Minha Doce Vingança

A mensagem.

     Hoje encerraram as buscas. Eu não sei por quê e fiquei indignada com isso. Esse bandido está solto por aí e encerraram a merda dessas buscas. Henrique que me acalmou. Ele tinha falado antes com a polícia, e quando voltou, disse que enceraram as buscas. Tenho tido muitos pesadelos. Estou como uma criança com medo do bicho-papão. Toda noite é um pesadelo diferente relacionado ao que houve na minha festa de noivado. Isso é horrível.
      Henrique tem saído muito últimamente. Amanhã vamos ao cartório nos casar. E também amanhã, eu vou me demitir da empresa de advogados que trabalho. Não tenho mais forças o bastante para ficar defendendo pessoas que nem conheço. Toda vez que penso em defender alguém no tribunal, me vem o pensamento que, a pessoa que estou defendendo, pode ser o assassino ou a assassina da minha família. Não consigo mais advogar.
    Dou uma passada na casa da Raquel (que já deve estar enjoada do meu rosto, do tanto que eu vou lá), vou a praça e depois volto para casa. Henrique está na casa de uma tia. Deve estar sendo muito difícil para ele também, afinal, ele também perdeu um pouco da família dele. Mando mensagem para o padre da igreja que eu e Henrique iríamos nos casar, dizendo para cancelar a cerimônia. E começo a mecher nas redes sociais. Depois dou uma saída e começo a caminhar pela rua. Quero esquecer o que houve, mas não dá. Volto para casa e começo a tocar a minha música favorita: "Fur Elise" no piano.
    Quando termino de tocar, pego meu celular e aparece uma mensagem de um número estranho. A mensagem diz: "CUIDADO, O PERIGO MORA EM CASA!" Me arrepio. Como assim o perigo mora em casa? O que isso quer dizer? Quem essa pessoa? Será que isto tem alguma coisa haver com o que houve?
     Eu mando mensagem pra esse número perguntando quem é, mas não tenho resposta. Quando Henrique chega, eu decido não mostrar para ele. Minha cabeça está explodindo. Estou muito confusa. Decido tentar dormir.