Natiese em: Namoro ou amizade? (2 temporada)

Capítulo 3

— Me solta, Henrique! Você está me machucando! — disse Priscilla, tentando-se afastar dele.

— Eu estou? Você ainda não viu nada, garota!

— Eu não sei o que você quer com isso... Mas o que tenho para dizer é que a Natalie é só uma amiga.

— É? Mas não confio em você! Por isso, venha até o meu carro agora!

— Não! Me solta!

— Cale essa boca e venha!

Os dois caminharam até o carro dele. Rodrigo notou a demora da amiga e saiu para ver o que tinha acontecido. Não tinha ninguém na porta. Mas deu um sorriso e falou consigo mesmo:

— Safadinhas!

Dentro do carro, Priscilla observou Rodrigo entrar novamente na casa. Em seguida, ela voltou o olhar para Henrique, que agora estava pegando um cigarro na carteira. Depois ofereceu para ela.

— Pegue...

— Eu não fumo. — disse ela, em tom sério.

Ele sorriu, pegou o isqueiro e acendeu um cigarro. Agora estava mais calmo e disposto a desabafar sobre o que estava sentindo. Não queria nem pensar em perder a Natalie, e ver alguém fazendo a sorrir parecia ser um pesadelo sem fim.

E Priscilla queria sair daquele carro, mas tinha medo do que ele poderia fazer. Não tinha necessidade daqueles ciúmes. Elas não estavam juntas, pensou ela.

— Pode me dizer o que pretende com isso? Eu e a Natalie somos só amigas!

Ele a mandou ficar em silêncio e tragou mais um pouco do cigarro.

— Olha... Preste bem atenção ao que eu vou dizer... Porque vai ser importante para você. — disse ele, encarando ela. — Eu não sou louco, Priscilla... Mas posso ficar se roubarem o que é meu.

— Sinceramente, eu não estou entendendo nada. Eu não quero a Natalie para mim.

— Ok... Fale o que quiser. — deu um sorriso irônico. — Eu só sei que você não me engana, porque ela ficou um mês só falando de você e do frutinha do seu amigo.

— Não fala assim do Rodrigo! — ela levantou a mão para ele, e ele pegou fortemente no braço dela.

— Vai fazer o que, hein?

— Me solta, Henrique!

Ele a soltou e continuou a conversa:

— Eu já sei que ela te convidou para fazer um filme de sapatonas que aquele diretorzinho gay do Vitório vai lançar. Mas eu vou te dizer uma coisa... — apontou o dedo para ela — Se você se aproveitar da minha namorada nas cenas, eu te mato. Entendeu?

— Não aponta o dedo para minha cara! — ele se afastou — Eu sou atriz, Henrique. Tudo que acontecer nesse filme não vai passar de um trabalho como qualquer outro. Então não tem motivos para você me ameaçar desse jeito. Vocês dois vão se casar no sábado, cara! A Natalie te ama! Será que você não vê isso?

— Talvez é você que precise se lembrar disso... Eu vi como você olha para ela... E no restaurante, quase topei vocês duas se beijando.

— Cara, você é muito perturbado! Não existe nada entre eu e ela! Agora posso sair desse carro?

— Pode... Mas lembre-se do que eu te disse... Estamos combinados?

Priscilla saiu rapidamente do carro e disse: