24 de dezembro de 2016.
Eu adorava as festas de fim de ano. A família toda reunida, aquela ceia na mesa, aqueles presentes no pé da árvore de natal... enfim, aquela alegria contagiante. Não esse ano. Talvez eu tenha decorado a casa inteira junto com Andrew, só pra sentir essa sensação novamente. Mas foi inútil.
Me levanto, escovo meus dentes, tomo um banho, e visto uma roupa. Por sorte, Hector guardou os contatos da Nadia e do Mark. Compro um celular novo, e os convoco pra cá. David e a filha de Mark estão dormindo. E não tem perigo deles perceberem eles aqui. Eles chegam exatamente no mesmo horário.
-Bom, tenho que falar com vocês sobre algumas coisas. Vou começar com algumas perguntas. Quantas pessoas Henrique tem?
-Três. Eu, Nadia e Filipe.-responde Mark.
-A minha preocupação é com esse Filipe. E se ele descobrir?-eu digo.
-A gente pode tentar trazer ele pro nosso lado. É só sequestrar alguém da família dele. Já fizemos isso antes. -diz Jhon.
-Filipe não tem família nem amigos. E isso seria muito arriscado. Ele nunca se renderia. Bom eu acho que se tomarmos cuidado ele não vai nos perceber.
-Ok. Mas o que exatamente vai acontecer na virada? -pergunta Nadia.
-Olha, tem uma rua aqui perto que é meio vazia. E quando é a virada, todos que moram lá vão ver a queima de fogos na praia. Vocês podiam dizer para Henrique que por ali é o caminho da casa que a Lauryn está e lá pegarmos ele. -diz Jhon.
-É uma ótima ideia!-diz Mark.Nós ficamos discutindo o nosso plano. E eu decidi revelar logo a eles que tem outras pessoas comigo. E o plano vai ser o seguinte.
••••••••
• Hector, Agatha, Kennya e Jhonatan vão ficar em cima de duas casas, e vão fingir atirar nos pneus do carro.
• Eu e Andrew vamos ficar escondidos nas laterais das casas esperando o sinal da Nadia.
• Nadia vai sair pra fora do carro como se não soubesse de nada para ver o que houve nos pneus. Então, ela vai colocar uma mecha de cabelo para trás da orelha, em sinal que eu e Andrew podemos ir. Andrew vai apagar Filipe e eu vou apagar Henrique.
• Mark e Nadia vão ir com Henrique desmaiado no carro até a casa abandonada que Henrique está. Eu e o resto da turminha da alegria vamos em outro carro até lá. Chegando lá vamos torturá-lo e chamar a polícia. Quando a notícia que ele está preso se espalhar, eu vou até a polícia mais próxima, e vou dizer que estava me escondendo porque Henrique me ameaçou, e blá blá blá. Então vou dar o prometido a cada um.
• Isso tudo vai começar 23:50. Eu e a turminha da alegria vamos estar nas nossas posições 5 minutos antes. E pretendemos acabar até 00:30.
••••••••
Todos toparam. Mais tarde, eu e Andrew preparamos as coisas da ceia. Ficou tudo uma delícia. Quando dá 23:00 colocamos tudo na mesa. Agatha está com a filha de Mark, dando mamadeira e Hector, Kennya, Jhon, e o irmão da Nadia, David, estão conversando no quarto. Quando terminamos de arrumar a mesa ainda são 23:10. Me sento no sofá e ele me convida pra dar uma volta.
-Como é que vai ser quando tudo acabar? Quando você me defender no tribunal? Quando você devolver os familiares do Mark e da Nadia? Quando você dar o dinheiro pra cada um? O que vai acontecer daí pra frente?
-Eu não sei. Quando você souber a resposta, me fala. Bom, acho que vou tentar viver uma vida normal em outro lugar. Já que... nunca vou ter filhos nem marido.
-Nathy nunca vai ter uma mãe que cuide dela. Ah não ser que...
-O que?-pergunto.
-Esqueça...
-Não, me fale.
-Ah não ser que você nos queira. Mas isso não vai acontecer. Então, esqueça.-continuamos andando. Em silêncio. Sem dizer um piu. Quando dá 23:40 nós entramos pra casa. Tomo um banho e visto um macacão jeans, uma camiseta preta e uma sapatilha branca. Todos já estão arrumados. Nós começamos a comer quando dá meia noite. Estamos eu, Andrew, Jhon,Kennya, Hector, Agatha e David. E então, Jhon se levanta, com uma taça de vinho.
-Eu quero dedicar esse brinde a nossa futura vitória. Um brinde.-e todos nós brindamos. Cada um faz um brinde, mas o que Andrew disse me deixou tão pensativa que não presto atenção em nenhum. Mas logo chega a minha vez. Não sei o que dizer, mas mesmo assim me levanto com a taça na mão.
-Err... bem, nunca fui boa em brindes. Mas quero brindar a todos vocês. Kennya, Jhonatan, Andrew, Hector, Agatha... até você, David. Se não estou presa ainda ou se estou mais perto da justiça, é tudo graças a vocês. Então feliz natal. Um brinde.- e nós brindamos. Terminamos de comer. E eles começam a dar presentes pra todos. Não seria sensato eu receber algum presente. Então eu subo até o terraço. Fico olhando o bairro. As luzes. Os carros. A lua. Tudo.
-Oi.-dou um pulo ao ouvir Jhon. Ele ri.
-Não faça mais isso, Jhonatan.
-Sim, senhora. Feliz natal.-diz ele me dando um presente.
-Pra mim?- ele balança a cabeça positivamente.-Desculpa Jhon, eu não posso aceitar. Eu não te dei nada, então...
-Você não me conhece mesmo. Eu não aceito um não como resposta. E se você não aceitar, vou ficar chateado.
-Você é mesmo um fofo.-eu o abraço.-Jhon, se tinha outro quarto na casa, por que você não me falou? Eu poderia dormir lá.
-Me desculpe. Eu queria ficar mais perto de você. Mas se você quiser dormir em outro quarto, eu entendo...
-Não. Eu gosto de dormir com você.-digo e o beijo.-falando em dormir, tá na hora né?
-Pode indo lá, eu só vou dar boa noite pro pessoal. Boa noite.-diz ele. Eu desso pro meu quarto e durmo.
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Minha Doce Vingança
ActionLauryn Schumacher, uma advogada de 22 anos, nascida em uma família rica, está com sua vida praticamente formada. Ela está noiva de Henrique e acaba de comprar um apartamento luxuoso. Mas nem tudo é um mar de rosas, e a vida de Lauryn passa de um par...