Minha Doce Vingança

O doloroso e prazeroso ADEUS.

          Mil coisas me vem a cabeça antes que eu abra a porta da classe. Quando conheci Henrique estava aqui. Parada onde estou. Ele passou por mim e sorriu, e eu pecebi que estava me apaixonando. Agora estou novamente aqui, parada onde estava, com vontade de matá-lo. Suspiro e abro a porta.
        Entro sozinha. Henrique está sentado do lado de alguém encapuzado. Eles acham mesmo que eu não sei que é Skizzer?
         -Cadê o dinheiro, querida?-ele pergunta e se aproxima de mim.
         -Sem essa de "querida"! Quero que você  morra! Primeiro quero ver a Nathalia, depois falamos sobre o dinheiro.
         -Mas...
         -Mas nada! Quem vai dar o dinheiro sou eu. Então, meu dinheiro, minhas ordens. Ela é uma pessoa querida para mim, e quero ela perto de mim, diferentemente de você!
         -Eu não sei porquê você quer ficar perto dela. Ela não é nada sua! Você foi muito trouxa mesmo. Ficar perto das pessoas só te deixa mais fragilizada. -diz Skizzer se levantando sem mostrar o seu rosto.
          -É aí que você se engana, Kris Skizzer.  -digo e o pessoal entra e ficam do meu lado. -Deveria saber que a união faz a força, e que eu não seria tão estúpida de vir sozinha.
          Ela tira o capuz e diz:
         -Vadia, eu vou esmagar sua cabeça, como se você fosse um inseto!
         -Cala a boca!-digo e dou um tiro na sua testa. Ela cai morta no chão. Henrique arregala os olhos e tenta pegar a arma à sua esquerda, mas todos nós apontamos as armas pra ele. Ele levanta as mãos até a cabeça e diz:
         -Lauryn, pessoal, sem mágoas, certo?
           -Nenhuma. -digo em tom irônico. Então, ele corre até a janela e se joga nela, mas esquece que estamos no quarto andar de um prédio alto. Ele fica pendurado pelas mãos. Eu vou até.
          -Lauryn, me puxa! Por favor!-ele diz desesperado.
          -Diga onde está a Nathy, e eu te puxo.
          -No armário, que o nosso professor guardava as coisas. -ele diz. Eu olho pro armário, e depois olho para ele novamente. -Agora me puxe, eu não vou aguentar muito tempo!
           Olho bem para os olhos dele, e digo:
         -Te vejo no inferno, amor!-e tiro as mãos dele da margem da janela. Ele cai daquela altura altíssima e morre quando chega no chão. Eu o matei. Acabou. Henrique Duarte está morto. Vou até o armário e o abro. Nathy está com uma fita na boca e com as mãos e pés amarrados, e os olhos vermelhos de tanto chorar. Desamarro-a rapidamente e solto sua fita. Ela me abraça bem forte. -Tá tudo bem, você tá bem, está segura agora. -eu a solto, e Andrew a pega no colo e começa a dizer coisas pra ela. Notei que no chão tem uma grande rosa vermelha. Eu a pego.
          Descemos. Todos entram no carro, mas eu fico observando o corpo de Henrique. Kennya me olha e pergunta:
         -Você vem, patricinha?
         -Sim, me dá só um minuto. -digo e coloco a rosa em cima do corpo de Henrique. Me abaixo e sussurro em seu ouvido: -"Espero que goste da flor, minha luazinha!"

    07:50

            Estou no aeroporto indo em direção do avião. Hector, Jhonatan, Agatha e até Kennya veio se despedir de mim. Andrew não. Ele ainda está um pouco chateado comigo. Bem, não faria sentido depois de nossa briga, ele vir dar um adeus. Então, somente continuo andando. Algo abraça minhas pernas. Olho para baixo e vejo Nathy sorrindo. Eu sorrio e a pego no colo. Me viro para trás e vejo que eu estava errada. Andrew veio! Coloco Nathy no chão. Ele se aproxima de mim, e antes que ele possa falar alguma coisa, eu me jogo em seus braços.
            -Você me perdoa, Lauryn?
            -Prefiro que me chame de ruivinha, sua ruivinha. Trate isso como um sim.
             -Ultima chamada pro vôo a Miami. -diz uma voz feminina.
            -Vamos sentir saudades de você, minha ruivinha!-ele diz me abraçando forte. Não me deixe ir , por favor!  -Te desejo boa sorte.
           Enxugo a lágrima que insistiu em cair. Beijo a testa de Nathy e sigo meu caminho. É melhor assim. Paro um pouco. Sei que se não fizer isso, vou me arrepender pro resto da vida. Corro até ele, puxo seu braço e o beijo.
           -Adeus, mr. Coxinha. -tiro um velho colar de dentro da bolsa, (sem ser o que ele me deu) e lhe entrego. -Para lembrar-se de mim. - ele o pega e me beija.
          -Nunca vou te esquecer, minha ruivinha. -ele diz. Eu o deixo ir e entro no avião sem dizer mais nada.
          Começo a olhar para a janela. E mesmo sabendo que eles já não podem me ouvir, digo baixinho:
          -Nunca vou te esquecer também. 
                          

                               Fim.