Vinte e Dois - A Little Fairy Tale

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Olá amiga secreta!

Desculpe a demora, eu sei como é essa ansiedade. Atrasei duas horinhas, mas depois de algumas falhas tentativas cheguei a essa história que eu me apaixonei! Poderia ficar horas descrevendo esse relacionamento, mas como se trata de um conto, tive que encurtar.

Pulando a parte da falação. Espero muito que você se apaixone por essa história assim como eu.

Boa leitura!

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Existem momentos que a gente nunca espera que aconteçam. Sempre fui considerada a preciosa no meu grupo de amigos e família, a princesinha intocada. Era difícil viver com todo esse cuidado, era no modo de falar, de agir e até de me tratar, sempre senti que me "prendiam" demais.

Até os meus 19 anos eu não via problema nesse comportamento, ganhava meus brinquedos quando criança, minhas roupas e maquiagens quando adolescente, meus amigos sempre atendiam aos meus chamados e meu namorado parecia que tinha sido retirado de uma dessas histórias da Disney. Não havia uma pessoa que não caia aos meus "encantos", e eu nem percebia tudo isso acontecer, não até conhecer ele, e o meu "conto de fadas" sofrer uma reviravolta.

13 de agosto de 2016 – Brasília – Estádio Mané Garrincha

Jogo pelas quartas de final das Olímpiadas, Alemanha contra Portugal. Primeiro jogo que assistia da competição no Brasil, não tinha conseguido folga no trabalho para vir mais cedo, mas minha irmã me irritou tanto que consegui tirar alguns dias de férias para acompanhar meu namorado e cunhado nos jogos.

Rebeca Bauer, mais conhecida como namorada de Leon Goretzka, e para os mais íntimos minha irmã, estava na arquibancada gritando igual a uma maluca a cada gol que a seleção fazia. Mesmo meu cunhado não jogando, a animação de Beca era contagiante e quando Grischa Prömel entrou em campo, aos 26 minutos do segundo tempo, ela ficou doida.

Gritava, pulava e me abraçava dizendo a todo momento que o meu namorado estava em campo, que estávamos na semifinal. Foi em meio aos seus gritos que vi Sven Bender desarmando no meio-campo e tocando para Max Meyer, que passou para Davie Selke. Livre de marcação, o centroavante bateu na saída do goleiro português, marcando o terceiro gol alemão no Mané Garrincha.

O estádio explodiu em comemorações e nessa hora não consegui segurar a cara emburrada e vibrei, como nunca tinha feito antes. Ao final da partida descemos para os vestiários, queríamos parabenizar nossos namorados por mais uma vitória. Pude perceber que algumas mulheres de outros jogadores já tinham decido, reconheci algumas, como Elena Wolf que se encontrava junto de Sven, Lars, Petersen e uma garota morena.

Estava distraída com o grupo que não percebi a chegada de Grischa. Ele me abraçou por trás e apoiou o queixo no meu ombro direito.

– O que achou do jogo, princesa?

– Vocês vão para a semifinal! Parabéns meu amor! – Virei meu rosto a tempo de lhe dar um selinho.

– Schwägerin! O que achou do jogo? Estamos a cada dia mais próximos da vitória! – Leon chegou gritando para que todos ouvissem, me desvencilhei de Grischa a tempo de ver meu cunhado chegando meio abraçado com o capitão da seleção olímpica, Max Mayer.

A partir daquele dia minha vida começou a mudar. Conhecer Max Mayer poderia ser o sonho de muitas alemãs, ou até mesmo de algumas brasileiras, mas foi ali que começou o meu pesadelo. Max me cumprimentou educadamente, e abraçou minha irmã como velhos amigos, eu sabia que ele jogava com Leon no Schalke 04, mas não conhecia toda essa intimidade.

Quinta Edição - Conto de FadasOnde histórias criam vida. Descubra agora