Expectativa

1.6K 171 16
                                    


Bernardo Villa Real

Pior de dormir de madrugada é acordar tarde. Quando levanto vejo o bilhete de Lorenzzo na porta da geladeira e fico frustrado por não consegui levantar cedo para eu mesmo levar Ivy a Petrópolis, meus planos foram pro brejo. Ligo pra saber se ainda tenho chance de alcança-los, mas Lorenzzo me informa que já saíram a mais de quarenta minutos. Tomo meu café e resolvo organizar algumas coisas da adega, ligo para George pedindo que reforce a segurança na fazenda e coloque câmeras de monitoramento nas casas e arredores e monte uma sala de supervisão e respondo alguns e-mails, faço uma pesquisa a procura do melhor detetive do Rio de Janeiro na internet e marco de nos encontrarmos na quarta-feira. Já passam das duas da tarde quando ligo para Lorenzzo para saber onde está a chave da moto, vou até o estacionamento e a pego a para ir a adega.

 Já passam das duas da tarde quando ligo para Lorenzzo para saber onde está a chave da moto, vou até o estacionamento e a pego a para ir a adega

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Faço o trajeto em apenas meia hora, graças a Deus o trânsito estava bom e a condução ajudou bastante. Assim que entro vejo alguns funcionários arrumando o lugar, vou a procura de Lorenzzo que deve está no escritório, entro sem bater e o vejo tomando uma Coca-Cola olhando pela janela.

- Boa tarde bela adormecida - fala com tom de piada assim que se vira e me vê.

- Boa tarde Edward Cullen, vejo que o vampiro nem entrou na sua cripta para um cochilo - falo com o mesmo tom.

-Vai se ferrar Bernardo...odeio esses vampiros e você me compara justo com o mais sem graça?

- Você quem pediu me chamando de bela adormecida - retruco com um sorriso irônico.

Vou até a janela e observo o mar e logo me lembro de perguntar pelo Vinícius.

- Vinícius já foi para Petrópolis?

- Foi e sua doce Ivy estava acompanhada de um rapaz que não gostou nem um pouquinho de mim.

- Como assim - pergunto sem entender o por quê disso.

- A cumprimentei com o meu famoso italiano e o amigo dela ficou de cara feia pra mim - fala com um sorriso divertindo-se com a situação. Lorenzzo é um italiano de 28 anos, mas com uma boa aparência.

- Mas que droga é essa Lorenzzo, você estava dando em cima da minha garota?

- Claro que não - fala sorrindo - só queria ver a reação dela, que afinal é uma "bella ragazza".

- Vou te dar um conselho de amigo Lorenzzo - falo sério e olhando dentro dos olhos dele - se não quer perder um amigo, não fique dando em cima da Ivy. O tempo já foi nosso carrasco e agora que tenho a oportunidade de reconquista-la, não medirei esforços.

- Calma Bernardo, jamais faria uma coisa dessas, somos amigos e só elogiei a menina.

- Não vejo Ivy a exatos dez anos. A distância só aumentou a saudade e só sei da sua aparência por conta do dossiê que meu pai me deu, não sei como ela está hoje, como é sua voz e se o sofrimento que passou a transformou em uma pessoa amarga. Tudo que sei de Ivy é o que me falam.

Sintonia Perfeita - EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora