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Inspirada em: Mary Poppins

Maya, querida! 

Escrever essa história foi um prazer enorme, e espero muito que ela aqueça o seu coração, como escrevê-la aqueceu o meu! <3 

Da sua amiga secreta, Belle. 

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_Sim, é da residência de Jack Wilshere... – a jovem tentou dizer, sendo interrompida de modo bastante deselegante por uma voz feminina um tanto alterada – Escuta só, eu não sou... – mais uma interrupção, e viu-se obrigada a aguardar a histeria da outra – Eu sou só a... Ótimo, desligou na minha cara! – bufou, reprimindo a vontade de jogar longe o telefone – Eu sou só a droga da babá! – exclamou para o vazio, como a defender-se.

"Ócios do ofício", suspirou. Se alguém lhe dissesse que a parte mais difícil de cuidar de duas crianças pequenas seria lidar com os problemas que vinham do pai delas, ela não acreditaria, mas Jack Wilshere e sua agitadíssima vida noturna existiam para provar que ela estava bastante enganada: telefonemas como aqueles eram rotina e papparazzis especulando qual sua função dentro daquela casa já haviam se tornado enfeites no jardim. A todos que diziam que ser casada com um jogador de futebol era dificílimo, ela gostaria de sugerir que tentassem ser babá dos filhos de um – especialmente de um que, como Jack, acabara de se tornar o mais novo 'fuckboy' do pedaço.

Se ao menos aquilo estivesse explícito no contrato...

_ANNIE! – o grito que a arrancou de seus devaneios veio da sala, e foi quase sonoro depois de tantos que ouvira ao telefone. Ao menos aquele era conhecido, partia de uma coisinha de 1 metro de altura e bochechas tão enormes que lhe despertavam uma vontade gigante de mordê-las – Onde você tá?

_Hey there, Delilah, don't you worry about the distance, I'm right here! – cantou, enquanto se dirigia até a garotinha, encontrando-a com um sorriso sapeca como sempre que a babá cantava-lhe aquela música. Sua música.

_Annie! Olha o que eu fiz! – quem chamava agora era um garotinho loiro de olhos castanhos e espertos, correndo em sua direção antes de estender-lhe uma folha branca onde via-se o desenho de quatro pessoas – Esse é o papai, - apontou para a figura central do desenho, maior que todas as outras. Ele havia pintado a roupa do pai com a camisa rubro-negra do Bournmouth – Esse sou eu! – apontou, orgulhoso, para o boneco que chutava uma bola de futebol.

_E eu, Archie? – Delilah protestou, descendo do sofá e colocando-se nas pontas dos pés para tentar enxergar o desenho, os cachinhos platinados balançando de um lado a outro.

_Você é essa aqui... A menor. – Archie apontou a figura pequenina de Delilah no desenho. Tinha feito uma boa representação dos cabelos da irmã, bem como de seu inseparável Bunny, o coelho azul que arrastava consigo para todos os lugares – E aqui é você, Annie! Você gostou? – Archie perguntou, os olhinhos brilhando de expectativa.

_Meu amor... – Anna sentiu um sorriso enorme crescendo em seu rosto enquanto abraçava Archie bem apertado, beijando o topo de sua cabeça. Quando recebia o afeto daqueles dois, de forma tão pura e inocente, ela sabia exatamente o porquê de ter aceitado aquele trabalho – Seu desenho ficou lindo, Archie... Eu amei! Seu pai vai adorar! – completou, sabendo o quão importante aquilo era para o garotinho. Formaria-se em Psicologia no fim daquele ano, mas não era necessária grande experiência na área para compreender o quão representativo era o desenho: Jack era grande, imponente, protetor – o herói que o filho via nele.

Quinta Edição - Conto de FadasOnde histórias criam vida. Descubra agora