos dar um passeio até lá quando você se recuperar.
Magnus lançou-lhe um olhar insolente.

— Está me convidando para fazer amor naquele lugar?
As faces dela se tornaram subitamente rubras, e ele se divertiu. Caroline o surpreendeu com mais um sorriso.

— É muito frio!

— Prometo que não sentirá nada — disse ele, tocando-lhe os lábios com os dedos.
Pelo visto Magnus realmente não ficara enfurecido com a desobediência dela.
Era difícil entender a preocupação de Caroline. A decisão não estava mais em suas mãos e, pela primeira vez depois de muito tempo, dependia de alguém que não recebia nada em troca para cuidar dele. Seu orgulho se exasperou, mas outra parte de seu ser havia se tranquilizado. A mudança, por mais inexplicável que fosse, era bem-vinda.

— Magnus, sinto muito, mas não concebi este mês.
A notícia veio como uma grande decepção, mas ele não a demonstrou.

— Bem, então acho que devemos tentar mais. 

— Pelo visto você já melhorou bastante, mas se planeja se exercitar tanto, é melhor descansar mais um pouco

— Eu detesto ser mimado — protestou o conde. – Estou faminto e não aguento mais ficar na cama.

Rosas à Meia-NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora