Capítulo 3

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Estranhei o facto de minha casa continuar inteira. Claro que não está silenciosa, ouve-se discuções da sala, mas nada anormal. Enquanto hidratava minha pele só de roupão, meu quarto foi invadido, por Levy e Mira.
L- Meninas! O que se passa? Porque invadiram meu quarto?- perguntei ainda surpresa por elas serem as autoras de tal invasão, e não Natsu ou Erza.
Le- Precisamos falar.- disse ela séria, estranhei. Vesti uns calções jeans e uma blusa bariga fora preta de alsas e um decote quadrado. Sentei-me na poltrona de frente para elas que estão na cama. Dei sinal para que começassem a falar.
M- Tu tens de ter em conta que o facto de teres te afastado do Natsu é sério.- suspirou. - Lucy, o Natsu precisa de uma companheira o mais rápido possivel. Não há palavras capazes de descrever qual o tamanho do perigo que tu, ele e todos nós corremos pelo natsu não ter uma companheira.
L- Eu entendo, mas o que eu tenho a ver com isso? Porque não dizem isso a ele?- perguntei confusa e vi-as comunicarem-se pelo olhar.
Le- Lucy, o Natsu já falou-lhe disso não?- acenei em resposta.- E tenho a certeza de que ele lhe pediu para encontrar a sua companheira, não?- acenei em concordância novamente.- O prazo é de um mês , foi o que ele disse.- não respondi sendo que esta não era um pergunta.- Lucy, presta bem atenção: só tu podes nos livrar desse perigo e, em contrapartida fazer o Natsu mais forte e acabar com as dores constantes que te cercam. Sendo que ele não é um DS normal, Natsu só tem duas semanas. Eu e a mira mais do que ninguém sabemos quão doloroso pra ti é encontrar essa rapariga. Literalmente.- disse como se realmente entendesse o que eu sinto.
M- E pode ficar tranquila, nem eu, nem a Levy muito menos a Lisana somos as companheiras dele. Mas cuidado para a encontrares tens de encontrar aquela que se aproximaria dele sem ter medo da morte que habita nele, aquela que se encaixará em seus braços como se lá pertencesse, aquela que daria a vida para pela felicidade dele. E claro que Lisana não sabe que a dona do coração e do Dragão dele está bem mais perto do que imagina, e só a tal menina pode tirá-la de perto dele, por isso não te demores muito, quanto mais tempo sem a companheira ele passar, mais forte END fica.

No final, vinham levar cobertores para que pudêssemos nos cobrir neste frio e assistir um filme.
E-   Vai ser terror. Está decidido.
G- Não! Vai ser acção.
La- De jeito nenhum! Vai comédia.- vi Erza ficar irritada e mandar todos fecharem as bocas.
E- CALEM-SE!- com essa até o grilo do silêncio calou-se. Ela respirou fundo - Óptimo! O filme será terror, sem discuções!- eu estou tecnicamente, literalmente feita. E de frente para a televisão estavamos nós, e Natsu ao meu lado. Se cheiro está inebriante. É difícil contralar-me. Mas por um lado é bom, desconcentrada assim eu não presto atenção no filme. Natsu carregou-me pela cintura e me pôs em seu colo. Ninguém viu ou fingiram não ver. Mas o que interressa não são eles e sim a reação do meu corpo sob  contacto das mãos de Natsu com a minha pele. Não resisti, nem me debati. Na realidade, eu não consigo ter uma reação negativa ao toque de Natsu. Em resposta ao acto, encaixei minha cara entre o ombro e seu pescosso, sentindo seu forte odor. Natsu arrepiou-se com meu acto.
N- Luce... cuidado, isso pode sair de controle.- eu sinto isso também
L- Eu sei mas eu não consigo parar. Se não me tirar daqui eu não sei até onde posso chegar.- disse com a voz rouca. Ele suspirou quando eu passei a dar leves e molhados beijos em seu pescosso.
N- Se pra ti é difícil, imagina pra mim mas, tu podes te arrepender depois e isso me causaria uma enorme dor. E com certeza a ti também.- eu sei disso, mas eu simplesmente não consigo parar.
L- Eu sei mas, seu cheiro..., eu não sei o que ele faz comigo, é algo forte quase impossível de se controlar.- essas palavras pareceram acabar com o resquício de razão que restava nele.
Natsu numa reação rápida, colocou-me de frente pra ele ainda no colo dele e me beijou. Ele me beijou! Apesar de estar, de início, em transe, eu fiquei surpresa com tal acto o que, por incrível que pareça, retribuí quase que imediatamente. Senti-me satisfeita, encaixada no meu lugar, um lugar de onde eu na quero sair. Quente, a atmosfera está a ficar quente mas estranhamente acolhedora. Cada pelo meu está irriçado, eu estou em pleno processo de combustão.Neste momento desejei não precisar de ar para não acabar com esse momento celestial mas, isso não aconteceu e tivemos que nos separar.
N- Te arrependes?- neguei.- Eu também não. Mas se eu te perguntasse agora se gostas ou não de mim, saberias responder-me?- estranhei
L- É claro que eu gosto Natsu, que pergunta é essa?-  vi-o sério.
N- Aquela a que me negas a resposta. Sinceramente falando Lucy, saberias ou não?- eu sei do que ele fala mas nao sei nomear isso, ainda.
L- Eu não teria um nome para dar a isso que sinto.- respondi baixo cabisbaixa. Ele elevou minha face com suas grandes mãos fazendo-me olhar directamente em seus olhos cor d'onix
N- Luce, serias capaz de abandonar tudo por mim? Tu serias capaz de deixar a guilda por mim? Quão grande é esse sentimento?
L- Eu Natsu, não sou capaz de delimitar meus sentimentos por ti. Mas eu enfrentaria qualquer dor para ver esse seu belo sorriso e ouvir sua gargalhada. Eu só . . ., quero pedir para eu não peocurar sua companheira, isso é doloroso, literalmente.- vi um sorriso de lado desenhar seus lábios.
N- Essa missão não pode ser cancelada Luce, mas tu estás perto de encontrá-la basta continuares a ser tu.- neguei
L- Natsu, eu não quero encontrá-la, eu não quero encontrar a mulher que é dona por direito do seu coração, amor e Dragão. Não quero encontrar alguém que vai pôr limites na nossa amizade e mais ainda pôr limites na nossa proximidade e palavras, eu simplesmente não consigo isso.
N- Isso não é algo que se possa evitar Luce. Porque eu sinto que tal como eu tu ja sabes quem é ela só não sabes que sabes.- é confuso - É confuso eu sei mas tu entenderás. Só não te afastes de mim, eu preciso de ti.- aí eu vi que esse assunto só seria abordado novamente quando eu encontrasse essa mulher. Estamos em silêncio agora. Pois é. Silêncio. Que estranho, onde está o pessoal?- Eles carregaram as bagagens vulgo comida e foram embora.
L- Nem podiam avisar. E como é que eu não os ouvi?
N- Estavas demasiado oucupada para percebê-los. - corei e ele riu surpreendendo-me com um simples mas significativo selar de ábios.
L- Vamos, vamos dormir. Eu estou com sono. - ele tornou a rir e concordou deixando-me saí de seu colo e rumei ao quarto para me deitar. Depois de arrumar a cama, deitei-me de lado, para logo depois sentir Natsu abraçar-me por trás. Nesta noite, depois de três semanas vi-me envolvida por um sonho bom sem preucupações, pena que pra mim quase nenhum tempo resta para aproveitar.

Minha companheiraOnde histórias criam vida. Descubra agora