Surpreendida.

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     Jhon me chama para conversar no quarto. Eu abro a porta, Kennya passa do meu lado com um olhar ameaçador. Eu a ignoro, entro e fecho a porta. Ele me olha nervoso, bate palmas sarcásticamente e diz:
     -Olha, parabéns! Você realmente me surpreendeu! Eu fui o único que acreditou em você! E o que eu ganho em troca?! Sabe quantas pessoas faria o que eu fiz?! Quantas pessoas acolheriam uma estranha na casa deles?! Uma mulher ameaçada de morte?! Uma foragida da polícia?! Ninguém! E olha como você me agradece! Puxando uma briga com a minha melhor amiga! Sinceramente, eu deveria ter te deixado sozinha naquela rua! Devia ter deixado alguém te matar lá! Mas não! O idiota aqui foi e te socorreu! Parabéns srta. Lauryn! Parabéns!
       Aprendi quando era pequena, que se você sabe que está errada, tem que simplesmente ouvir, e depois que a pessoa falar o que tinha pra falar, você se explica. Mas eu não tenho como me explicar porque o que fiz foi muito errado, e ele tem toda a razão de estar assim. Eu estaria explodindo no lugar dele.
      Respiro fundo e digo:
     -Jhon... sei que está explodindo de raiva de mim, e com razão, mas me perdoa! Ela também provocou! Por acaso ela te contou que ela debochou de mim? Ou que cochichou no ouvido de Andrew só para me deixar intimidada? Pois então...
    Ele preciona dois dedos contra o tronco do nariz e aperta os olhos decepcionado.
    -Bom, a Kennya gosta de provocar... o que não quer dizer que tem direito de atirar para perto dela. Nenhuma está certa e eu estou profundamente chateado com vocês, mas tudo bem. Pode ir fazer qualquer coisa, sei lá...-diz ele desapontado. Eu saio de casa, vou para praça e me sento em um banco. Começo a observar as pessoas e depois volto. Assim que vou voltando,uma pessoa me chama atenção. Um homem, de capuz. Percebo que ele está me seguindo. Está meio tarde e as ruas estão vazias. Começo a correr e ele corre atrás de mim. Vou me aproximando de casa até que ele me alcança. Ele me puxa, me coloca contra a parede me enforcando e tira uma faca do cinto. Eu me mecho e ele enfia a faca na lateral da minha cintura. Eu grito de dor. Ele retira a faca da minha cintura, e a encosta no meu peito. Quando ele vai pressioná-la para me matar, alguém quebra uma garrafa de vidro na cabeça dele e ele desmaia. Caio no chão, e toco o lugar do meu machucado. Minha mão sai cheia de sangue. Olho para quem foi que quebrou a garrafa e arregá-lo os olhos ao ver quem foi. Kennya.

Minha Doce VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora