O VULTO BRANCO

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  Estava eu a rachar lenha, a ajudar a minha avó quando de repente já estava a escurecer, era quase de noite e estava na hora de voltar para casa... Depois de cortar a lenha a minha avó foi dar de comer as galinhas enquanto eu arrumava a lenha, pois já era de noite e não havia condições para trabalhar... A quinta onde vivo é um pouco isolada e não há luz num raio de 15km de casa... Enquanto arrumava a lenha olhei pelo caminho acima e vi um vulto branco que parecia a forma de 2 pessoas... Não pensei por 1 segundo aproximar-me, pois poderia ser algum dos ciganos daqui da terra a tentar arranjar problemas... Quando voltei pra arrumar a lenha um foco de luz cegou-me por cerca de 10 segundos e eu cai ao chão... Enquanto estava no chão ouvi uma voz dizer: "AFASTA-TE... DESAPARECE... E LEVA-OS CONTIGO..." Por um momento fiquei assustado mas decidi ignorar... Poderia talvez só ser eu do cansaço que desmaiei e comecei a imaginar coisas... Enquanto dormir nessa noite apanhei um susto enorme, pois algo tinha partido a janela do meu quarto que era mesmo ao meu lado. Quando me levantei procurei por algum objecto dentro do quarto ou perto da janela que o pudesse ter feito mas não encontrei nada. Chamei os meus avós e contei-lhes o que aconteceu, porém eles me chamaram de louco e não acreditaram em mim... Decidi pegar na lanterna e eu mesmo fui lá fora com a caçadeira do meu avô procurar os malditos dos ciganos e dar-lhes um susto de morte! Cheguei lá fora procurei por todo o lado e nada... Quando voltei ao meu quarto estava tudo completamente desarrumado, partido, livros, jogos tudo no chão desarrumado e havia gás no chão... Não faço a mínima ideia de como aquilo aconteceu mas já estava a começar de assustar-me e muito!! Aquilo não podia ser a obra dos ciganos era algo maior... Fui dormir no sofá da sala e nada mais aconteceu... Quando acordei fui rachar mais lenha até a hora de almoço e ainda não tinha visto ninguém... Fui ter com a minha avó pedir-lhe para fazer o almoço mas não a encontrava em lado nenhum. Havia um bilhete na cama dela que dizia: "Garagem..." Seguindo o bilhete eu fui até a garagem e lá a encontrei... Morta... Estripada como se fosse um animal... Comecei a desesperar, pois aquilo já tinha ido longe demais! A minha mãe chegava no dia seguinte da capital com o meu irmão e o meu avô só chegava de madrugada a casa... Tentei ligar para a policia mas o telefone não tinha rede, tentei o telemóvel mas também deu no mesmo... Teria que aguentar até a noite sozinho naquele desespero...  

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