Minha Doce Vingança

A trágica descoberta.

Acordo com Henrique falando no celular. Apenas fecho os olhos fingindo que estou dormindo e escuto o fim conversa.
-Eu não quero saber, macaco! Eu quero que você mate a Raquel ainda hoje! E quando eu me casar com a vadia da Lauryn, depois de um mês, acabe com ela também pra mim botar minha mão na grana! Estamos entendidos? Ótimo! Até mais.-diz Henrique.
O PERIGO MORA EM CASA!

Como pude ser tão estupida?! Henrique foi o assassino! Agora tudo faz sentido! Por isso ele queria se casar comigo tão rápido! Que canalha! Eu iria me casar com o assassino da minha família! Mas é claro! Ele deve ter subornado a polícia. Isso me revira o estômago! Preciso alertar Raquel!

Eu espero mais ou menos uma hora antes de levantar para ele não desconfiar. Escovo os dentes, tomo café, tento agir normalmente apesar do choque. Quando vou sair pra casa de Raquel, Henrique diz:
-Ei, onde você vai?
Me arrepio. Respiro fundo e minto:
-Vou para casa de uma amiga, para convidar ela pra ir no cartório conosco.
Estou tremendo.
-Ah, quer que eu vou com você?
Não quero nada de você, seu assassino.
-Não precisa, eu volto logo. Beijo, te amo.-e saio.
Pego meu carro e vou direto pra casa da Raquel. Meu sangue está fervendo. Bato na porta de Raquel e ela abre:
-Oi! Tudo bem?-ela pergunta. Eu entro desesperada e fecho a porta. Ela me olha confusa, e antes que ela possa falar qualquer coisa eu digo:
-Raquel, tem que sumir daqui! Vai pra bem longe daqui! Eu descubri tudo! Tem que sumir daqui! Vai pra outro país! Ou melhor vai pra outro continente! Vai pra bem longe!

-Lauryn, o que houve?! Por que está mandando eu sumir?! O que você descobriu?!-ela pergunta confusa e assustada.
-É ele! Ele é o assassino! Foi ele quem mandou matar nossa família! Ele planejou tudo e agora ele quer matar você! Tem que fugir!-falo desesperada.
-Lauryn, ele quem?!
-O...-quando eu ia dizer alguém bate na porta. Raquel faz um sinal com a mão para esperar e abre. NÃO! Não acredito! É Henrique! Ele me seguiu! Droga! Ela diz:
-Oi, Henrique! Tudo bom? Eu queria te perguntar, você sabe o que deu na Lauryn? Elá está toda estranha e falando sobre...- eu a interrompo e digo:
-S-sobre uma peça! E-eu vou participar de uma peça, e queria te perguntar se você acha que eu estou atuando bem?- eles ficam confusos. Raquel dá de ombros e ri. Henrique me observa desconfiado. Henrique então diz:
-Você não me disse nada sobre uma peça, mas tudo bem. Vamos pra casa agora? Daqui a pouco eu temos que ir pro cartório.
-Raquel vai dormir em casa hoje!-eu digo e Raquel pergunta:
-Eu vou?
-Ela vai?-pergunta Henrique.
-Vai sim! Vamos Raquel!-eu a puxo para o carro e Henrique entra no banco do motorista e vamos pro meu apartamento. O dia passa e eu digo que não estou bem para não irmos ao cartório. Quando chega a noite, eu tento bolar um plano pra fugir do Henrique, mas não dá em nada. Então eu ligo para outro quartel da polícia e os chamo pra cá. Quando o som das sirenes começam a aparecer, Henrique se dá conta do meu plano e pega um revólver e aponta para mim e para Raquel. Raquel pergunta assustada:
-O que está acontecendo?! O que você está fazendo?!
-Cala a boca! Essa vadia me entregou!
Os policiais batem na porta, e quando eu vou atender, Henrique atira em minha perna. Eu caio. Os policiais batem novamente, mas não consigo abrir. Então Henrique faz uma coisa que me faz gritar mais do que a dor. Ele atira em Raquel e foge. Eu desmaio.