Epílogo

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Magnolia é uma cidade linda, alegre e hospitaleira, mas eu acho que erraram no nome. Não devia ser Magnolia, devia ser Fenix, por causa das vezes que fora destruida e reerguida. Passaram-se dois meses desde a grande batalha. Desde a batalha que decidiu o destino do mundo. Desde que Zeref morreu. E, desde então, Natsu desapareceu.
Ainda me recordo de como terminou aquela batalha, do alívio, Deus que me perdoe, que foi ver Zeref desfazer-se em cinzas negras que foram levadas pelo vento.

Natsu" meu dragão, meu companheieo, meu amor. "Não podes me deixar."  eu mal tinha voz para sussurar " EU NÃO TE DOU PERMISSÃO! NÃO TE DOU!"  nem despedir-se ele despediu, eu só queria ele ao meu lado, para sorrir e chorar, para amar e sofrer, para cair e levantar, para reinar.

Olhei ao redor, Hargeon estava destrida, assim como toda a Fiore, assim como meu coração.
"Lucy" olhei em direcção á voz que me chamava e vi minha mãe. " Tens que te levantar." Não respondi " Tens que reparar Heartland antes que os danos sejam permanentes"
" Reparar? Reparar? E quem vai reparar o meu coração? Quem vai trazê-lo de volta?"  e ela sabia que mesmo que houvesse uma resposta para aquela pergunta nada serviria naquele momento, naquele momento eu morria junto com meu companheiro. E eu já me sentia desfalecer, mas os outros não tinham culpa por isso levantei-me e recitei em transe um feitiço o qual não me recordo, feitiço esse que restaurou toda a  Fiore e, reviveu todo o inocente que fora morto nas ultimas 48 horas. Não sentia mais meu corpo só queria voltar para meu dragão, mas ele já não estava lá. Caí no chão já sem forças nem para chorar, e fiquei lá meio viva meio morta até tudo entrar novamente nos eixos e eu ser notada pelos cidadãos que ja faziam suas actividades como
se nunca as tivessem abandonado.
Voltar para casa foi algo fácil, tomando em conta o facto d'eu estar no modo automático. Mas foi ao entrar que me dei conta de que jamais seria a mesma coisa, jamais superaria a sua falta. Eu não conseguiria viver sem ele. Não sei como e nem em que momento mas eu já estava no sofá, rodeada por lágrimas que vertiam sem controle.
Não demorou muito para Erza, Mira e Levy aparecerem no meu apartamento e me encontrarem do jeito que estava desde que havia chegado. Eu não sabia quanto tempo tinha se passado, mas sabia que elas jamais me deixariam daquela forma e sozinha.
Erza sentou-se  no sofá, me colocou em seu colo para logo asseguir afagar meus cabelos. Mira e Levy ajoelharam-se em frente de mim e olharam-me tristes, o que só intensificou a torrente de lágrimas que vertia de meus olhos.
M– Lucy... – suspirou – Eu não sei, não conheço a magnitude da dor que sentes. Eu até posso imaginar mas não, nunca sentir.  – Eu quase me iludi pensando que ela entendia minha dor, mas ela só podia imaginar mesmo, nada mais que isso.
Le– Nós não somos portadoras de boas notícias. – vi-a olhar para Erza que deve ter negado com um aceno de cabeça. Suspirou. – Só tu Lucy, só tu podes nos dar a certeza da morte de Natsu. – ar, ar. Não consigo respirar. Meu ar, meu Natsu.

Abro os olhos e reconheço a enfermaria da guilda e mais uma lembrança que... Me assola? Me conforta? Eu não sei.
Saí em direcção ao salão da guilda onde o pessoal se encontrava. E tudo me pareceu tão irregular, tão distante daquilo que é a guilda feliz para qual me engressei. Tudo não seria jamais o mesmo. Não sem ele.
Ao me aproximar olhei para todos, reconheci até membros d'outras guildas, de guildas que só apareciam para manter relações diplomáticas connosco. Não consegui expressar uma reação às figuras prostradas diante de mim. Olhei para ela que me desafiava sem poder, sem armas, sem onde se esconder. Nada me impede de dizimar-lhe a vida, excepto que não quero reinar sem ele. Apenas neguei e me sentei numa mesa distante, de tudo e todos. Sem me importar com os sorrisos sarcásticos, ou expressões de puro fingimento, qprnas recordando cada sorriso lindamente sincero que ele me dedicou. Cada palavra de conforta que dele recebi e cada noite juntos  que mesmo ignorantes acerca, bom, pelo menos eu, sabíamos ser o melhor Lugar do mundo pra se estar.
“ Porque ela sobreviveu? Ela devia ter morrido junto dele" “ Talvez não fosse sua verdadeira companheira." Eu os ouvia a distancia agora, ninguém podia imaginar que agora eu fosse uma Dragon Slayer e descobri que meu dragão simplesmente odeia o facto deles caluniarem e substimarem minha dor.
Levantei-me pronta para ficar debaixo da nossa Sakura quando Happy me abraçou derepente e foi nesse momento que encontrei alguém com a dor ligeiramente próxima a minha. A dor de perder um Pai, o melhor amigo, toda a sua familia. Nunca lágrimas de Happy carregaram tanta dor,e senti como se um filho meu sofresse, e algo novo em min aflorou.
L– Vamos aprender juntos a dominar essa dor, com as lindas e doces lembranças dele como nosso pilar. Hoje somos ar, não temos consistência nem suporte, mas somos necessários por isso existimos. Vamos, agora ficarás comigo sempre. – eu sabia que os DS e suas companheiras tinham, provavelmente me ouvido e o resto apenas ficou curioso.
Li– Happy vem até mim, agora! – sibilou para Happy vindo em minha direcção mas manter-se a uma distância “segura”. Happy negou enterrando-se ainda mais por entre meus seios. Eu apenas a olhava. Ela não o queria consolar, muito pelo cintrário, Ela não tem capacidaze de sentir nada alem do egoísmo estupido que compõe cada célula dela. – Happy vem! Eu sou sua mãe não ela.– Happy apenas negou com a cabeça e se agarou fortemente a mim e vendo sua angústia, virei-me e saí da guilda.

Minha companheiraOnde histórias criam vida. Descubra agora